19.2.14

Alheia à engrenagem

Ana Pires


Exponho-me na versão insensata de qualquer episódio.
Misturo as datas dos factos primordiais,
dos ritos de passagem,
do solstício, da lua nova.
Morro e nasço.
Desdobro atitudes,
evocando arautos de estranhas profecias,
alheia à engrenagem
montada por artífices de paradoxos e de teias. 

Graça Pires
De Conjugar afectos, 1977

40 comentários:

  1. Vive-se simplesmente...
    Nos sonhos da brisa...tranquilamente....
    Lindo....
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Muito bom poema, minha amiga!!!

    Estou de regresso ao meu blog, agora com muitos mais poemas :)

    Um grande abraço
    Jorge

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  3. Depois de tantos anos a espreitar por aqui, deixo pela primeira vez o meu comentário, em forma de coração, cheio, cheinho mesmo, de admiração e gratidão.

    Beijinho minha amiga,

    Olívia Santos

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  4. Desdobras atitudes e esbanjas lindos poemas, Graça, para nosso prazer.

    Abraço agradecido

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  5. Graça, Tenho entrado e saído sem deixar rasto. Leio-te, leio-te sempre. Sabes como adoro a tua Poesia. Vou procurar ser mais assídua nos comentários.
    Beijos, minha querida.

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  6. Alheia, mas não muito! As sensações que nos fazem!...

    Uma poesia que encanta!...

    Obrigada

    Beijo

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  7. É sempre muito agradável chegar
    aqui e ver a poesia e as imagens
    que nos aguardam.
    Muito bom.
    Bj.
    Irene Alves

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  8. Que maravilha! É assim o verdadeiro sonho. É assim o verdadeiro desabrochar da Poesia. Na total liberdade do voo...
    Como sempre, um grande Poema!

    Beijinhos Graça....:)

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  9. Escolhas conscientes dentro da temporalidade cíclica e obrigatória.

    Beijinhos

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  10. Belíssimo seu blog, querida amiga Graça Pires!!!
    Amo de paixão todos seus poemas, sempre que possível estou publicando no Facebook, gostaria tanto que estivesses lá!!!

    Um grande abraço, grata por tudo de belo com que nos presenteia, beijinho.

    Maria Madalena

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  11. A generosidade espelhada num poema
    recolhe gratidão. Obrigado.

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  12. Nem tão alheia assim!

    Um belo poema, Graça!

    Beijos

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  13. Ana Pires3:36 da tarde

    Bonito Poema Mãe! Beijinhos

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  14. Não sou alheio
    à engrenagem da sua poesia
    aplaudo na primeira linha

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  15. Graça,
    viva, viva cada dia que passa e a sua poesia.

    Peço desculpa , mas ontem eliminei sem querer o seu comentário na canção de Aznavour...
    Fi-lo por telemóvel e na pequenez da letra toquei no eliminar.

    Abracinho

    Ana

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  16. Boa noite Graça, belíssimo poema!
    " Morro e nasço. Desdobro atitudes..) e assim a poesia se eleva e renasce a cada instante. Um beijinho. Ailime

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  17. ... e segues tecendo tua teia!

    e tua tenda de milagres - a poesia!

    beijo

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  18. Os "ritos de passagem" são necessários à nossa descoberta do mundo, dos outros. Mas mais importante, quando "morro e nasço", "alheia à engrenagem",vou ao encontro da minha verdade mais íntima,essa fidelidade que não devo nem posso trair.
    Fotografia cheia de sensibilidade de Ana Pires.
    ManuelFL

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  19. Bom dia, Graça Pires. A Câmara Municipal da Figueira da Foz gostaria de entrar em contacto consigo. Peço-lhe o favor de nos enviar o seu endereço electrónico para: jose.matos@cm-figfoz.pt

    Muito obrigado. Melhores cumprimentos.



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  20. Por vezes somos assim, temos de ser assim: que nos desdobrar em mil tons de vida.

    beijinhos

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  21. Tem fotos e poemas muito belos!

    (desculpe a intrusão)

    bj

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  22. É um grande poema, Graça, mantém evocação e tensão. Gostei muito. Um abraço!

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  23. Também eu "desdobro atitudes". Justifico-as de todas as maneiras possíveis, mas, no fim, nunca sei porque as tive. Um beijinhos e, mais uma vez, muito obrigada por ser das únicas pessoas que lêem o meu blog :)

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  24. Há que preservar a lucidez.
    Um belo e grande poema, Graça!

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  25. teresa p.5:20 da tarde

    "Exponho-me na versão insensata de qualquer episódio..."

    Um belo poema carregado de simbologia, profunda e corajosa. Este começo é extraordinário!
    Beijo.

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  26. expostos,
    o nascimento e a morte

    qualquer insensatez é rito e riso, um parafuso desfasado da engrenagem

    um beijo, Graça

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  27. Venho aqui, mais uma vez, para dizer que a fotografia que documenta o poema é fabulosa. Parabéns à Ana Pires, que é uma artista que sabe captar a imagem com grande sensibilidade.
    Beijo

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  28. Escrito há tanto tempo, e tão actual. Poder-se-ia dizer que há coisas que são Intemporais. Também, Morro e Renasço (às vezes pior do que antes, outras menos e outras sem destino).
    Um beijo

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  29. Ana Pires7:11 da tarde

    Agradecida aos que gostaram da foto, mas são as palavras que dão brilho à imagem. Obrigada Mãe! :)

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  30. A arte poética no seu melhor.
    Assim se renasce.
    Beijinho, Graça

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  31. E são tantos os "artífices de paradoxos e de teias"...
    Excelente, como já há muito me habituaste com os teus poemas.
    Um beijo, querida amiga Graça.

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  32. Morremos e nascemos todos os dias. E renascer sob a égide das tuas palavras torna a vida poesia pura.


    Um beijo, minha amiga!

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  33. "Morro e nasço", Só um poeta poderia dizer assim. Não renasce. Nasce, talvez da lua nova indiferente aos paradoxos e teias desta existência.
    Parabéns também para a Ana Pires.

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  34. Bela a teia de palavras.
    gostei, gostei
    brisas doces***

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  35. Nos paradoxos, teias de ramos e de sílabas, correm as águas limpas e dançantes, só não desvendam os segredos das nascentes.
    Beijos.

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  36. Sempre maravilhoso ler-te. Beijos, Graça.

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  37. Sim, alhearmo-nos de engrenagens, de fogos fátuos e de vistas.
    A nossa felicidade não precisa disso...
    Encantei-me por este texto.

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