29.8.08

Neles me reconheço

Menez

Quando identifico os passos
dos que vagueiam sem endereço
e neles me reconheço
entendo por que há aves que cegam
com a transparência do orvalho.

De Uma extensa mancha de sonhos, 2008

29 comentários:

  1. Prezada Graça,
    bela ilustração de Maria Inês. Gosto muito do trabalho dela.
    E vc, ou o eu-poético, deve ter feito uma ótima descoberta nesse reconhecimento, já que "as aves cegam com a [bela] transparência do orvalho".
    Bj pra vc.
    Coloquei-me em contato com "Sons da Escrita" por e-mail. Trabalho inovador não?
    Gostaria de trocar mais contigo. Qdo puder: barbara_cem@hotmail.com

    Outro bj.
    Bárbara Carvalho.

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  2. O post está todo ele um encanto!
    Parabéns, Graça.

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  3. Doce e Terna Amiga:
    Um poema onde cintila o seu belo ser repleto de significação visível.
    Destaco o poema todo que me faz pensar, sonhar, fascinar.
    "Quando identifico os passos
    dos que vagueiam sem endereço
    e neles me reconheço
    entendo por que há aves que cegam
    com a transparência do orvalho..."

    Um excelente instante mágico de poesia em que vaguear é fantástico na busca da beleza e pureza de si e do seu sentir.
    Parabéns sinceros. Tem uma sensibilidade poética que transcende de maravilha.
    Beijinhos amigos de encanto.
    Pasmando...!!!
    Faço-lhe uma vénia repleta de significação imensa.


    pena

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  4. é o reflexo de um espelho que os ofusca
    muito bonito!
    beijo, graça

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  5. Percorreu-me um arrepio quando li estas suas palavras. Era o sublime!

    Este quadro da Menez é um dos meus preferidos.

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  6. A tua poesia é sublime. A imagem é lindíssima.

    Beijinhos

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  7. eu tb me reconheço nos passos dos que vagueiam sem endereço, mas quanto à cegueira... talvez se fique cego para umas coisas, concordo, mas fica-se a ver muito
    melhor outras... a mim parece-me que estás neste último grupo. Não
    será?
    Um beijo, Graça.

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  8. Inteligência, sensibilidade,beleza, tudo encontramos aui em cornucópia. Beijos

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  9. cegam...

    na idade do fogo

    onde bebemos o mistério de todas as águas.
    .
    .
    .
    sublime... em plena lingua!

    bj

    maré

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  10. Graça, o poema é belíssimo e de grande profundidade. Crias imagens, metáforas, tão belas e complexas, que o texto, como diz hfm, se torna sublime!

    bjos.

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  11. Um poema lindo, que reflecte um certo estado de alma, talvez com olhos "cegos" de lágrimas!
    Mas, o Verão e o sol ainda permanecem e estão ali à espreita para secar o orvalho...
    Beijinhos.
    Um domingo feliz!

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  12. Belíssimo, tanto o poema como o quadro da Menez.
    beijo

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  13. Eu tenho errado por esses labirintos, Graça, e suas palavras
    têm sido luz para os meus olhos. Cegos ficaremos diante de tanta beleza.

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  14. Identificando os passos da amizade aqui vai um abraço e votos de óptimo fim de semana.

    Bonito poema.

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  15. muito bonito mesmo...


    obrigado

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  16. Olá, querida.
    Também me reconheço aqui.
    E muito me honram as suas visitas...
    Pretendo, muito em breve, ler o seu blog inteiro, desde as primeiras postagens. Até já comecei a fazê-lo, mas tive que interromper para me ocupar de outras coisas (obrigações a que não me podia furtar). De vez em quando, retomo, sem pressa, esse prazeroso "dever" de conhecer toda a Ortografia do Olhar.
    Um abraço.

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  17. Hà sempre algo na Menez que leva à musica das imagens de Tarkovski;
    Tem a ver com uma espera muito antiga; " a cegueira " do pintor como diria o Pomar.
    Algo que serà talvez mais indisivel que visivel.
    Graça, os seus poemas tocam-me e sangram-me.
    " (...) entraste na minha vida como as aves entram pela janela, sem querer...)
    bjos Graça,
    LM

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  18. Reconhecerse n@s outr@s, exercício diario...

    Beijossss Graça.
    ;)

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  19. A tua escrita é balsâmica, Graça. Um bj

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  20. Ensaia um sorriso e oferece-o a quem nunca teve nenhum.

    Agarra um rio de sol e desprende-o onde houver noite.

    Descobre uma nascente e nela limpa quem vive na lama.

    Toma uma lágrima e pousa-a em quem nunca chorou.

    Ganha coragem e dá-a a quem não sabe lutar.

    Inventa a vida e conta-a a quem nada compreende.

    Enche-te de esperança e vive a sua luz.

    Enriquece-te de bondade e oferece-a a quem não sabe dar.

    Vive com amor e fá-lo conhecer ao mundo.


    Gandhi

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  21. Pois, Graça: é que o orvalho é o mistério da manhã, e é, isso, sem dúvidas a pureza do regresso, o regresso da pureza.
    E uma palavra muita cara para mim.
    Beijo grande.
    Eduardo

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  22. Lindo, Graça, lindo!
    Sem palavras para comentar tamanha beleza.
    Beijos de além-mar.

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  23. Tão sereno este teu momento.

    um beijo

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  24. Feliz inspiração neste lindo poema...a fronteira entre a lucidez é tão ténue...mas é nela que a poesia trabalha?

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  25. Graça, tem aqui um belo poema, com sibilantes suaves, a tecer uma melodia melancólica de que gostei muito.

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  26. Lindo...Vou daqui com a alma tranparente ...e o olhar orvalhado...

    *****

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  27. DEMAIS, querida Graça!!!

    Vir aqui é, sempre, redescobrir um mundo poético raro, e deixar-me ficar presa ao som das tuas palavras. Maravilhada com a escalpelização que, dou por mim fazer, do seu conteúdo... depois, esteticamente fascinada com o "todo" de cada post (esta pintura da Menez, por exemplo, deixou-me em estado de emoção pura),sinto-me prenhe de sentimentos que interiorizei, absorvi e me deixam a pensar que preciso de te visitar diariamente, para alimentar este espírito, faminto da tua sensibilidade artística.
    Beijos.

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