Menez
Na penumbra me perco.
Surpreendida. Impaciente.
Como se uma reprimida dança
movesse o mais insólito enredo
nos meus passos.
Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo
e o corpo cobre-se-me de ervas bravas.
Assim permaneço
até que uma lua de sangue me visite.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
Surpreendida. Impaciente.
Como se uma reprimida dança
movesse o mais insólito enredo
nos meus passos.
Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo
e o corpo cobre-se-me de ervas bravas.
Assim permaneço
até que uma lua de sangue me visite.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
Até que...
ResponderEliminarPoema de intensas palpitações. Lindo, claro.
Beijo.
Gostei muito, Graça.Aliás, gosto muito deste como de tantos outros dos seus poemas.Um abraço
ResponderEliminarExcelente, Poeta !
ResponderEliminarE belíssimo também o quadro de Menez...
Um diálogo de artes perfeito .
Abraço
________ JRMARTO
Deixo os dedos na terra. Moldo. Rasgo as ruas do meu sonho.
ResponderEliminarChamo a cidade que se há-de abrir, do outro lado, ao calor do Sol.
E fico, na urgência da sede e da espera.
Lindas sempre, as imagens que nos chegam com as suas palavras.
Abraço terno
Graça,
ResponderEliminarPerdidas na penumbra, as palavras só conhecem o tão insólito sentir dos poetas!
Um abraço!
São belas estas tuas memórias.
ResponderEliminarE este poema é excelente. Palavras límpidas para imagens sublimes. Gostei imenso, como sempre.
Querida amiga, uma boa semana para ti.
Beijo.
E dela nascidos, é bom que nos deitemos, de bruços, e respiremos o seu aroma porque dela viemos e a ela regressaremos, um dia.
ResponderEliminarBeijos
Maria Mamede
Muito belo, Graça!! Beijos.
ResponderEliminarGostei de ler Graça. E senti.
ResponderEliminarObrigada.
Um poema doce e significativo de um sentir, parece-me triste, desculpe...
ResponderEliminar"...Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo
e o corpo cobre-se-me de ervas bravas.
Assim permaneço
até que uma lua de sangue me visite..."
Nunca desista do seu sonho, POR FAVOR.
Um desejo lhe manifesto: SEJA FELIZ, mesmo que uma lua de sangue nunca a visite, pois possui uma ternura intensa!
Beijinhos, linda amiga, de amizade sincera e respeito gigante.
Com admiração constante e sempre!
pena
Eu aguardo de novo a Lua Cheia, para me erguer...
ResponderEliminarLindo poema, como todos os outros.
ResponderEliminarAqui sinto-me bem.
Que um anjo te ilumine
Beijo de anjo
excelente a imagem que escolheste, para mais um belo "enredo" poético...
ResponderEliminarabraço Graça
Gosto das pessoas que insistem em cheirar na terra o hálito do seu sonho... Esta Dulcineia fascina-me-
ResponderEliminarUm beijo, Graça.
seiva e húmus. danças impacientes que iluminam. luas de sangue que fervilham em corpos bravios.
ResponderEliminarenorme teu talento.
beijos
Gosto muito da ligação entre o poema e a pintura.
ResponderEliminarum beijinho
Olá minha nova amiga Graça.
ResponderEliminarUm belo conjunto de poema e imagem
Muita sensibilidade...
Uma semana abençoada por Deus.
Fique na paz.
Beijinhos doces, minha amiga.
Regina Coeli
"até que uma lua de sangue me visite".
ResponderEliminarComo sempre as memórias da Dulcineia são fantásticas e com frases emblemáticas, capazes de morar em nós.
Lindo poema, Graça. Parabéns!
Um forte abraço, minha Amiga.
Beijos :)
H.F.
a aguardar
ResponderEliminareternizada na penumbra que se desprende da alma
quando o corpo exige outra dança
.
até que uma lua irreverente se afirme.
___
:))) e um beijo, imensíssimo Graça
:) gostei especialmente deste poema, que não podia ser mais feminino. um beijinho grande, graça.
ResponderEliminarpor vezes essa penumbra é terrível onde realmente a dança é reprimida
ResponderEliminarOlá, Graça
ResponderEliminarEste poema é intenso, uma esperança num olhar, num sonho..
Obrigada por participares no meu desafio..
Beijos e abraços
Marta
na entrega ao fluido vital.
ResponderEliminarbelas palavras!
Graça, até que...deixo os dedos na terra.
ResponderEliminarAmei e só amo... o que é bonito.
Bji amigo querida poeta
"Deito-me de bruços para cheirar,
ResponderEliminarna terra, o hálito do sonho que persigo..."
Muito bela esta imagem poética, numa perfeita conjugação com o quadro da Menez.
Gosto muito das memórias de Dulcineia, tão intensas e profundas...
Beijo.
Graça,Deixei uma coisa no meu blog para ti!
ResponderEliminarBeijinho de lua*.*
Graça,
ResponderEliminargostava ficar deitada a cheirar
a terra neste canto do quadro da Menez,
ouço a sua voz dançando a cada passo que dou, e fico à espera que o sangue venha colorir as ervas de uma drama solar.
Merci de vos mots, ils me sont votre coeur.
Je vous dois beaucoup.
Parabéns por este lindo poema.
Beijos,
lidia
LM
Um belo livro que cá canta!
ResponderEliminarOlhe, em relação a essas coisas de ofertas disto e daquilo, eu geralmente mando fora.
Porque já sei que muita coisa é uma qualquer armadilha que não foi postada pelo blogista que se conhece.
Beijinhos
Harmonia perfeita do quadro de Menez com belas palavras.
ResponderEliminar..até que uma lua de sangue me visite.
Impaciência...
Remete-me a sensação de que algo vai mudar!!!
Lindo!Graça.
Abraços.
_________onde me estendo sempre Graça.
ResponderEliminarsempre. a cada folha aberta. em cada silêncio despojado.
onde a encontro. nos meus dias.
.
abraço-A.
Escolha belissima da imagem para ilustrar um poema lindissimo.
ResponderEliminarPerdoa-me as ausencias mas acho que, agora, vou permanecer mais pela blogosfera.
Beijinhos
Ricardo
De volta ao ventre... à terra?
ResponderEliminarBeijos.
A reprimida dança... É isso!
ResponderEliminarbeijo
um poema muito bem construido.
ResponderEliminarEsta Dulcinea é muito sensual.
A imagem muito bem escolhida.
gostei muito.
Beij
"Surpreendida. Impaciente.
ResponderEliminarComo se uma reprimida dança
movesse o mais insólito enredo
nos meus passos."
A vida, essa "lua de sangue"...
É lindo o seu poema Graça! Um grande abraço.
Nas penumbras sempre procuramos algo que nos toque o coração!
ResponderEliminarDa terra virá o pulsar de uma nova esperança!
Lindo o seu poema.
Um beijinho.
eu,
ResponderEliminarna penumbra me excito,
só no escuro me perco.
e,
se na noite me encontro,
amanheço,
corpo em brasa
pelo flagelar vampiresco
das nocturnas urtigas.
belas as tuas palavras.
ResponderEliminarcomo que uma contida vontade de viver...
ResponderEliminargostei imenso do poema.
beijos, Graça.
Com a tua poesia
ResponderEliminaraté na penunbra
vejo claro
Belo como sempre
Há sempre o inefável em seus versos. O sonho perseguido resulta em beleza e graça. :)
ResponderEliminarAté que ...o sonho se realize ao sabor das palavras que brotam
ResponderEliminarAbraços.
Imaginei um cobertor de ervas bravas, que nos aquece quando arrefece, que nos refresca quando o suor nos invade.
ResponderEliminarprecisas palavras para um nome irreal, que de tão irreal é a verdade...
ResponderEliminarbeijos...
Parabéns pelo merecido prémio Ruy Belo, amiga.
ResponderEliminarAdoro as uas metáforas, o seu ritmo de escrita.
ResponderEliminarDefinitivamente um fã.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Continuo a adorar este poema...
ResponderEliminarre-passei.
ResponderEliminardeixo um beijo à Dulcineia.
...e tudo porque D. Quixote já não vem!
ResponderEliminarBelo, o poema!
abraços!
Passei hoje por cá
ResponderEliminarsó para lhe dar um beijo
pelo merecido prémio
Bjs
Bonjour Graça,
ResponderEliminarParabéns, parabéns, passei agora pelo local sem muros...do Victor e li, e fiquei tao feliz!
Mil beijos,
tento nao reprimir a dança, nem sempre é possivel.
Toda a dança nasce dessa perda.
LM
Parabéns , Graça , Parabéns muitos !
ResponderEliminarFiquei muito feliz....
Abraço grande!
________ JRMARTO
um aplauso
ResponderEliminarde pé!
agora e aqui
sem enganos
------
e uma rosa
plena e única
quando voltas?
ResponderEliminarBoa semana, linda.
Parabéns por mais um Prémio.
ResponderEliminarBem merecido.
...e que continues sempre a perseguir o sonho até fazer dele realidade...e depois ...recomeça de novo para novo sonho :)
ResponderEliminarUm abraço*
Boa noite, Graça. Obrigado pela visita ao meu blogger.Ervas bravas, sangue, o auscultar do cerne, do sonho, das vísceras do universo em nós. Belo poema. Grande abraço. Parabéns pelo prêmio Lemniscata.
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