11.7.07

Na lisura da areia

Henri Cartier-Bresson

De mãos a arder, risco uma cruz
na lisura da areia, para confessar
o remoto exercício da tristeza.
Já não sei, se são de asas ou de velas,
os sons que aportam meus ouvidos.


Graça Pires
De Uma certa forma de errância, 2003

7 comentários:

  1. As velas, a cruz - únicos signos talvez verticais na planura da areia... Um poema triste que a desolada foto de Cartier Bresson acompanha exemplarmente. Uma foto sem nenhuma luz.
    Um beijo
    Soledade

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  2. São velas... mas de caravelas...

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  3. Olá Soledade. Há dias que são mais sombrios e a escrita também... Um beijo.

    Obrigada Luis. As velas são de veleiros, sim. Um abraço.

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  4. Venho aqui me enternecer com teus poemas.
    Abraços
    Rubens

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  5. o rubens deu o toque e me enterneci eu. viva esse contato! um abraço, clotilde zingali
    sim, como posso conseguir teu livro?
    clozingali@terra.com.br

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  6. parabéns pelo belo poema: excelente captura dos signos, secretos & sombrios, do photomaton (& vox, à la H. Helder) de henri cartier-bresson. luís filipe pereira (wwww.lippepereira.blogspot.com)

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  7. Parabéns pelo seu excelente livro de poesia A mancha dos Sonhos (labirinto) sobre o qual, desde o lançamento, pretendo fazer uma breve análise, em princípio, caso não se oponha, no meu blogue (www.lippepereira.blogspot.com). luís filipe pereira. (P.S. há destas coincidências: deambulando numa pesquisa em torno das fotos de cartier-bresson vou ter ao seu blog, sendo que desde o lançamento do seu livro (supra) desejava fortemente entrar, por algum canal, em contacto consigo. Renovados parabéns por tão bela Mancha poética

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