29.7.10

Calaram-se os pássaros

Ana Pires

Calaram-se os pássaros.
Regressou enferma
a ave que rasgou a sombra
das árvores em pleno verão
sem encontrar o caminho para a chuva.


Graça Pires
De O silêncio: lugar habitado, 2009

44 comentários:

  1. Mas a chuva não tarda muito e as aves poderão encontrar o seu caminho.
    Um abraço, Graça.

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  2. Gosto muito - como costumo gostar da sua poesia. Posso divulgar?

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  3. Estimada e Excelente Poetiza Amiga:
    As suas poesias fascinam e encantam.
    Quanta pureza e beleza imensas.
    Tem uma sensibilidade sublime.
    Beijinhos amigos de respeito e estima pelo seu extraordinário e fabuloso versejar.
    Com constante admiração.

    pena

    É fantástica.
    Bem-Haja, preciosa e valiosa amiga.
    Adorei.

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  4. E, no entanto, não podemos jamais perder a esperança.

    Um abraço, linda.

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  5. G.

    a sua poesia é um misto de ternura e esperança, este poema curto, diz tanto...

    a foto esta belissima e aqui tb deixo os meus parabéns à sua autora.

    um beij

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  6. creio, querida graça, que todos nós procuramos a frescura da água em dias de tão intenso calor como estes que temos vivido. um grande beijinho.

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  7. calaram-se

    mas apenas naquele segundo
    em que trocam de casa
    com os primeiros habitantes da noite

    e cuidaram da ave enferma
    para que nunca deixasse de procurar

    o caminho para a chuva

    obrigada Graça!

    pelo seu poema rasgado

    um beijo

    Manuela

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  8. Difícil regressar inteira, a jornada arranca partes da alma.

    Lindíssimo poema!

    Beijos.

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  9. Enquanto voarem

    os pássaros

    não se calam

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  10. Poema pequenino, mas com enorme e profundo significado...
    Lindo, tal como a fotografia da Ana!
    Beijo.

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  11. Convido-a a visitar o Poesia Diversa. Sua presença será uma honra. Abraços.

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  12. A busca pode ser uma viagem sem regresso ou um regresso assim...doente de sede que as fontes não matam.

    Obrigada

    Um beijo

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  13. Enquanto não chegar a chuva...vamos divagar nas palavras que o silêncio deixa escrito na alma...
    Beleza de poema...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  14. Graça...
    Calam-se os pássaros; e nos calamos, regressando enfermos. Somos como a ave voando solitária no dia cinzento, como pudéssemos ditar o ritmo das chuvas...
    Mas muitas vezes as sombras nos escondem de nós mesmos e vamos entristecendo.

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  15. reinventam o voo. sempre. as aves que "rasgam a sombra"...

    belíssimo.

    beijos

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  16. E ( todo o pássaro calado é a minha morte)... Sem mais palavras para a sua poesia que me interroga e me deixa suspenso!
    um abraço
    JrMarto

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  17. Bem hajam as aves que rasgam a sombra das árvores! Todos precisamos de um rasgão de luz...


    BeijO
    AL

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  18. difícil o caminho para a chuva no Verão, se calhar tem forma de palavras...

    belo poema,
    um beijo

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  19. Os danos são invevitáveis; o voo, condição sine qua nom para outros prismas.

    Beijos,
    Lou

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  20. aen!!! que lindo


    ternura


    adorei!!



    beijo meu!!!

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  21. Como essa ave, tanta vez me encontro em fim de voo, mas sem rasgar sombras e tanta vez à minha volta se calam os pássaros...
    muito belo!
    Bjs.
    Maria Mamede

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  22. Eles vão quebrar o silêncio...nós ajudamos...estamos cá e espera deles a Acreditar
    Lindo Graça
    Brisas doces ****************

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  23. Olá Graça,

    Sua escrita é mesmo encantadora...
    É sempre um prazer "te ler". Bjs.

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  24. Estava saudosa da sua poesia.

    Lindo!

    Um beijo,

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  25. É sempre uma procura...

    Lindo poema!

    Bjs e boa semana!

    José

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  26. Quando os pássaros se calam entristecem-se as árvores...
    Lindíssimo poema Graça! Obrigada pelas carinhosas palavras...bjo!

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  27. Levíssimo e lindo este poema! Aliás, como és costume.
    Obrigada.

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  28. Gosto do silencio mas tb gosto do som dos passaros...
    Boa semana querida amiga

    Beijinho de lua*.*

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  29. É estranha a sensação destas palavras...diria as pequenas ondas que se formam quando em pleno silêncio atiramos uma pedra para o meio de um lago...
    :)

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  30. O silêncio do exílio interrompido não cala a poesia. Um pequeno e belo diamante, Graça.

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  31. o teu silêncio é um lugar belo e habitado...

    abraço Graça

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  32. O tempo de migração deixa a incerteza da volta...

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  33. Graça...saudade. Não tenho estado presente no teu espaço, mas...tenho-te sempre comigo.
    Um beijo no teu coração.

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  34. Graça... vim reler-te, rever-te e deixar um beijo!

    AL

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  35. Minha querida
    Muito belo e intenso poema.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  36. Pequeno poema, grande em beleza.

    Um abraço, Graça.

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  37. Me veio a imagem de um pássaro tranquilo em direção à tempestade, porém sem nunca chegar a ela. Belo.

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  38. Que a chuva não tarde!

    Beijinho

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  39. Encontramos tantas vezes o que não queremos; tantas vezes o caminho da chuva não se vê, mesmo no melhor dos "tempos". Quase "fotográfico" este poema.
    Um grande abraço.

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  40. Andei por aqui a ler ( ou reler)

    Continua muito bom, o blog!

    Bjs

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  41. este é um dos mais extraordinários poemas que te conheço.


    fiquei arrasada quando o li a primeira vez e ccontinua a fazer-me estremecer.

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