Voltarei sempre às paisagens da tua sombra
enfeitada de madressilvas.
Gravarei o teu nome em todas as árvores,
sem marginalizar as razões da tua ausência.
Cantarei palavras sem espessura,
como moinhos de vento,
ou o frágil sabor da chuva.
Dançarei contigo na periferia da manhã
e direi onde começa e acaba
o secreto destino do silêncio.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
enfeitada de madressilvas.
Gravarei o teu nome em todas as árvores,
sem marginalizar as razões da tua ausência.
Cantarei palavras sem espessura,
como moinhos de vento,
ou o frágil sabor da chuva.
Dançarei contigo na periferia da manhã
e direi onde começa e acaba
o secreto destino do silêncio.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
E como eu sinto a ler-te...as palavras perfeitas no poema. Gostei. Beijos.
ResponderEliminaruma ausência "magnífica".
ResponderEliminar_____________que nunca sejas. mais do que o "poema".
belíssimo.
o meu abraço.
"Dançarei contigo na periferia da manhã ... o secreto destino do silêncio."
ResponderEliminara presença na ausência. Belo!
coração grande, Graça, coração grande.
Obrigado
Vicente
Ler-te é sempre um amanhecer a escorrer nos cabelos, um elo de almas que se encontram e se unem.
ResponderEliminarDe uma cesta de palavras se fazem milagres.
Bem-hajas, prima…
Beijos.
Ausencias que nos acompanhan sempren...
ResponderEliminarApertas presentes Graça
:)
Como gostei deste "secreto destino do silêncio"
ResponderEliminarvolta...
ResponderEliminarcanta...
dança...
mas sobretudo, escreve e acaba com o secreto destino do silêncio.
abraço Graça (mais apertado por causa do frio...)
Perfeito, Graça. Tão belo que, sobre o poema, não consigo dizer-te nada. Limito-me a transpô-lo para o multiply para deleite de outros.
ResponderEliminarBeijos.
Muito bom, Graça.
ResponderEliminarBeijos
Belo, belíssimo, como sempre!
ResponderEliminarBeijinhos
O caminhar a dois, a partilha do maravilhoso, a decisão e a liberdade.
ResponderEliminarFavor continuar!! Tenho adorado.
Um abraço
Tão acetinado, de finas linhas desenhadas, quadro de cores diáfanas, lápis escrevendo delicado na seiva dos arbustos o segredo do silêncio.
ResponderEliminarTão suave e triste sem o ser, letras de seda.
Beijo.
EA
A fotografia é tão bonita, a chuva, os círculos, um reflexo de... madressilva? lembra uma filigrana. As ausências também são por vezes filigranas, lembranças que se tecem, gestos antigos: "Gravarei o teu nome em todas as árvores". Em todas. Esse é um gesto - um ritual da ausência e da memória - em que me revejo.
ResponderEliminarUm beijo, uma boa noite
Maravilha Graça, Maravilha!
ResponderEliminar"na periferia da manhã"...um belíssimo poema!
Gisela Ramos Rosa
um lindo modo de expressar a ausência
ResponderEliminar"o secreto destino do silêncio"
ResponderEliminarna espessura
irrevelada da palavra
quase nua
a dar-se
ao abraço.
.
.
________
deslumbrante
a tua, sempre.
beijo, caloroso.
Linda Amiga:
ResponderEliminar"...Dançarei contigo na periferia da manhã
e direi onde começa e acaba
o secreto destino do silêncio..."
O que escreve é ouro puro. Lindo.
Fiquei boquiaberto e pasmado com tanto encanto.
Sempre a apreciar o que faz com delicia e ternura.
Emudecido pelo carinho que é só seu.
Beijinhos de respeito. Imensos!
peter pan
Admirável e genial, amiguinha.
"Dançarei contigo na periferia da manhã /e direi onde começa e acaba o secreto destino do silêncio."
ResponderEliminarLindo demais! Palavras e imagens perfeitas... mágicas!
Beijo.
tu sabes onde começa o silêncio...
ResponderEliminarbelíssimo poema!!
um beijo
Dançarei contigo
ResponderEliminar-----------
Poderás dançar. Mas, a outra parte tem de aceitar. Sem isso nada feito. A não ser que dances, sózinha.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel
Voltar às paisagens de uma sombra,
ResponderEliminardizer onde principía e acaba o destino do silêncio... mas dizê-lo assim é transmutar a nostalgia e a memória em algo que se mastiga docemente, sem qualquer réstia de mágoa.
Um beijo, Graça.
Tu és uma escritora...sente-se...
ResponderEliminarDoce beijo
A dança das suas palavras sempre será coroada de sol, Graça, pois você diz onde começa e acaba a poesia.
ResponderEliminarSe pudesse roubar-lhe a bela imagem, experimentava estes versos que não acabo nem sei como acabariam:
ResponderEliminarEra a "periferia da manhã"
e a cidade acordava lentamente.
Como podia dar-se ao amor dele
que a tornava em espuma alada e leve
se no metro voltava a ser a mesma
que...
Talvez fosse sobre uma empregada de shopping, talvez só aproveitasse os dois primeiros versos e partisse noutra direcção. Obrigado.
Um abraço
Querida Graça Pires,
ResponderEliminarseu belo texto fez-me lembrar de um poema que escrevi há algum tempo. Peço-lhe licença para deixá-lo [registrado] aqui em seu espaço:
AMOR MAIOR (Aquarela)
Cantarei a esse amor
(sempre e quando)
Cantarei a ele, amor maior,
conspiração minha e desengano.
Cantarei nas tardes serenas
E nas águas turvas também.
Cantarei com extrema doçura
A esse amor que só vai e vem.
Cantarei se preciso for
Para ninar a dor e o silêncio
Não sufocar tamanho amor
Nem a tarde e o firmamento.
Cantarei sem que mereças
ou, mesmo, que me peças.
Cantarei para que não esqueças
A lua, a chama e a promessa.
Mas calarei quando preciso
(sem choro, sem vela)
Fragmentos do meu riso
Fina-flor-estampa na aquarela.
In: http://fernandeshercilia.blogspot.com/2007/03/amor-maior-aquarela.html
O poeta em seu eterno quefazer retorna sempre às origens das sensações. Canta, dança, movimenta-se "[...] na periferia da manhã". Revela a sua sofia, caminhando por "[...] onde começa e acaba o secreto destino do silêncio".
Lindos esses versos, grata por esses sopros de recordações.
Abraço sincero,
Hercília Fernandes (RN-Brasil).
Dançarei contigo não só na periferia, mas no centro dos belos textos que amavelmente nos ofereces, Graça.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
poema de belíssimas imagens. a imagem é perfeita.
ResponderEliminarum beijo, Graça.
Um belo cântico no coração do silêncio. Tocante...
ResponderEliminarUm beijinho, Graça.
É muito lindo. Dançar na periferia da manhã. :)
ResponderEliminarMuito belas estas palavras Graça, muito belas mesmo!
ResponderEliminarImagens poeticas lindas e outonais, com saudade à mistura; também senti!
Parabéns e beijos
Maria Mamede
que poema tão perfeito.
ResponderEliminarparabéns e mais uma vez obrigada pela partilha.
fica um beij
A chuva da ausência.
ResponderEliminarMuito belo.
Fiquei sem o que escrever, porque cada leitura que faço neste espaço, gostaria de ter sido a autora de todas as palavras bailantes e sedutoras que não sei compor...
ResponderEliminarUm abraço, Graça. Que os moinhos de vento cantem sem cessar canções para nós ouvirmos.
ResponderEliminarUm bom fim de semana e óptima saúde.
lindíssimo! Com a sua marca de sempre...
ResponderEliminarabraço
grandioso poema. imagens de grande beleza e "espessura". como uma paleta de cores vibrantes.
ResponderEliminargostei muito.
beijo
uma dança matinal com segredos ao ouvido.
ResponderEliminarbeijo
Faz-me lembrar esse poema uma canção de Mariza "chuva",sempre falamos da ausência sob uma chuva imprevista...
ResponderEliminarUm beijo
E eu congartular-me-ei por ter lido um poema como este, lindíssmo!
ResponderEliminarBjs
Um poema, pleno de talento, embora deixando transparecer a nostalgia de uma ausência sentida.
ResponderEliminarUm beijo em verde esperança.
Obrigada, por esta linda incursão ao encantamento.
ResponderEliminarum beijo
Desculpe, mas ando com pouca inspiração.
ResponderEliminarBom dia para si.
Tão delicado, Graça, tão lindo.
ResponderEliminarEvoca delicadeza ao coração.
Tão bom te ler.
beijo no coração
passear pelas suas palavras é deixar de sentir o chão!
ResponderEliminarMaravilhoso poema
ResponderEliminar...do que fica da ausência. Bela.
um beijo
enorme
Gosto tanto de te ler...que já não deixo que sejas....ausencia *****
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