Nómada da noite, entro no coração do texto,
para dizer o exílio nos olhos de Ulisses.
Tenho a idade dos barcos que sonhei.
Um traço de infortúnio atravessa meus lábios,
espessando o sangue que, nas veias, vai cerzindo
a distância que me separa do absurdo.
Há quem enlouqueça a olhar o mar,
com barcos sangrando sobre as costas.
Graça Pires
De Uma certa forma de errância, 2003
há exilios assim - próximos da loucura. e olhos que alcançam longe e fundo.
ResponderEliminar(e poemas deslumbrantes...)
Outro Grande poema. O início fez-me lembrar Corto.
ResponderEliminar"...a distancia que me separa do absurdo...". Ás veces é tan pouca e ás veces demasiada, máis nunca se atopa lonxe.
ResponderEliminarFermosas palabras.
Apertasss
:)
O sangue, sempre o sangue, sinónimo de dor, ou de vida?
ResponderEliminarE o que é o absurdo? Aquilo que sonhámos e não tivemos?
Esperemos pelo fim do universo e pelo próximo Big Bang.
Para recomeçar.
Mais um bom poema!
ResponderEliminarAbraço.
nómada do mar, feito barco, feito busca inscrita no sangue líquido das intempéries marítimas, feito horizontes inalcançaveis -
ResponderEliminarmuito bom, Graça!
estou rodeada de absurdo, ainda não consegui esse afastamento
ResponderEliminarCara Graça,
ResponderEliminarManifesto-lhe os meus sinceros parabéns pelo que escreve.
Um abraço
Mel
deixo-te beijinhos e agradeço as palavras amigas.
ResponderEliminarTem uma boa noite.
O mar sentido.
ResponderEliminarBelo!
bjs
Ana
Lindo!
ResponderEliminaraqui fica um mimo para a acompanhar nessa vastidão de oceano!
ResponderEliminarbeijinho
O mar, os barcos, a errância... O exílio de Ulisses. Tantas vezes na sua poesia! Mas Ulisses é o Homem do Regresso. O que escolheu dizer não aos deuses.
ResponderEliminarUm beijo
Há quem mergulhe nele, tentando lavar a alma, purificar o sangue que lhe jorra do peito.
ResponderEliminarobrigada Graça.
ResponderEliminarpor este teu mar....
lúcido.
bjj de boa noite.
Há exílios assim, Herético, tão rentes à solidão que levam à loucura.
ResponderEliminarObrigada Helena, Marinha de Allegue, São, Mel, Ana, Teresa,Alexandre, Magnohlia,Sophiamar, Noite e Hora tardia. Um beijo para vocês.
Olá João Carlos. Não nos dói a vida tantas vezes absurda?
Maria, gostei da interpretação que fazes do poema.Um beijo.
Soledade, é verdade: Ulisses é o homem do regresso. Penélope é a mulher de todas as esperas. Um beijo.
mais um belo poema
ResponderEliminarenlouqueço eu saudavelmente, enquanto te leio e no mar o meu olhar é silêncio enquanto sorve cada onda no sei vai e vem
exilada deixo-me embarcar na tua poesia
o meu abraço terno
um beijo para ti Poeta que me encanta
lena