a primeira vez que tive vinte anos
esperavas por mim naquele café com nome
de porto grego que faz a Grécia
no meio do bairro alto dizias muitas vezes
mexendo o café que sempre bebias sem açúcar
depois descemos até ao rio e prometeste
os meus vinte anos voltassem
às tuas mãos naquele lugar
nessa altura envelheci muito depressa
junto de mim dissesse
-como era moda-
que os vinte anos tinham sido o melhor tempo
das nossas vidas
e o meu coração era então tão grande
se serviam dele
Alice Vieira
In: O que dói às aves. Lisboa: Caminho, 2009
Fabuloso poema da Alice Vieira! Como me revejo nas suas palavras...muitos beijos, Graça.
ResponderEliminarNão conhecia este belíssimo poema.
ResponderEliminarQue gostei de ler.
Querida amiga, obrigado pela partilha.
Um beijo.
Que lindo!!!
ResponderEliminarPena que nem todos sejam tão generosos...
Obrigada por participares.
Beijos e abraços
Marta
Ser capaz de voltar, muitas vezes, aos vinte anos, com a mesma capacidade de descobrir a vida.
ResponderEliminarConservar o coração aberto e deixá-lo crescer...
Beijo carinhoso
Belíssimo!
ResponderEliminarBelo...
ResponderEliminarAinda não conhecia este poema, gostei muito.
Beijo de um anjo
Susana
GRAÇA.
ResponderEliminarObrigada!
(do coração)
Graça linda, e pelo que pude perceber, seu coração continua grande e cheio de carinho.
ResponderEliminarBeijo imenso!
Que seu começo de semana seja de luz.
Rebeca
-
Comento, a (des)propósito, com um poema do meu livro A Transgressão do Silêncio.
ResponderEliminarAcaso
Na foz do teu olhar nunca sei
se há um rio que acaba
ou um mar que começa.
Por isso,
na trajectória dos gestos,
o acaso determina o amor
ou o desafecto.
Só os ramos das árvores
não desiludem os pássaros.
Graça,muito bonito mesmo.vinte anos é o tempo q se precisa pra saber q a vida não acaba aí.
ResponderEliminaré lindo Graça.
ResponderEliminarnão conhecia a poesia da Alice Vieira. Já a li em crónicas e vários livros. Agora fiquei surpresa.
Obrigada querida Graça
Um grande beijo
Graça...
ResponderEliminarVim deliciar-me com os teus poemas...
Este é da Alice Vieira, mas é lindo!
Beijos...
O teu bom gosto: não só no que escreves, mas tb no que escolhes...
ResponderEliminarUm beijo, Graça
"a primeira vez que tive vinte anos"
ResponderEliminarQue delícia pensar assim...
Obrigada, Graça,
pelas frequentes visitas ao doce de lira
e pelas palavras sempre delicadas
que deixa pra mim.
Um beijo!
"e o meu coração era então tão grande que todos os que passavam se serviam dele..."
ResponderEliminarE não é essa a marca dos que ao caminhar, deixam pégadas que depois todos seguem ?
Não são essas as pessoas com P grande, com P enorme?
São essas as pessoas...
Fica bem...
São muitas as vezes sentidas e batidas pelos vinte anos de um mesmo coração.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Linda Amiga:
ResponderEliminarDois vultos enormes de uma poesia fascinante: A minha Amiga e a notável e extraordinária Alice Vieira.
Perfeitos vinte anos num coração abrangente e enorme, onde couberam muitos...
Parabéns! Fabuloso.
De uma significação intensa e profunda de fazer pensar...
Beijinhos com respeito e estima.
Sempre a admirá-la
pena
Bem-Haja, poetiza de sonho.
não conhecia e tanto gosto de alice vieira... muito bonito!
ResponderEliminar... o meu coração continua grande.
um beijo, graça
e obrigada
Há corações do tamanho do firmamento.
ResponderEliminarInconfundível Alice.
Abraço.
ó, gostei muito deste poema, é preciso e lindo, ai, como gosto do bairro alto...
ResponderEliminarbeijos
Uma excelente escolha, Graça. Há que divulgar quem escreve em português.
ResponderEliminarParabéns!
Ah, quantos vinte anos podemos viver ao longo da vida!
ResponderEliminarnao conhecia este poema da Alice Vieira.
ResponderEliminarestou rendida à sua escolha para a(em seara alheia).
obrigada!
um beij
Bela memória
ResponderEliminarEu também lá estava
Admiro bastante a Alice Vieira. E a sua prosa juvenil, simplesmente adoro
ResponderEliminargostei muito deste poema da Alice Vieira. Obrigada, Graça.
ResponderEliminarbeijo grande!
Adorei este poema "tons de Mediterrâneo".
ResponderEliminarBjs
A poesia desta escritora foi para mim uma revelação de talento e sensibilidade que leio com o maior agrado.
ResponderEliminarBeijinho para ti, Graça.
Muito belo e transcendente este poema de Alice Vieira!
ResponderEliminarMuito grata por revelar mais este talento desta querida escritora.
Um beijinho para ambas.
Desejo-lhe um óptimo fim de semana.
ResponderEliminarBjs
Também gosto da Alice Vieira e por isso, aqui te ofereço a parte final dum seu poema tirado do livro "Dois corpos tombando na água":
ResponderEliminar....- e aquele estranho lugar no coração
aberto sempre a quem chegava mesmo quando
não sabíamos o seu nome.
Um abraço desejando um óptimo fim de semana.
Não conhecia Alice Vieira como poetisa, mas apenas como autora de livros de histórias para crianças e jovens. Adorei este poema! Tem a força mágica dos vinte anos...
ResponderEliminarLindo!!!
Beijo.
Gosto muito da escolha que fez.
ResponderEliminarum beijinho
É também um texto tão luminoso...
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Maravilhoso poema...abraços carinhosos pra ti.
ResponderEliminarAmiga Graça
ResponderEliminarUm belo poema de Alice Vieira, uma das grandes senhoras da nossa literatura.
Obrigada por partilhá-la e lembrá-la.
Beijos amigos
como não gostar G.
ResponderEliminarcomo não????
e confesso que fiquei orgulhosa.
(por a conhecer)
beijossssssss.
não conhecia o poema e fiquei encantada. tão belo...
ResponderEliminarbeijos, Graça
Sempre nos apresentando belíssimos poetas! Comoventes versos..
ResponderEliminarEstarás de férias, provavelmente.
ResponderEliminarSe for o caso, desejo-te umas excelentes férias querida amiga.
Beijo.
Ola passamos para te visitar e deixar um bjs
ResponderEliminarVenho reforçar o meu abraço querida Graça.
ResponderEliminarSentes?!
estou aqui de mãos cheias de mar e flores no peito para ti
também um grande beijo,
profundo de origens, com que, nestes dias de descanso vou escorando as mãos.
Bom dia,
ResponderEliminarem primeiro lugar, parabéns pelo Prémio Ruy Belo.
Estive presente na cerimónia de entrega, participei e tinha curiosidade de saber como se processa um acontecimento destes. A minha estréia. Gostei de conhecer a senhora Teresa Belo. Gostei imenso do livro dito por Luis Vinagre e D.Rosa. Como poderei obtê-lo? Será editado? Poderei lê-lo de uma outra forma?
Nesta cerimónia, no final inibi-me de cumprimentar todos os presentes na sala. Sou tímido. Bastante.
Gosto da sua poesia e tenho passado por cá.
Gostava inclusive de algum feedback sobre o que escrevo. Estou numa encruzilhada de desenvolvimento. Não sei se tal será possivel. Apelo a isso.
Apresento-me: Carlos Teixeira Luis. Blogue: Tijolos de Verde Rude. Ao dispôr.
Um abraço.
Lindo o poema da Alice Vieira.
ResponderEliminarNão me incomodam os mais que duas vezes vinte anos.
ResponderEliminarNão!
O coração sinto-o cada vez maior mas consigo deixar cada vez menos que se "sirvam" dele...
Muito bonito este poema da Alice Vieira.
Não conhecia.
Obrigada!...
Um beijinho
Este poema é magnífico.
ResponderEliminarGraça, acho que estamos conectadas. Fiz uma postagem em meu blog com um poema dela. Quando aqui cheguei, vi que ela também aqui estava. Esse livro é maravilhoso! Só tenho a te agradecer.
ResponderEliminarbeijo no coração
sempre espectacular esta seara alheiA :))
ResponderEliminardIAS cheios de brisas mansas****