Gustave Dore
A notícia se espalhava:
um cavaleiro andante
em doida cavalgada pelo vento,
ridículo, intruso de si mesmo.
A notícia corria de boca em boca:
um herói de batalhas não travadas,
excluído da sorte.
A notícia vinha e voltava com os pássaros.
Da notícia falavam.
Todos. Sempre.
Como quem ri da própria tristeza.
Graça Pires
um cavaleiro andante
em doida cavalgada pelo vento,
ridículo, intruso de si mesmo.
A notícia corria de boca em boca:
um herói de batalhas não travadas,
excluído da sorte.
A notícia vinha e voltava com os pássaros.
Da notícia falavam.
Todos. Sempre.
Como quem ri da própria tristeza.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
Assim são. As batalhas não travadas.
ResponderEliminarBeijos.
obrigado pela visita
ResponderEliminargrato pelo comentario.
beijo!!
Rir da tristeza... com palavras destas e o poema está feito!
ResponderEliminarE ninguém se pergunta qual a razão....
ResponderEliminarGostei muito...
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
olá boa tarde, se quiseres comprar o livro (sem ser numa livraria ou pela editora), manda-me um email com a morada para terduraesbeco@gmail.com
ResponderEliminarHá sempre um pouco de D. Quixote em cada ser humano...
ResponderEliminarUm abraço.
Como entendemos bem essa porção Quixote que trazemos todos!
ResponderEliminarBeijo, Graça.
Brilhante Poetiza Amiga:
ResponderEliminarUm Cavaleiro Andante lutador e sensível pela luta que conduz ao infinito sofrido de si.
Uma poesia perfeita como sempre.
Uma sensibilidade admirável e fabulosa.
Excelente.
Beijinhos amigos de imenso respeito ao seu talento.
Sempre a lê-la com atenção pela preciosidade humana e poética que é.
pena
Bem-Haja amiga, pela amizade.
MUITO OBRIGADO pela amabilidade e simpatia no meu blogue.
Adorei.
Memórias ao vento... do vento...
ResponderEliminarsonhos que os pássaros trazem e levam nas asas.
Beijinhos
loucos os que cavalgam pelo vento
ResponderEliminarcorajosos os que o fazem contra o vento
ridículos são
os que riem da tristeza
cavaleiros apeados sem montada
invejam quem cavalga a madrugada
...
Dulcineia teve a sorte do amor
nós temos
a dos seus versos, Graça!
um beijo
Manuela
das notícias falam todos, sempre...
ResponderEliminarabraço Graça
Coitados dos pássaros
ResponderEliminarBj
Graça,
ResponderEliminar"...um cavaleiro andante
em doida cavalgada pelo vento,
ridículo, intruso de si mesmo..."
"...um herói de batalhas não travadas,
excluído da sorte..."
Sim, se riam, riam da própria tristeza. Temos muito desse cavaleiro... Muito... [eu tenho]
Bravo!
Um abraço, querida.
A notícia sempre vem com a brisa certa de cada momento.
ResponderEliminarBeijo imenso, menina linda.
Rebeca
-
As situações ridículas espalham-se como o vento, enquanto os bons ofícios se perdem como a água na areia.
ResponderEliminarBasta ver um serviço noticioso para percebermos que nos rimos todos os dias de nós próprios e do nosso atraso.
Querida amiga, a excelência da tua poesia não é uma novidade, é uma constante. Ainda assim, não te vi no lugar que mereces entre os teus pares. Mas se fizeres um escândalo qualquer com uma figura pública, talvez passes a figurar no top de vendas...
Bom fim de semana.
Um beijo.
Graça, ando há uns dias para te comentar, hoje no amanhecer de um novo dia, vim beber os teus poemas e assim passar momentos maravilhosos.
ResponderEliminarLindos os teus poemas, e obrigada por teres voltado!
Beijos no teu coração
"Da notícia falavam.
ResponderEliminarTodos. Sempre.
Como quem ri da própria tristeza.": versos a que sempre volto nas revisitações do seu livro (excelente) Uma Extensa Mancha de Sonhos: sonhos em bando de pássaros no espaço arqueado do poema em que riso e tristeza são o esquerdo e o direito das asas em pleno voo.
grato pelo prazer de ler tão exímia poesia.
saudações
luís filipe pereira
o meu abraço tão inteiro como a "minha" extensa mancha de memórias".
ResponderEliminar(imf)
conflito que gera futuro,
ResponderEliminarpalavras de profunda meditação.
belo poema!
.. :)
ResponderEliminarum beijinho
Olá Graça
ResponderEliminarUma bela e extensa de mancha de sonhos, aqui tem...
Bjs
José
... e assim percorreu a veredas do tempo!
ResponderEliminarem doida cavalgada.
de nada...
admirável talento poético. o teu.
beijos
muito belas imagens, Graça... Tão perto de tudo essas palavras...
ResponderEliminarBeijos
a noticia corre sempre como o vento.
ResponderEliminarmais um bom poema da saga do d.quixote e sua dulcineia.
beij
"A notícia vinha e voltava com os pássaros."
ResponderEliminarLindo! nas asas da poesia todos os vôos são possíveis...
Beijo.
belíssima essa Extensa mancha de sonhos...
ResponderEliminarUm sorriso e carinho Graça
Bom dia Graça Pires
ResponderEliminarComo só uma Poetisa consegue rir da própria tristeza.
Devorei o teu livro.
Beijinhos
Ricardo
"como quem ri da própria tristeza", porque ao "cavaleiro louco" não pertence tristeza, senão a loucura dos sonhos.
ResponderEliminarbeijo grande, Graça.
Esta série 'Memórias de Dulcineia', é muito bem criada, uma linda idéia. Quixote, o desprovido da sorte, enfrenta as batalhas dentro de si próprio, e como nós , poetas, enxerga monstros, e beleza, um encantamento que nos arrebata.
ResponderEliminarDulcineia parece ser a voz do poeta, a que canta suas 'inglórias', suas tristezas, e o torna herói.
Bjos, minha caríssima, fico muito feliz com tuas visitas em meu blog.
e era assim:
ResponderEliminarde boca em boca, como quem anuncia a bastarda inglória da vida.
...e D. Quixote pavoneia-se ainda por aí. para acicatar os sonhos.
para gaudio dos tristes.
_____
um grande beijo querida Graça
são os pássaros que andam na roda viva.
ResponderEliminarum beijo
luísa
Muito grata amiga Graça, por existires, e compartilhar conosco tanta beleza!
ResponderEliminarSem vc o mundo seria menos brilhante.
Parabéns.
Um grande beijo.
E quantas vezes nos rimos da propria tristeza e em luta constante???
ResponderEliminarBeijinho de lua*.*
Os heróis são intrusos de si próprios...
ResponderEliminarNem todos somos D.Quixote mas todos temos a nossa Dulcinéia, a nossa fonte motivadora em beleza, em ideal.
ResponderEliminarBela linguagem esta, D.Graça, esta poesia enquadrada com as ilustrações do ilustrador-mor Doré é um encanto.
Boa Páscoa.
Bjs.
Que lindo poema sobre o cavaleiro andante. Que lindos versos, Graça.
ResponderEliminar----------
Desejo-te boa Páscoa.
Beijos
G.
ResponderEliminarvenho deixar os meus votos de boa Páscoa.
um beij
Oi Graça,
ResponderEliminarbelo e profundo... como sempre. Bj,
Úrsula
Parabéns pelo excelente blogue que nos oferece.
ResponderEliminarKandandu/abracos!
Querida amiga, passei só para te desejar boa Páscoa.
ResponderEliminarBeijos.
Por aí anda o da triste figura. Para nos rirmos dele. Para chorarmos por nós.
ResponderEliminarBeijo.
Graça, minha querida!
ResponderEliminarEsse cavaleiro andante é mesmo parte dessa extensa mancha de sonhos.
Adoro todos os teus poemas! É impressionante como não encontre um somente que me desagrade.
beijo no coração