Sob o domínio de Minos,
habitei o fortificado castelo de Knossos,
onde as mulheres alternavam, em si próprias,
as múltiplas formas dos deusese honravam, com o corpo,
o seu compromisso com o cosmos.
Hoje sei que nunca se repetirá a intacta perfeição
da primeira palavra com que nomeei a vida.
Graça Pires
De Labirintos, 1997
Acredita-se que nada se repete, nem mesmo o som de cada mesma palavra soa idêntica.
ResponderEliminarté mais!
... e naquele princípio era o verbo, um outro mito. Ou não foi a Palavra a primeira?
ResponderEliminarBjs
“a intacta perfeição
ResponderEliminarda primeira palavra com que nomeei a vida” é a massa com que moldamos todas as outras. Por isso escreve assim.
Um beijinho
o verbo fez-se carne...
ResponderEliminare da palavra original se fez pecado.
Saudades das origens...Mas não estarão as mulheres sempre junto das fontes? Não são elas as fontes? Acho que sim. Ternas, sábias, letra primeira antes de todos os sons, mães, terra, ovo, águas das nascentes,ar leve do antes da manhã, princípio do mundo, independentemente de todas as variações que têm existido e hão-de existir nesta coisa convencional que se chama Tempo.
ResponderEliminarUm abraço.
Eduardo
Nunca nada se repete, Graça, aí reside a dicotomia do prazer/dor. Belíssimo poema!
ResponderEliminarMas ficou o legado e ele representa muito «caminho» percorrido...
ResponderEliminarBelo poema, Graça
Bjs
...por isso a Palavra e o Amor nunca deverão ser em vão, apesar da (di)visão!
ResponderEliminarUm beijo Graça, adorei!
A primeira palavra de todas as que aqui articula de forma tão encantadora.
ResponderEliminarBeijos
Nada será igual. Gostei de te ler. Beijinhos.
ResponderEliminarNada se repete por vezes, só a história, em ciclos) numa transformação de inovação de nós.
ResponderEliminarBelíssimo.
e da mulher se reproduzia a flor
ResponderEliminare da palavra primeira
o esplendor
a essência do verbo
onde acontece a vida
_______
Profundo, belo...
um beijo Graça
SOS:
ResponderEliminarprecisamos IMENSO
de um substituto para o João.
Loulou + Nini
Um espaço de grande beleza. Encantatório. Sempre!
ResponderEliminarBeijinhos
Bem-hajas!
O som inicial e puro que nos fugiu.
ResponderEliminarUm beijo, Graça.
mulheres que cumpriam os rituais para que a natureza e o Outro Mundo estivessem sempre em equilíbrio
ResponderEliminar_________________________________
ResponderEliminar"...que pena meu amor, nunca mais, poder olhar-te com os da primeira vez..." ( JG de Araujo Jorge)
Nada será como foi, pois a vida é constante renovação...
Gostei muito do seu belo e reflexivo poema!!!
Beijos no coração...
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Belo poema Graça.
ResponderEliminare a nostalgia do ser humano é essa certeza intuída que ficou lá muito atrás.
Um beijo
enorme
Nada se repete? Quem sabe...
ResponderEliminarPor mim, só posso repetir a admiração pelos seus poemas!
Um bjs
é verdade, Graça...
ResponderEliminarabraço
A vida vai mudando de nome, de conteúdo e de sabor.
ResponderEliminarBelo poema, como todos os que fazes, sem excepção.
Beijo.
Bravo
ResponderEliminarBelo poema
Saudações
belíssimo poema...
ResponderEliminarum prazer lê-lo, e tentar decifrá-lo, digo tentar ...
beijo
__________ JRMarto
"...a intacta perfeição
ResponderEliminarda primeira palavra com que nomeei a vida."
Muito profundo... muito belo!
Beijo.
este último verso é definitivo, graça. é de uma força de grandeza que só uma poeta sabe escrever. um regalo para mim que li e aprendi. um grande beijinho.
ResponderEliminarMaculada a "intacta perfeição", feriu-se a claridade.
ResponderEliminarO grito do ventre da terra, perdeu a limpidez original, porque rasgado a sangue e lama...
As mulheres, perderam a leveza que as fazia voar mas, num lugar secreto guardaram, a primitiva semente da renovação...
Um beijo
A primeira palavra...amor
ResponderEliminara primeira palavra era sagrada...
ResponderEliminarbonito poema, Graça! um beijo.
...mas continuarás a escrever poesia perfeita!
ResponderEliminarUm abraço.
perdemos a perfeição. mas ficou a ideia dela. e assim nos alimentamos.
ResponderEliminarbeijos
o compromisso com a vida é hoje bem mais complexo. de facto...
ResponderEliminarEros cedeu lugar a Hefestos.
excelente.
beijos
Lembrei-me, porque a associação me pareceu simples, intuitiva, apetecível e convidativa: a Mátria poesia da Natália Correia...
ResponderEliminarabraços!
a primeira palavra devia ser amor...
ResponderEliminarmeu amor!
um beijo
Que maravilha!!!!Obrigada pelo momento!!!!!Jinhos
ResponderEliminarDoce Amiga:
ResponderEliminarCorpo e espírito em comunhão de condutas. Posturas culturalmente aceites e alicerçadas pelo seu brilhantismo da poesia fabulosa. Linda.
Peculiar poetisar. Um "sentir" de fascínio e "delírio" inédito.
Beijinhos de respeito. Imenso.
Com respeito e estima.
É fabulosa, sabia?
Cordial e afavelmente.
É sublime.
Sempre a admirá-la. SEMPRE!
pena
É muito belo este poema, Graça, com esse final tão preciso... As primeiras vezes têm a perfeição do tempo que ainda não aconteceu...
ResponderEliminarUm beijo
Lindo! Lindo! Lindo!
ResponderEliminarAdorei!
Beijos!
...espaço e tempo em comunhão!
ResponderEliminar...gostei das tuas palavras
e
da forma como a mulher se molda nelas!
jinhux létinha
Belas imagens míticas que, juntas e se metamorfoseando, buscam as origens do verbo.
ResponderEliminarMais um lindo poema, Graça.
Parabéns!
Beijos,
H.F.
Brilhante, Graça. Mas de ti já espero sempre o melhor!...
ResponderEliminarBeijos.
...Lindo ....só assim vale a pena :)
ResponderEliminarUm fim de semana cheio de palavra...mágicas ****