Tão pouco foi o que mudou.
A porta ainda a mesma, com seu chiar nos gonzos, seu gemer de cansaços.
O céu semeia oiro ou água ou vento, a entontecer donzelas, a agoniar os velhos.
Bem vês, pequena é a mudança.
A farinha ainda é pão e o pão é corpo e o corpo é alimento da vontade.
Os sonhos continuam, mais imprecisos, mais voláteis, e as vigílias mais longas, a segurar a terra na encosta.
Se queres saber do sobressalto dos pardais, posso dizer-te que já não bato palmas, que aprendi o sossego das ramadas.
Solto os braços, embrulho-me na tarde, abro o livro.
Um novo conto há-de começar.
Licínia Quitério
In: O livro dos cansaços: textos poéticos. Ed. da autora, 2015, p. 22
Todos os que conhecemos a poesia de Licínia Quitério concordamos que ela sabe, como ninguém, aliar na sua escrita as vivências, o sentimento e a maturidade.
ResponderEliminarEste livro, que recomendo, é a prova disso.
Parabéns, minha amiga.
Belíssimo... Também quer embrulhar-me na tarde.
ResponderEliminarParabéns, Licínia!
Beijos, Graça!
Amiga, Graça Pires !
ResponderEliminarEm " Seara Alheia ", rebuscaste um belo
texto, transbordando o meu coração de
imensa saudade.
Saudade de tudo....
Muito agradecido, e um fraterno abraço,
aqui do Brasil. Feliz domingo.
Sinval.
Boa noite Graça, um poema de uma beleza que me sensibiliza. Magnífico!
ResponderEliminarVou estar atenta à poesia de Licínia!
Hoje deixei que o seu mar embelezasse os meus sinais!
Um beijinho e um bom domingo.
Ailime
ResponderEliminarMuito belo. Uma leve nostalgia a roçar os sentidos. Assim a poesia da Licínia Quitério que aprecio muito
Obrigada pela partilha. Um beijo.
Também aprecio a poesia de Licínia Quitério_ escreve de forma que nos identificamos com os 'sonhos e as vigílias'.
ResponderEliminarBonita escolha, Graça
OI GRAÇA!
ResponderEliminarUM TEXTO BELÍSSIMO,DIGNO DE TEU ESPAÇO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Bonito!
ResponderEliminarIsabel Sá
https://brilhos-ds-moda.blogspot.pt
Porque há sempre novos contos na memória dos tempos....
ResponderEliminarLindo....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Oi Graça, que bom que há poesia adornando o entardecer:
ResponderEliminar"A farinha ainda é pão e o pão é corpo e o corpo é alimento da vontade".
Um prazer estar aqui, partilhando a amizade.
Beijo.
Nossa, que delícia acompanhar a evolução do pensar a desembocar nos braços abertos do livro a anunciar um novo conto.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Uma ótima partilha nesta recomendação Graça. As figuras presentes nos deixa suspenso nas nossas próprias memorias.
ResponderEliminarAssim como você ela alça voos magníficos.
Grato Graça.
Carinhoso abraço de belo domingo.
Bju de paz amiga.
Que lindo texto! Maravilhoso!
ResponderEliminarTenhas uma ótima semana!!!
Beijos e beijos
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Bjs para as duas
ResponderEliminarMuito obrigada, querida Graça.
ResponderEliminarGracitamiga
ResponderEliminarBelo. Belo? Belíssimo. Belíssimo? Belicimérimo!
Qjs já sem picantes
ResponderEliminarBoa noite,Graça
Bem haja por esta partilha muito bela!
"Solto os braços, embrulho-me na tarde,abro o livro."
Sinto as palavras e aquieto-me.
Beijinho amigo.
uau, que lindo! Sempre um novo começo, um novo livro, uma nova história! abração
ResponderEliminarBom Dia ,Graça Pires!!
ResponderEliminarParabéns pela bela escolha do texto.
Aproveito para agradecer as visitas ao meu céu da felicidade e ao coração tagarela.
Abraços
veraportella
a poesia inconfundível de Licínia Quitério com uma mescla de nostalgia e muito sentir...
ResponderEliminarboa escolha!
beijo
:)
Boa tarde, lindo poema que revela os contos existes na memoria, agora e sempre.
ResponderEliminarAG
Graça Pires, o poema é detentor da criação de um ritmo fascinante, a fazer jus ao titulo.
ResponderEliminarParabéns pela divulgação!
Beijos
Uma poesia doce e nostálgica que me aconchegou alma.
ResponderEliminarUm beijinho amiga Graça
Fê
"Os sonhos continuam, mais imprecisos, mais voláteis, e as vigílias mais longas, a segurar a terra na encosta"
ResponderEliminarBoa Noite, numa viagem pela blogosfera aqui vim parar ... e ao ler este Poema de Licínia Quitério ... e especialmente com este trecho , não podia concordar mais com essas Palavras ...
Bom dia, Graça.
ResponderEliminarUma forma poética de falar das "mesmices" da vida. Bonito.
Bela partilha, Graça.
bj amg
Lindíssimo poema trazido,Graça! A vida, o cotidiano em momentos e a poesia! bjs, chica
ResponderEliminarde uma serenidade irradiante. que ilumina e fortalece.
ResponderEliminarbeijos (para as duas)
Subscrevo o teu comentário, só pela amostra que aqui partilhas. Iria repetir-me... Acrescento a excelência literária.
ResponderEliminarObg pela partilha, Graça
Bjo :)
A realidade feita poema. Belíssimo!
ResponderEliminarParabéns à Lícinia Quitério e obrigada à Graça por a ter trazido ao seu espaço.
Beijo.
Ler Licínia me leva a conhecer o sossego das ramadas. Excelente escolha, Graça. Tens mãos e alma voltadas para o que há de melhor em poesia. Beijo, mestra.
ResponderEliminarfiquei curiosa em ler o livro, ainda que tenha vários a esperar. lindo demais teu post. vim, vi e gostei,rsrs já te sigo e aguardo tua visita no meu cantinho:
ResponderEliminarhttp://espiritismofacilitado.blogspot.com.br/
bjs
Bonito e sereno.
ResponderEliminarBrisas doces*