14.1.10

Em seara alheia


INDOLOR

Quando eu tiver
As mãos doridas
De tanto escrever
Invento uma forma
Indolor
E escrevo
Na parte de dentro
Das folhas
Onde não magoa
O poema
E onde as mãos doridas
Poderão
Descansar
Sobre a luz
Da memória.

Maria Paula Raposo
In: Marcas ou Memórias do Vento. Lisboa: Apenas Livros, 2009

32 comentários:

  1. Lindo este poema da nossa querida Paula.Parabéns pela escolha e pela visita ao meu espaço..Ando tão preguiçosa, este frio faz-me ficar a ronronar como os gatos, e mais não tenho lareira..Beijinho, Ell

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  2. Que lindo....As mãos que escrevem, afagam e tanto dizem...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. uma escolha muito boa!

    a Paula escreve muito bem!

    deixo um beij

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  4. obrigado pela visita
    e simpatia.
    que belo estar aqui .

    beijo poético

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  5. Que poema delicioso! Lindo, a valer, amiguinha admirável.
    Que poetiza de sonho.
    Bem-Haja, pela maravilhosa e perfeita sensibilidade para confeccionar versos fabulosos.
    Adorei.
    Beijinhos amigos pelo seu encanto.
    MUITO OBRIGADO pela simpatia deixada no meu blogue.
    Sempre a respeitá-la cada vez mais.
    Com admiração

    pena


    É uma Extraordinária Poetiza brilhante e sensível!

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  6. Belo poema de Paula Barroso. Gostei!

    Beijinho

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  7. Lindo o poema da Paula, que tão bem conheço, ela ficará bem feliz ao ver este poema no teu espaço.
    Obrigada pela partilha...
    Jinhos muitos de carinho

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  8. ou na alma onde tudo aquilo que se sente se escreve sem dor.

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  9. Obrigada, Graça, por me poder ler (mais uma vez) aqui.
    Motivos familiares não me permitem, neste momento, visitar assiduamente, os amigos.
    Muitos beijos.

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  10. Para Ellen: sou Paula Raposo, não Barroso!!

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  11. Graça,
    tomo a liberdade de lhe dizer aqui publicamente (fi-lo por e-mail, como resposta a um comentário seu e retornou) que, dos espaços que visitei em 2009, a Ortografia do Olhar, tocou-me profundamente. Encontro no que escreve um profundo lirismo e, na postura que revela, além da escrita, uma alma grandiosa e generosa. A provar o que intuí de si, estimada Graça, são estes poemas "em seara alheia".

    ...
    Sobre a obra de Maria Paula Raposo, que leio há anos, e de que tenho alguns livros, declaradamente fã. A poeta Maria Paula, num registo minimalista-intimista, canta o amor de forma sábia.
    Dela mesma, as palavras:
    "também não compareço/porque talvez tenha ido ver o mar".
    in Nevou este Verão, pg.18

    ou

    "hoje refaço a calma/e realojo o amor/no lado certo da vida"
    in Golpe de Asa, pg. 16

    Belíssimos textos, sem margem a dúvida. Justo, portanto, aqui o destaque.

    A ambas, saudações com estima e admiração,
    Votos de excelente 2010
    *__bonecadetrapos__*

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  12. Olá Graça!

    Poesia à seria...beijinhos de amizade.

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  13. Eis um belo poema da Paula!!!

    Beijos para as duas!

    AL

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  14. é também no interior das palavras que vive a dor que vai amarrando os pulsos...

    _______

    é lindo Graça e confesso desconhecer a Paula.
    um beijo grande para ti querida graça.

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  15. quando eu tiver

    as mãos doridas de tanto escrever

    enrolo-as em papel de seda

    depois solto-as em barcos
    e aviões
    para que percorram sentidamente
    os espaços das nossas memórias

    ...

    à Paula pelas mãos que tem

    e

    à Graça pelo espaço onde cresce o trigo

    um abraço

    Manuela Baptista

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  16. teresa p.2:12 da tarde

    Muito belo este poema!
    Beijo.

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  17. E o fundamental é continuares a escrever... de uma forma linda e pura!
    Lindo!
    Beijinho de lua*.*

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  18. Quanto menos cores se empregam para pintar uma obra, mais harmoniosa e cromática ela fica!

    Belo este poema!

    Fique bem Graça

    beijos

    josé

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  19. Acredito que a Paula Raposo invente ...
    Gostei de ler
    Brisas doces para ti Graça****

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  20. Uma bela partilha.
    Deixo um abraço a ambas e um Feliz 2010 igualmente de sucessos.

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  21. Obrigada por teres dado a conhecer.
    Boa semana.

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  22. Lindo poema da Paula.
    Obrigada pela partilha.

    Um beijo Graça

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  23. Gosto muito do poema ...e...é curioso...não quer espreitar o ruinologias e uma coisa chamada escrever na água? Gostava muito quando por lá passava.
    um beijinho

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  24. belíssimo este complemento directo estabelecido entre as duas





    .
    um beijo

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  25. O troar do trovão, esta incessante chuva
    As estrelas choram todas as mágoas na terra
    Onde param os Anjos, porque não nos acodem os Santos
    O mal e o bem porfiam esta eterna guerra

    As casas do sul ruiram todas
    Tal como a esperança desesperada
    Toquei no rosto de uma criança triste
    Senti uma paz surgir do nada


    Mágico beijo

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  26. Três palavras,um comentário:Curto,incisivo,gosto!

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  27. Talvez não sejam apenas as mãos a ficarem doridas...

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  28. o lugar de regresso é sempre a memória...
    belo poema,

    um beijo!

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  29. Um bom poema da Paula. Sempre atenta, Graça.

    Beijos para as duas.

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