Para a minha irmã
Não sabes se é possível recolher
as últimas estrelas da noite,
para amenizar o peso do silêncio.
Mas, do cume da manhã,
avistas sempre, tu o dizes,
um atalho para a felicidade,
porque as tuas mãos respiram
a irrecusável posse de uma alegria
capaz de multiplicar a voz,
para dizer que, em todos os rostos,
desagua um rio navegável,
onde importa saber ser barco,
ou remo, ou, simplesmente,
o rumor da água corrente.
Ao acaso, repartes o gosto de viver,
sem a lógica de coisa calculada
e sem nunca ficares de fé perdida,
como se usasses o optimismo
em legítima defesa.
Graça Pires
as últimas estrelas da noite,
para amenizar o peso do silêncio.
Mas, do cume da manhã,
avistas sempre, tu o dizes,
um atalho para a felicidade,
porque as tuas mãos respiram
a irrecusável posse de uma alegria
capaz de multiplicar a voz,
para dizer que, em todos os rostos,
desagua um rio navegável,
onde importa saber ser barco,
ou remo, ou, simplesmente,
o rumor da água corrente.
Ao acaso, repartes o gosto de viver,
sem a lógica de coisa calculada
e sem nunca ficares de fé perdida,
como se usasses o optimismo
em legítima defesa.
Graça Pires
De Ortografia do olhar, 1996
Atenção: há mais poemas meus na voz de José-António Moreira em Sons da Escrita
Lindo, Graça!
ResponderEliminarFiquei emocionada com o teu poema. As palavras, tão belas e profundas, bateram forte dentro de mim.
Obrigada minha irmã, minha amiga de sempre.
Beijo.
Gostei do poema e da mana optimista, que fez muito bem em aparecer por cá.
ResponderEliminarBeijinhos para as Duas
Um doce poema de veneração e adoração que respira felicidade para a sua irmã.
ResponderEliminarTerno. Optimista. Sensato.
As estrelas. O deslumbrante alvorecer.
Tudo tão belo decorado em palavras expressas de ternura e encanto.
OBRIGADO pela visita.
Foi um gesto que me provocou gratidão e enternecimento imensos.
OBRIGADO.
Sempre a tê-la na maior estima e consideração.
Beijinhos de amizade que vivem de pureza
pena
Elexir palabras para as persoas queridas convértese nun exercício que nos fai pensar nelas e en nós mesmas...
ResponderEliminarFermoso!!!.
Unha aperta grande.
:)
Belo, este poema!...
ResponderEliminarabraços!
Muita emoção...nessas palavras que tocam fundo ao coração....Abraços carinhosos pr ati.
ResponderEliminaroptimismo como legítima defesa! que sabedoria...e tanta beleza!
ResponderEliminaradorei.
Parabéns a ti e a tua irmã!
ResponderEliminarFeliz semana, amiga!!
um rio potável este dos afectos e da fraternidade entre manas :) um beijinho especial, graça.
ResponderEliminarMais um belíssimo poema!! Beijos.
ResponderEliminarDo cume da manhã avistar um atalho para a felicidade é bonito. É poesia!
ResponderEliminarObrigada, pelo néctar que nos ofereces.
Beijinhossssss
«um atalho para a felicidade»
ResponderEliminar«posse de uma alegria»
«desagua um rio navegável»
«o gosto de viver»
«o optimismo»
bonita mensagem, Graça! um beijo.
No teu rosto começa a madrugada, o luar fica de prata, olho-te, amiga da minha alma.
ResponderEliminarAbracinho
*
xi
*
Bom poema, bem acompanhado pela pintura do Hopper, um dos meus predilectos.
ResponderEliminarjá disse alguma vez quegosto bastante/muito do que "escreve"?
ResponderEliminarse sim redigo. se não penalizo-me e grito:
G O S T O!
imf.
Muito belo.
ResponderEliminarUm beijo.
gostei. uma irmã muito optimista
ResponderEliminarRetive: "...usasses o optimismo em legítima defesa". E muito, muito mais.
ResponderEliminarAbraço-te.
Olá amigas e amigos. Obrigada pelas vossas palavras.
ResponderEliminarUm beijo a todos.
Que bom ter perto de nós alguém assim! E retribuir-lhe a vocação para a alegria com a dádiva do poema.
ResponderEliminarUm beijo