Para a minha filha Ana Isabel
Queres saber o quê, minha filha?
É que não encontro respostas
para as tuas questões.
Uma mãe não hesita. Não é negligente.
Usa sábias e vigilantes palavras.
Isto deve ser verdade.
Mas quando maio chegou contigo,
nenhuma sombra me avisou
do ansioso brilho dos teus olhos.
E agora ?
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
É que não encontro respostas
para as tuas questões.
Uma mãe não hesita. Não é negligente.
Usa sábias e vigilantes palavras.
Isto deve ser verdade.
Mas quando maio chegou contigo,
nenhuma sombra me avisou
do ansioso brilho dos teus olhos.
E agora ?
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
Gosto muito de um poema de Caeiro em que ele refere o espanto inicial que a criança experimentaria se ao nascer soubesse que nascia. Acho que será quase o mesmo para as mães. Não há respostas prévias, cada filho um deslumbrado espanto, uma deslumbrante novidade: "E agora?" Gostei muito deste poema da Graça. E comoveu-me essa pergunta que o fecha: a perplexidade, a expectativa, o encantamento... A mãe também é uma menina à procura de respostas.
ResponderEliminarSoledade
Obrigado Mãe! estou toda orgulhosa e feliz de ter um Poema só para mim é prenda linda! beijos!
ResponderEliminar(gostava que a minha mãe tivesse escrito um poema assim para mim)*
ResponderEliminarÉ isso mesmo Soledade "a perplexidade, a expectativa, o encantamento". Depois nem tudo é fácil... nem tudo tem a resposta que desejámos... Gostei tanto do seu comentário. Um beijo.
ResponderEliminarAna que bom teres gostado. Um grande beijo.
Alice, este seu comentário comoveu-me. Um beijo.
Tão doce o poema! Beijos.
ResponderEliminargostei do poema! sendo mãe também aprendi (penso que rapidamente.. bolas!) que as tais sábias e vigilantes palavras afinal não estão assim tão à mão!
ResponderEliminarbom dia
Eu acho que este poema é fabuloso, com uma riqueza tão grande que acho que qualquer filha ficaria com esse brilhozinho nos olhos o resto da vida.
ResponderEliminaras cantigas do maio têm um novo significado. ainda mais belo que o anterior.
Jorge Vicente
Paula Raposo, obrigada por mais esta sua visita.Um beijo.
ResponderEliminarSei o que sente Teresa Durães. Os filhos são uma imensa responsabilidade e não há sábias e vigilantes palavras que nos cheguem. Obrigada e um beijo.
Jorge Vicente obrigada. Também gostaria que ela, a minha filha, ficasse com um brilhosinho nos olhos para o resto da vida...Um abraço.