Munch
Era quase a manhã a sangrar nos pulsos.
Qualquer gesto seria inútil para entoar
todos os silêncios que enchem a noite.
Eu podia esperar à beira-mar o amanhecer
ou os amigos a quem a errância dos mastros
rodeia a garganta.
Podia adormecer sob as águas onde se escondem
as quilhas seduzidas pela voragem.
Podia, eu sei, abraçar os navios
ou ser a asa e o voo das aves solitárias.
Graça Pires
De O silêncio: lugar habitado, 2009
atravesso o silêncio
ResponderEliminar"esconjuro os sustos"
abertas, estão, todas as janelas.
Abraço, Graça
Minha cara poetisa Graça Pires;
ResponderEliminarExcelente poema com versos e metáforas lindíssimas.
Parabéns pelo seu enorme talento.
Graça, querida!
ResponderEliminarSempre que aqui retorno, sinto uma sensação de preenchimento; são as tuas palavras que precisam me habitar todo o tempo. Sinto saudade também. Apesar de que, com a tua poesia estou sempre.
Retorno e vejo quantas postagens perdi, vou recuperar cada uma delas.
Fiz postagem nova, tento voltar. E aqui estou.
beijo em teu coração mais do que poético.
É certo que sim...podia. Um beijo.
ResponderEliminarouvi o eco do teu silencio
ResponderEliminare vim.
beijos minha amiga!!
E diante de tantas alternativas...
ResponderEliminardecidiu adormecer sob as águas?
Sonhou que remava...remava... remava...
Depois, que criou asas e voava...
voava... voava bem alto!!!
Voos alternantes, entre altos e rasantes...
Voava uma ave solitária, tão solitária quanto antes...
do sonho.
Bjs
com carinho
da
Fátima
Linda a imagem,lindo o poema!
ResponderEliminarO amanhecer é lindo, sobretudo à beira-mar.
Beijinhos
Bem-hajas!
Graça,
ResponderEliminarVolto de uns dias de férias com saudades das tuas palavras!...
Beijos,
AL
Chegar de paisagens tão belas como as que vou colocar no blog e encontrar um poema tão belo com o teu ...é um privilégio!
ResponderEliminarUm enorme abraço, linda
podias ser tudo, nos labirintos do poema...
ResponderEliminarbeijinho Graça
Lindo, Graça.
ResponderEliminarQuando a leio sinto-me capaz de escrever tudo.
A primeira frase por si já é um poema grande, as outras acompanham-na na perfeição.
ResponderEliminarConsagrada Poetiza Amiga:
ResponderEliminar"...Podia adormecer sob as águas onde se escondem
as quilhas seduzidas pela voragem.
Podia, eu sei, abraçar os navios
ou ser a asa e o voo das aves solitárias..."
Que "coisa" mais perfeita, majestosa e linda.
Fiquei mudo sem conseguir articular um som ou gesto.
É extraordinária.
Abraço amigo de pureza pela sua beleza poética.
Com estima e respeito.
Honra-me, a sua preciosa amizade.
Com admiração sempre e constante.
pena
Linda.
Bem-Haja, pelo seu talento mágico e doce.
Adorei.
...lindíssima e poética
ResponderEliminarcomo sempre!
bjs, alma linda!
Querida amiga,
ResponderEliminarUma bela imagem, uma bela poesia e o leitor navegando nos seus belos versos. Obrigada!
Beijos com carinho, Graça.
Foi Bom ler-te
ResponderEliminarDeixo-te a nossa flor de beleza invulgar.
revivi-as agora em S.Tomé trouxe pés com raiz e terra mas...não tive sorte...
è mesmo a minha flor
A ti...
Flor de porcelana...
Que no meu jardim...
Floria...
E me deixava feliz...
E que recordo...
Com muita saudade...
E deixo...
Nestas linhas...
Uma singela homenagem...
À flor...
Mais linda...
Que Angola tem...
E que o mundo já viu...
LILI LARANJO
'Tarde de maio, sou o que vaga -
ResponderEliminare as aves sonolentas retornam á casa.'
Um poema curtinho que enviei a você, senti identidade com teu poema 'Qualquer gesto'. Maravilha. Bjos, obrigado pela linda presença e amizade.
Ah, esqueci de dizer: a foto do Munch é maravilhosa também. Bjos.
ResponderEliminarBela conversação entre as palavras do poema e as cores do Munch,
ResponderEliminargostei muito,
um beijo!
Podias, sim, minha amiga... mas podes neste belo poema dizer como se faz a catárse.
ResponderEliminarHá silêncios que não se devem perturbar...
ResponderEliminarBeijinhos
fantástico poema, amiga!!!
ResponderEliminarmuitos abraços!!!!
jorge
Não sei quantas vezes recisava de ler e reler este poemas para lhe abarcar todo o sentido!
ResponderEliminarProfundo como as águas
Verde como os pensamentos
Translúcido como os desejos!
Parabéns, uma vez mais.
Graça
"...Podia, eu sei, abraçar os navios / ou ser a asa e o voo das aves solitárias."
ResponderEliminarImagens poéicas lindas demais!
A pintura de Munch é igualmente bela.
Beijo.
Qualquer gesto pode transformar o silêncio e a solidão....
ResponderEliminarTalvez ser a asa e passear por entre a brisa.....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
E mais um poema saído do teu coração...que sempre o achei belo!
ResponderEliminarSaudades. Beijos no teu coração lindo
podia e é. asa. e voo. e abraço.
ResponderEliminarbeijo.
o planar
ResponderEliminarda
maré
[viva]
*beijo*
É na solidão que a escrita se cria e consome.
ResponderEliminarUm excelente fim-de-semana, amiga.
Que paz... e ao mesmo tempo, que força!
ResponderEliminarbeijinho
Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog Krasivo. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs
ResponderEliminarNarroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.
Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
Abraços
http://narroterapia.blogspot.com/
como as aves solitárias te deve ficar gratas. nesse (teu) enlace!
ResponderEliminarbelíssimo
beijo
Deliciosamente belo este poema seu, querida Graça.Sente-se as palavras no eco do silêncio. Mestria na arte das palavras.
ResponderEliminarPoema e imagem de beleza sublime.
Bjito amigo e uma flor.
Olá Graça, bom dia.
ResponderEliminar..é... às vezes, mesmo sabendo que poderíamos tanta coisa,ficamos na nossa concha às espera das vagas!
Bjs. Amiga
M.M.
Olá Graça, bom dia!
ResponderEliminarHá pouco tentei deixar o meu comentário e não me parece que tenha ficado.
Daí, volto agora para te deixar o meu abraço e o meu obrigada pela beleza com que sempre me/nos presenteias.
Bjs.
M.M.
e por vezes o silêncio rebenta no mar e no abraçar e afagar os navios...
ResponderEliminarum beij
as asas solitárias... a imagem é belíssima...Graça, seu poema é céu aberto
ResponderEliminarPois, podia...
ResponderEliminar[lindo]
Beijinhos, Graça
Tua presença é constante
ResponderEliminara saudade permanente;
vejo-te nas estrelas
sinto a tua luz...
Marisa de Medeiros
Amor & Paz prá voce! M@ria
...e fez se eco...de um silêncio doce...
ResponderEliminarDoce Graça
****
Podia tudo, mas quedo-me a falar do sangue das manhãs.
ResponderEliminarTão bonito, tão verdade, tão teu, Poetisa.
Beijos, Graça.
Todos nós poderíamos ser essa ave solitária, habitar o fundo dos sonhos, e de uma maneira os somos na esfera poética, domínio sagrado que nos redime, nos irmana com o princípio eterno, pleno.
ResponderEliminarBjos, minha querida amiga.
Um olhar por inteiro, que não se satisfaz na tentação do voo da ave solitária...
ResponderEliminarBeijo :)