faço do corpo um barco.
Amarro-o nas margens do silêncio
Amarro-o nas margens do silêncio
e divago, com urgência,
por dentro de um impulso incontrolado.
Tomo em meus olhos a transparência dos teus.
Quero sentir a tua noite a rondar-me o sangue,
quando dizemos: é tempo de acender o fogo.
Quero conhecer a excessiva inclinação da luz,
quando, desarmado, o coração, aguarda
por dentro de um impulso incontrolado.
Tomo em meus olhos a transparência dos teus.
Quero sentir a tua noite a rondar-me o sangue,
quando dizemos: é tempo de acender o fogo.
Quero conhecer a excessiva inclinação da luz,
quando, desarmado, o coração, aguarda
que aconteça aquele fascínio de garotos,
à espera da festa prometida.
Graça Pires
Graça Pires
De Reino da lua, 2002
"que aconteça aquele fascínio de garotos,
ResponderEliminarà espera da festa prometida.mais um poema lindo
Que nunca esmoreça o calor do fogo dos afectos***