Pascal Renoux
Deixo-me guiar pela cor
indefinível das marés.
Enrolo, em cada frase,
toda a areia da praia,
para ancorar as mãos.
Panos de luto nas velas
de um navio assinalam
a solidão dos pássaros
quando a tempestade
lhes aprisiona as asas.
Graça Pires
indefinível das marés.
Enrolo, em cada frase,
toda a areia da praia,
para ancorar as mãos.
Panos de luto nas velas
de um navio assinalam
a solidão dos pássaros
quando a tempestade
lhes aprisiona as asas.
Graça Pires
De Não sabia que a noite podia incendiar-se nos meus olhos, 2007
Às vezes, também há um luto na tua poesia, uma cambraia que tremula e nos deixa entre o silêncio e uma inevitável angústia.
ResponderEliminarApesar de lindo, gostava que não tivesses escrito este poema.
Aqui cheguei pelas indicações do Vieira Calado. Gostei muito deste lugar. Voltarei mais vezes, com mais calma, deixando-me guiar...
ResponderEliminarUm abraço.
mt interessante o blogue. n conhecia.
ResponderEliminardeixo uma dica de um autor novo que merece ser divulgado:
www.tiagonene.pt.vu
Bi.
É um poema (como o anterior) mais sombrio que outros que aqui lemos. Mas que seria da luz sem a sombra? Tudo é vida. Imobilismo, asas goradas, mãos ancoradas, sentimento de confinamento também. Mas a poesia é um voo. Voemos, pois!
ResponderEliminarUm beijo, Graça
P.S.: O Google também nos vai confinando, já reparou? Esta recém imposição de ter de abrir conta no google ou no blogger para comentar no blogspot.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÉ por vezes nos momentos de luto da nossa alma que melhor a interpretamos.
ResponderEliminarFoi com muita simpatia e ternura que aceitei e publiquei o prémo que teve a gentileza de me atribuir.
Espero que não se importe que mais uma vez lhe tenha "roubado" um poema...
Um abraço carinhoso-
«Deixo-me guiar pela cor
ResponderEliminarindefinível das marés.»
e eu sempre me deixo guiar, encantar pela tua poesia!
boa semana, Graça.
Hoje através da "Menina Marota" voltei ao teu site que um dia visitei...mais uma vez perdi-me nos teus sempre belos poemas e foi um fim de tarde maravilhoso.
ResponderEliminarObrigada!
um marulhar triste. talvez nostálgico. na cor das ondas...
ResponderEliminarbelo. o poema
Lindo...
ResponderEliminare quantas tempestades pouco ventosas, aprisionam os humanos...
Apesar das asas prisioneiras
ResponderEliminarque te valha o coração
das aves
Conjunto muito bonito, linda!
ResponderEliminarBeijo.
e essa solidão cresce tanto que se desespera
ResponderEliminarum beijo
Querida Poeta
ResponderEliminarfui eu que me deixei guiar por tão belo poema
senti o cheiro a maresia e bailei nas ondas desse mar para pintar as velas de branco
a solidão pode ser tempestade...
mas tua maré tem as cores mais belas e doces que te guiam a bom porto
um abraço meu onde a ternura mora
beijinhos para ti
lena
Só para te saudar!
ResponderEliminarAbraço.
Gostei deste seu bem elaborado poema.
ResponderEliminarCumprimentos
...também eu me deixo, tanta vez, guiar pelas marés...também eu faço lutos pelos muros, onde mais tarde, quando o sol acorda em mim, desenho a giz, pássaros e borboletas e risos de alegria!
ResponderEliminarMaria Mamede
João Carlos, na minha poesia, como na tua, há alegrias e mágoas, sombras e luz. É inevitável. Um grande beijo.
ResponderEliminarLívia, obrigada pela tua visita, volta sempre.
Soledade, é assim, como quem convoca as sombras para encontrar a luz. Um beijo.
Menina, é sempre um prazer que leve os meus poemas. Obrigada.
Maria, obrigada pelas palavras.
Maria Clarinda, que bom teres voltado. Irei ao teu espaço.
Herético, a nostalgia consegue cercar sempre o que escrevo.
Luís, não podemos deixar que nos façam prisioneiros do que quer que seja.
Obrigada Mar Arável, e que me valha o coração das aves.
São, obrigada por aqui vires.
Teresa, a solidão... é a solidão.
Lena, que bom teres bailado nas ondas deste mar para pintar as velas de branco. Sim a solidão pode ser tempestade...
Maria Mamede, obrigada pelas bonitas palavras e continua a desenhar a giz, pássaros e borboletas e risos de alegria...
Um beijo para todos e obrigada.
Gosto muito da sua forma de escrever, do seu poetar...
ResponderEliminarBeijinhos
Tomei conhecimento do teu trabalho através de Luis Gaspar, do Estúdio Raposa. Adorei a tua poesia, não a conhecia. Agora estarei sempre por aqui, visitando as tuas palavras.
ResponderEliminarUm abraço poético.