26.10.14

Fome

Gordon Parks

Voraz é a fome que, em fúria, 
devora os cardos onde o som do trigo 
afunda o grito da escassez 
que em volta da boca é ferida e dor.

Graça Pires
De Caderno de significados, 2013

55 comentários:

  1. Amei! Seus poemas tem conteúdo.
    Graça, beijos!

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  2. A dor escondida no olhar...
    Profundo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. A fome desafia a vida.
    Cadinho RoCo

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  4. Muito forte e intenso! Belíssimo poema, minha amiga!

    Abraços
    Jorge

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  5. tenho fome de escrever e cheirar uma publicação minha

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  6. Boa tarde Graça, um poema belo e intenso, tal como a realidade que retrata!
    Um beijinho e bom domingo.
    Ailime

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  7. Sofrido, mas concretizado!
    Já não escrevia há muito tempo e mais uma vez encorajou-me para escrever. Não imagina o quanto lhe agradeço.
    Beijos Graça

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  8. Uma dor tão bem transmitida nas palavras deste brilhante poema.
    Beijinhos
    Maria

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  9. Graça Pires

    Esta quadra. É Poesia
    Para se dizer a verdade, com Verdadeiro Sentimento
    Nnão se precisa de muitas Palavras.

    Am

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  10. não sei acrescentar mais nada a este grito


    um abraço, Graça

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  11. Am


    Tem razão, quando diz para se dizer a Verdade, não se precisa de muitas palavras.
    Quadra concisa, forte e pungente. Baseada numa Realidade. A Fome!

    Jc

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  12. Forte e atual - infelizmente!
    Mas com a beleza que lhe vem da escolha certa das palavras.

    Beijinho, Poeta!

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  13. acho que nem sei comentar!

    forte e real (há tanta fome escondida)!

    :(

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  14. Mais palavras para quê?

    Com tão poucas se constrói um drama imenso.

    Um grande abraço

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  15. Nunca passei por ela, talvez por isso não saiba como é, mas em poesia, sinto resvalar essa dor! abraços

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  16. Voracidade na imagem a beleza matemática das palavras
    Beijinho meu!

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  17. teresa p.2:37 da tarde

    "Fome"! uma dura realidade de que a todos deveria envergonhar.
    Um poema imenso, em poucas palavras.
    A foto é, também, fabulosa.
    Beijo

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  18. Que lindo!!!
    Forte e atual!!
    A sua sensibilidade rasga o papel!!

    Beijos e linda semana

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  19. Só posso dizer que é uma verdade que
    deveria fazer com que todos reflectissem
    muito mais do que o fazem.
    Um alerta que a amiga fez e muito
    bem.
    Bj.
    Irene Alves

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  20. Parabéns, amiga, mais uma vez consegues dizer em poucas palavras tanta coisa...

    Abraço fraterno.

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  21. A fome tudo devora...
    Belas palavras, apesar do negrume do tema.
    A foto, assenta que nem uma luva para o teu poema.
    Boa semana, querida amiga Graça.
    Um beijo.

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  22. Fome!
    De amor. De paz. De saber. De alimentos.
    Há tanta fome no mundo.
    Um abraço.

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  23. Belo, profundo,
    doloroso e intenso.

    (...e mil palavras numa imagem)

    Com um Abraço

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  24. Oi, Graça Pires !
    Somente uma Poetisa, da tua estatura,
    para unir o horror ao belo.
    Parabéns, querida amiga!
    Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
    Sinval.

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  25. O poema é ferida, grito, dor, fúria. O desamparo dos condenados da terra. A fotografia é forte, solidária, terna.
    Perante a fragilidade e a força insubmissa da condição humana, que o poema e a fotografia revelam e expressam com tanta beleza, resta-nos ficar em silêncio, com o coração descompassado, cheio de esperança. E revolta.

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  26. Graça, tua sensibilidade fala tão alto e cala em nosso peito. Nada pode ser mais humano que o respeito à vida. Principalmente às vidas de quem têm menos. Parabéns e um grande beijo.

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  27. Venho te deixar um grande abraço bem
    apertado com imenso amor ,
    aquele amor que só existe numa grande amizade.
    Eu me sinto feliz por poder contar
    com seu carinho .
    Na minha vida receber você no meu blog
    é meu melhor presente.
    Desejo você uma semana abençoada.
    Beijos no coração..
    Evanir..
    Amiga é triste sabermos quanta fome
    se passa no mundo.

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  28. Grande sensibilidade e dor.

    bjs e uma boa semana

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  29. Uma imagem perfeita nos ditongos negros sobre os acépticos brancos; a palavra emoldura o grito que se adivinha.
    Abraço!

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  30. Uma foto impressionante, uma realidade cruel demais.

    Um poema que é um grito!

    beijinho solidário

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  31. Lapidar este poema.

    Quem tem fome cardos come,
    diz o povo a sofrer,
    mas que há de ele comer
    quando até o cardo some?

    Beijo de amizade

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  32. Um tema tristemente atual que nos faz engolir a secura de um tempo impiedoso.

    Beijo meu

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  33. E fome de amor, todos nós temos.

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  34. a preto e branco - teu poema.

    sem lugares intermédios...

    beijo

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  35. Um poema violento. Que gostei bastante.

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  36. Voraz é a fome que, em fúria,
    ------------
    Um tema tenebroso!...
    E a fome mata.
    E a fome por incrível que pareça dá mais poder, ao poder.
    --------
    Felicidades
    MANUEL

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  37. Tudo que desejo é que o sol brilhe em sua vida
    todas as manhãs.
    Que somente coisas abençoadoras
    seja encontradas pelo caminho
    onde você passar.
    Bem sei nem tudo acontece segundo
    nossas vontades ser feliz é a meta de todos
    nós.
    Nem sempre devemos aceitar tudo,
    que surge nessa caminhada.
    A luta faz parte da vida
    cabe a nós semear boas sementes em nosso
    jardim mesmo entre as pedras,
    nascera flores perfumadas de esperança.
    Nessa mensagem desejo um feliz final de
    semana.
    Na postagem deixei um pouquinho
    daquilo que esta sendo escrito com
    cuidado e carinho.
    Meu próximo livro.
    Um abençoado final de semana .
    Beijos e meu carinho.
    Evanir.

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  38. Muito triste, mas infelizmente atual.

    Beijinho

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  39. São tantos tipos de fomes... todas desafiam-nos, e muito!

    Bonito como os demais textos que publica.

    Eu vou dar um tempo do meu blog, mas não deixarei de te visitar.

    Um beijo!

    Cris

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  40. Uma significação forte e tão certeira.

    Beijinhos

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  41. Graça,

    É tão intenso e impactante que não consigo definir o assombro que me aflige!
    Penso que há muita coragem em um poeta que se oferece à experiência dessa tradução!
    Um abraço.

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  42. Boa tarde, é intenso o que escreve, em poucas palavras define o desafio que a fome faz ao esfomeado e este à fome.
    Cada vez mais, sabe-se que o desafio aumenta entre numero de esfomeados e a fome. tenho a certeza que o Amorim e outros Amorins ignoram a vida real.
    AG

    http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

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  43. Olá, Graça.
    Não há dor maior, que a dor da fome.
    Seja qual seja, o tipo de fome, inclusive de inclusão social
    Bom fim de semana

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  44. As poucas palavras fazem o poema maior!

    Bj

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  45. OI GRAÇA!
    TEU TEXTO É DE DOER O CORAÇÃO.
    SEMPRE EM ALTA TUA SENSIBILIDADE E TALENTO.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  46. Voltei porque tenho fome...
    Da tua poesia, claro.
    Bom domingo e boa semana, querida amiga Graça.
    Beijo.

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  47. Bravissimo!
    Linda mensagem.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  48. Compreensão: movimento do espírito na apreensão da verdade – a adequação, a propriedade são por consequência a naturalidade, a língua natural do mistério, coisa diversa não é possível. A luz age sobre a Babel. Ela (a luz) é pesada das misérias ocultas e das reveladas, todas escondidas, albergadas no seu coração como uma mãe encobre no seu os pecados dum filho, ela as carrega, e a ela semelhante ainda, vomita do seu seio as trevas e diz que são dela e as mostra, aponta, ilustra. Seu verbo é claro e não confunde(e a luz não separa as trevas de si) pois ela busca reparar.

    Outras vezes o corpo auditivo do pensamento se torna um operário deitando mãos a laborações que lhe chegam como suas enxadas, trabalho onde o pensamento se suja de sangue e lama e escuridões para a congeminação da luz para com ela os dissipar, e o mesmo fito ou desígnio: por onde se move e lhe calhou mover-se, no que aponta a justa apreensão do que vê e nada mais do que a justa, das coisas e dos seres e de tudo a verdade própria mostrar .

    Suas palavras ligam. Também sou sensível a isto: à dramatização do espaço (íntimo-público) na conjugação das vozes (outras) e da sua, todas declinando-se intimamente, peça coral - e depois surgimos nós, os que comentam, também como um coro em que cada um singularmente se faz ouvir. É íntimo, colectivo e todos somos voz ouvida e voz salvaguardada.

    Maria João

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  49. Quando os cardos são a única esperança.
    Abraço poeta.

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  50. Bom dia, Graça.
    Forte demais e uma verdade, infelizmente.
    Tenha um fim de semana de paz.
    Beijos na alma.

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  51. Toca...quase que faz doer...
    Abraço doce Graça ****

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  52. Excelente poema minha querida. Vou levá-lo. Beijinhos. <3

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