9.5.07

A curva de um rio

Pascal Renoux

Sem pressa, os braços
desenham o mais liso gesto
para exilar abraços.
Cavo, então, no peito uma nascente
para que o deserto não avance sobre a boca.
A curva de um rio a bater-me no rosto.

3 comentários:

  1. Olá Graça,

    Muito bonito. Deliciosa a expressão "a curva de um rio a bater-me no rosto", confirmada pela imagem fotográfica.

    Um beijo.

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  2. passa de um poema terno para um outro violento. solidão. ou assim o entendi.

    boa tarde

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  3. Olá Maria, mais uma vez obrigada pela sua visita. Também gosto do seu espaço, embora ainda não tenha lá deixado nenhuma mensagem. Um dia destes... Um beijo.

    Entendeu bem Teresa. A poesia é um acto solitário e por isso não podemos fugir à solidão que nos toca. Obrigada e boa noite.

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