Deambulei em volta do mundo,
à procura do lado mais selvagem da noite.
Encontrei-te no lugar onde o arco-íris
entorna o excesso de cor.
Havia, no teu olhar, um sinal
de sentido obrigatório,
uma passagem secreta
ajustada ao desejo,
um brilho inocente e cúmplice
que aqueceu o tumulto dos meus olhos.
Subleva-se, agora, um rio no meu corpo,
enquanto, à flor da pele, a urgência da sede,
toma o pulso dos dias
e redime a mendicidade das mãos.
Graça Pires
à procura do lado mais selvagem da noite.
Encontrei-te no lugar onde o arco-íris
entorna o excesso de cor.
Havia, no teu olhar, um sinal
de sentido obrigatório,
uma passagem secreta
ajustada ao desejo,
um brilho inocente e cúmplice
que aqueceu o tumulto dos meus olhos.
Subleva-se, agora, um rio no meu corpo,
enquanto, à flor da pele, a urgência da sede,
toma o pulso dos dias
e redime a mendicidade das mãos.
Graça Pires
De Ortografia do Olhar, 1996
«Encontrei-te no lugar onde o arco-íris
ResponderEliminarentorna o excesso de cor.»
muito bela a sensualidade deste poema. momento único.
"um brilho inocente e cúmplice
ResponderEliminarque aqueceu o tumulto dos meus olhos"...
Esta frase fez-me recordar um momento que dura Há quase 8 anos... um amor que sobrevive contra muitas marés.
Lindo poema.
Cada palavra é uma prece onde se escondem todas as outras por dizer mas pressentidas. Belíssimo!
ResponderEliminar"...Encontrei-te no lugar onde o arco-íris
ResponderEliminarentorna o excesso de cor..."
Ei, Graça! Que versos criativos você escreve neste post, além da linguagem primorosa. Romance em grande estilo, contudo, sem perder a doçura.
Beijos, e tenha a melhor das semanas!
A urgência da sede. De todas as belas imagens que este poema inventa, esta urgência e esta sede são um chamamento à Vida. Ao Amor.
ResponderEliminarAlgo que nos transcende.
Continuas a fazer poesia.
Um beijo
Um fabuloso encontro...lá, no arco-íris...beijos.
ResponderEliminarHavia, no teu olhar, um sinal
ResponderEliminarde sentido obrigatório,
uma passagem secreta
ajustada ao desejo_______________.
teu. olhar.
tua a escrita.
________________nosso o prazer. de te ler.
beijo.
Atopar sempre é fantástico...
ResponderEliminarBeijossss.
:)
Lindo poema de amor...
ResponderEliminarabraço
que as tuas "deambulações" prossigam. que (para além de outros "sentidos obrigatórios") tem o mérito de tão belos poemas.
ResponderEliminarSENSUALIDADE E CONQUISTA
ResponderEliminarPORQUE ATÉ NOS CAMINHOS MAIS
INIMAGINÁVEIS
O PÓ
SE LEVANTA
POR AMOR
PAsso para deixar um polen, para agradecer as palavras; para desejar que fiques bem.
ResponderEliminarbj
Gui
Não parece *um* encontro, mas *o* encontro: a cumplicidade, uma urgência terna e sensual, uma totalidade que "redime a mendicidade das mãos". Que mais desejaríamos?
ResponderEliminarVenho deixar um beijo pelo poema. E desejar Boas Festas: um Natal quentinho e alegre, um 2008 cheio de boas novidades.
Um beijo
Gostei
ResponderEliminarmuito do poema.
Boas Festas.
querida graça, venho de mãos sós e castas desejar-lhe um santo natal.
ResponderEliminarque em 2008 sobreviva a poesia. um grande beijinho.
Obrigada a todas e a todos pelas vossas palavras amigas.
ResponderEliminarAgora só voltarei em 2008.
Desenhem uma estela no olhar e efeitem com ela o Natal que desejam.
Que o novo Ano traga a todos tudo o que mais querem.
Um beijo.
..."e redime a mendicidade das mãos"...
ResponderEliminarMuito belo Graça, muito belo mesmo!
Parabéns!!!
Um beijo
Maria Mamede