Vermeer
O ofício das mãos não se intimida
com a apressada cadência do tempo.
Não tem fim o silencioso enleio
que se esconde por entre a argila
nos dedos do oleiro; ou se enrola no linho
dos lençóis tecido pelas mães; ou se prolonga
no pão quando chega o mês do trigo.
Porque esse é o destino das mãos,
tão alheio à urgência de cada dia.
O ofício das mãos não se intimida
com a apressada cadência do tempo.
Não tem fim o silencioso enleio
que se esconde por entre a argila
nos dedos do oleiro; ou se enrola no linho
dos lençóis tecido pelas mães; ou se prolonga
no pão quando chega o mês do trigo.
Porque esse é o destino das mãos,
tão alheio à urgência de cada dia.
Graça Pires
De O silêncio: lugar habitado, 2009
um poema que eu diria, uma homenagem às mãos de todas as mulheres pincipalmente.
ResponderEliminarperfeito.
um beij
Sem dúvida. Uma urgência. Beijos.
ResponderEliminaraaahh
ResponderEliminarlindo lindo lindo!!
:D
http://zonzobulando.blogspot.com/
abençoadas mâos que escrevem este lindo poema
ResponderEliminarvou estar em Alenquer vou fazer umas breve pausa
obrigado pelo carinho
beijos!!
ou a fazer uma festa num rosto sem idade...
ResponderEliminarbeijinho Graça
As mãos e os olhos
ResponderEliminarque as soltam
Bjs
Muito bom, Graça.Beijo amigo
ResponderEliminaré seu o destino Graça de saber assim dizer.
ResponderEliminarartesã da pureza.
o meu abraço. grato. por A conhecer.
imf
(piano)
Já que elas não se intimidam, beijo as tuas mãos, pelo saber poético que com elas transmites.
ResponderEliminarBeijos, querida amiga.
as mãos
ResponderEliminarficam esquecidas
na mão de um filho que ainda dorme e nós já vamos de corrida
seguram o lápis se desenhamos
mas estamos e não estamos
a atravessar a rua como aves distraídas
outras vezes chegam primeiro
à urgência de cada dia
...de uma apaixonada por mãos que de "o ofício das mãos", das tuas, Graça
celebra o teu poema de enleio e de argila!
um beijo
manuela
...e quando e faz com amor,
ResponderEliminara perfeição é senhora!
lindo poema...
linda você!
bjbjbj
Graça... Mais um belo poema que tive imenso prazer de ler.
ResponderEliminarArgila nos dedos do oleiro;
lençóis tecidos pelas hábeis mãos de mãe; ou o cheiro gostoso do pão quando chega o mês do trigo. Quando é dia de fornada!
Repeti essas palavras por que são de uma sonoridade muito bonita.
Eu imaginei esse poema numa bela voz. E gostei ainda mais!
As mãos que nunca estão ociosas e sempre prontas a acariciar....
ResponderEliminarLindo.....
Adorei....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Belas as palavras. Excelente a escolha da imagem de "La dentellière".
ResponderEliminar"Com as mãos se faz a guerra e o amor..."
As mãos, obreiras únicas de toda a criação artística, aqui, são outras mãos; as da alma que criaram de uma forma tão pujante, mas ao mesmo tempo tão sensível este magnífico poema.
ResponderEliminarGostei bastante.
Um beijo
e o destino das minhas é vir aqui todos os dias, querida graça. um beijinho grato*
ResponderEliminarAs mãos dizem tanto...em pequenos gestos.
ResponderEliminarUm belo poema...adorei.
beijinhos
Sonhadora
A ilustração casa muito bem com o poema.
ResponderEliminarUm abraço, Graça.
Há maãos para tudo: para amar, para pegar em armas, para burilar poemas, para louvar a Deus, para afagar cabelos ao vento...
ResponderEliminartão lindo, Graça! uma dádiva tua às mãos, à sua capacidade de criar, aos antigos e belos ofícios do Homem.
ResponderEliminarbeijinhos.
"O ofício das mãos", tão mágico e poderoso!
ResponderEliminarBelíssimo este poema de homenagem às mãos de quem trabalha...
Beijo.
Graça minha amiga...não imaginas a saudade que tinha de te ler, de estar no teu espaço.
ResponderEliminarUm café???
Para quando?
Jhs
o milagre das mãos. ternas e solidárias...
ResponderEliminarbeijos
o artífice sem mãos não pede,
ResponderEliminarnão implora,ao domingo na eira
nem na taberna ou na feira,
alheio a quem o mira quando passa,
o artífice sem mãos não pede
esmola de porta em porta,
nem lágrimas ele chora,
nem deplora,nem geme,a má-sorte,
nem se entorta perante o Padre,
no indulto do beija-mão,
O artífice sem mãos,pensa.
Jorge santos
Um belo poema de exortação das formas de trabalho de tempos idos.
ResponderEliminarUm documento para não se perder a memória...tão ludibriados andamos com a época virtual em que vivemos!
Como o tempo passa
e a nossa memória
nos traz de volta
tantas recordações!
Um beijo, Graça
António
" silencioso enleio
ResponderEliminarque se esconde por entre a argila
nos dedos do oleiro"
o que se deixar nas mãos e se permite o corpo moldar por outro...o ofício de ser o outro em seus dedos e emoções
Quanta sensibilidade Graça... è sempre muito aprazível " te ler". Bj no coração.
ResponderEliminarporque as mãos acariciam aquilo que amam...
ResponderEliminarMuito bem escrito
ResponderEliminarcomo sempre!
Bjs
Com uma paciência infinita as mãos tecem a obra. É delas o ofício de cumprir o trabalho dos dias. Silenciosamente.
ResponderEliminarQue poema lindo, Graça! Perfeito!
Beijos, Amiga.
o destino das mãos
ResponderEliminaré tecido sem pressa, é fio de linho que o tempo vai tecendo devagar...
e agora a palavra é só, destino...
beijinho Graça
Linda a pintura de Vermeer, que bem ilustra o ofíco das mãos exercido noutra dimensão temporal.
ResponderEliminarAdorei!
beijinhos
Belíssimas as mãos que "lentificam" o tempo...
ResponderEliminarBjos
as mãos não páram... e as dos poetas também... tecem belos poemas bem dentro do sorriso dos dias.
ResponderEliminarbeijo, Graça.
num afago constante!
ResponderEliminarum beijo, graça
As mãos que criam trazem um simbolismo de um tempo que se esquece, nelas vislumbramos a própria criação do universo.
ResponderEliminarUm beijo, minha querida amiga.
Não existem palavras para comentar a beleza deste poema.Mas existem mãos com dedos a teclar um bem haja por o publicar, querida Graça.
ResponderEliminarbelo poema, na grande companhia da pintura de Vermeer...
ResponderEliminarGostei muito,
um beijo
Olá Graça,
ResponderEliminarvou anexar o seu blogue à minha lista.
Um beijinho
Helena
Voltei e tive que reler, mas com imenso prazer.
ResponderEliminarQuerida amiga, boa semana.
Beijo.
Bonitas palavras...
ResponderEliminarTambém faço das minhas mãos a minha vida, delas consigo dar aos outros, diariamente, o caloroso e imperativo toque que uma qualquer pessoa precisa para empreender em paz a sua derradeira jornada.
Adorei.
Supremo ofício das mãos que escreveram este poema.
ResponderEliminarBeijo grande.
Sim, esse é o destino das mãos, tão diverso dos caminhos que a cabeça quer percorrer.
ResponderEliminarda urgência das mãos se des tece o tempo
ResponderEliminarde poetar
( excelente )
.
um beijo
Olá Graça
ResponderEliminarAs mãos não se intimidam pois têm o saber dos tempos...
Lindo poema!
Bjs
José
as suas ..são duas mãos cheias de poesia..Obrigada graça*
ResponderEliminar