22.5.07

Pelo interior do mito

Duncan C. Clark


Os veleiros aproximam-se dos portos
pelo interior do mito. Um perfume nocturno,
impregnado de limos, devolve-me as palavras
que sobrevivem ao desapego dos braços.
Quando os barcos, fatigados das marés,
já me adormeciam no olhar, falaste-me
do mar intranquilo no teu peito e dos veleiros
amarrados nos teus pulsos.

De Uma certa forma de errância, 2003

8 comentários:

  1. o mar... e o interior de cada um de nós...

    ;)

    Espero que não se importe, por a designar para um "meme"...

    Um abraço e um sereno dia ;)

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  2. o mito e a real intranquilidade da interioridade...

    gostei bastante!

    beijo

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  3. e quando ouvi o segredo que brotava das águas, soltei o veleiro do teu braço e partimos rumo à felicidade. um beijinho.

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  4. Fico sem palavras...gostaria de saber descrever o que sinto, assim...um beijo.

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  5. Eis um belissimo Poema!
    Palavras para quê?

    Bjss

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  6. Obrigada Menina Marota, Teresa Durães, Alice (vou ler os seus poemas), Paula Raposo e A.S. pela vossa simpática e carinhosa visita. Um beijo a todos.

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  7. são esses os veleiros e a proa. é esse o vento que provoca a sede. e a água. das marés. dos rios.

    um abraço
    jorge

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  8. Obrigada Jorge por este comentário lindo. Um abraço.

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