Quando a véspera
do mais prolongado sossego
me fere a solidão da infância
quero um momento,
apenas um momento,
para que o excesso de luz a prumo
amotine as palavras nos meus lábios
e as confunda com a quietude
urgente da paisagem.
De pulsos iluminados
poiso a voz no fundo da tristeza,
para expor a voz de outrora:
do mais prolongado sossego
me fere a solidão da infância
quero um momento,
apenas um momento,
para que o excesso de luz a prumo
amotine as palavras nos meus lábios
e as confunda com a quietude
urgente da paisagem.
De pulsos iluminados
poiso a voz no fundo da tristeza,
para expor a voz de outrora:
no dia mais bonito que vier irei,
sem rumo algum, ao deus-dará,
procurar um lugar para morrer,
as vezes que eu quiser, até nascer sem dor.
as vezes que eu quiser, até nascer sem dor.
De Não sabia que a noite podia incendiar-se nos meus olhos, 2007
"Apenas um momento" é mais um excelente momento de poesia.
ResponderEliminarUm abraço
Um momento...um breve momento. Lindíssimo poema! Um beijo.
ResponderEliminarentre a mensagem do poema (a que leio) e o poema em si;
ResponderEliminarquem me dera também "procurar um lugar para morrer,/
as vezes que eu quiser, até nascer sem dor."
não podendo, vai-se morrendo e nascendo :)
gostei
Obrigada minhas amigas Paula e Teresa e obrigada Vítor. A vossa visita agrada-me sempre muito. Um abraço.
ResponderEliminar"...no dia mais bonito que vier irei, sem rumo algum, ao deus-dará, procurar um lugar para morrer,
ResponderEliminaras vezes que eu quiser, até nascer sem dor."
Porque eu gostaria que esse dia, a mim viesse...
Beijo ;)