Isenta
de mim estarei pronta para riscar
os
dias no pó que será barro de oleiro,
em mãos
que talham enredos.
Prendo
no pescoço um friso
de
alecrim e sigo, por atalhos,
a
linhagem das árvores de troncos espessos.
É
agora meu o tempo acutilante do silêncio.
Faço
o inventário inexplicável
dos
pássaros que morrem todos os anos,
sempre
em novembro,
sempre
no fundo de meus olhos,
sempre
ao som das primeiras chuvas.
E
morro também, de morte lenta,
no
cetim das flores desfolhadas
sobre
o musgo dos sentidos.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Fico à espera dos meus amigos mais a Norte para o lançamento do livro no dia 4 de Dezembro, na Livraria Unicepe, às 18.30 h.
Aproveito para informar a 12 de Março de 2016 haverá o lançamento do mesmo livro na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz.
Fico à espera dos meus amigos mais a Norte para o lançamento do livro no dia 4 de Dezembro, na Livraria Unicepe, às 18.30 h.
Aproveito para informar a 12 de Março de 2016 haverá o lançamento do mesmo livro na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz.
Belo!!!!!!!!!!!!!! Abençoada semana!!!!!!!!!! Beijos
ResponderEliminarNovembro... uma altura do ano... que convida ao recolhimento e introspecção... e talvez de balanço... perante mais um ano, praticamente terminando...
ResponderEliminarAdorei a calma e a profundidade das suas palavras, Graça... uma autêntica delícia... para os sentidos.
Adorei saber, que tudo tenha corrido bem... e tive muita pena de não poder passar pelo Chiado... uma doença súbita da minha mãe, na passada semana... impossibilitou-me de poder comparecer, como gostaria...
Beijinhos! Boa semana!
Ana
É sempre o teu tempo, Graça!
ResponderEliminarabraço
Sucesso no lançamento do livro
ResponderEliminarbjokas =)
Belíssimo poema! Parabéns.Amei
ResponderEliminarBeijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Em Lisboa não podia comparecer de todo, como sabe.
ResponderEliminarFaço questão de estar no Porto, na Unicepe.
Tomei a ousadia de divulgar na minha página do Facebook e no Clube dos Poetas Vivos, também no Facebook.
Deixo um abraço e até sábado.
Graça, minha querida!
ResponderEliminarQue poema lindo! Tão claro de poesia que nos cega em beleza!
Estou feliz e te desejo muito sucesso! Tuas palavras sempre iluminadas, por isso essa claridade, essa clara idade.
Um beijo, minha querida!
Olá Graça, gostei imenso de conhecer este teu recanto.
ResponderEliminarNão tive conhecimento do lançamento do livro no chiado, ficará para uma próxima.
Muitos sucessos.
Beijinhos e feliz semana
Oi Graça, que linda e profunda as tuas palavras!
ResponderEliminarNós precisamos mesmo fazer um recolhimento de tudo que vivemos durante o ano,
E pelo que ainda está por vir.É uma grande benção podermos sempre recomeçar!
Uma semana feliz para você, e parabéns pelo teu lindo dom.
Beijos!
Mariangela
Hoje decidi deixar uma pequena homenagem
ResponderEliminara nossos idosos .
Aquele que são a razão do nosso
existir e viver.
Sem duvidas me coloco entre eles
no lugar deles confesso é triste o abandono.
A você na flor da vida com um longo
comigo quem sabe gostará de ler e ver um futuro
que vivendo passaremos por ele uma dia.
Benção de Deus para sua semana.
Beijos saudades.
Evanir.
Olá Graça.
ResponderEliminarNo fundo todos fazemos o inventário dos nossos pássaros mortos, pássaros que podem ser nossos sonhos, nossas esperanças.
Abraços.
Observação e reflexão. Versos lindos, que tocam, já que não podemos deixar de passá-los para as nossas vidas. Bjs.
ResponderEliminarMomentos para meditar, pensar que no que ficou, no que poderá ainda acontecer...
ResponderEliminarSobretudo para ter esperança, encontrar forças para contrariar o adverso...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Boa noite Graça,
ResponderEliminarMuito belo e sentido.
Novembro, o mês que me desliza nos olhos um rio de saudades.
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
Lindo poema.
ResponderEliminarAbraços, Sônia.
Graça,
ResponderEliminarLinda sua poesia, uma certeza, de estar ponta para arriscar-se, fazer parte de algo, ver o renascer e o findar dos sentimentos, se deixar morrer e renascer com a natureza, fazer parte de tudo e de nada... Senti assim, adorei seu "Sempre novembro", belíssimo.
Beijo doce.
ResponderEliminarPois é querida amiga!
Perante um sortilégio destes, que palavras? Reler, parar, admirar. Puro encantamento.
Se vou? Claro que estarei lá e levarei também! :)
Até breve, com os meus sincero parabéns e o maior sucesso
Terno abraço
Muito bonito. Tenha um ótimo dia.
ResponderEliminarIsabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
Lindo dia!!!!!!!!! Beijos
ResponderEliminarBom dia!
ResponderEliminarO que gosto nos seus poemas é o "viajar" que me proporciona. Gosto de chuva, dias nublados e lendo suas palavras com imagens assim é algo que me faz sair da realidade.
Desejo sucesso em seu trabalho.
Abraços esmagadores e lindo dia.
Graça Pires, a poesia é como uma tela, está sempre a poder ser interpretada por cada qual. É nesse parâmetro que li esta tua, como uma fase da renovação da vida e gostei.
ResponderEliminarAbraço
Este poema está saturado de ternura, no sentido do encontro que comove, do pó do tempo que nos impele ao reconforto dum abraço. Não sei se sei, Graça. Obrigado.
ResponderEliminarNão sei se sei
mas sinto
a ligeira nuvem
o pó de barro
quando salta a barreira
sempre em Novembro
Fazem-se contas...
mas pressinto
a grinalda de alecrim
a abrir um espaço sem fim
apesar dos “pássaros”
“todos os anos”
em Novembro
Bj.
Seus poema são todos belíssimos, Graça.
ResponderEliminarBeijos!
"sobre os musgos dos sentidos" que verso fenomenal! abraços
ResponderEliminarParabéns, Graça!
ResponderEliminarColho Novembro no teu verso e
deleito-me.
beijos
Novembro, um tempo de recolhimento, sem dúvida.
ResponderEliminarTodo o sucesso merecido para o teu livro.
Beijinhos, linda
serena aceitação do pó e do barro, que somos...
ResponderEliminarapenas uma grande Poeta atinge tal depuração da palavra!
adorei, minha querida Amiga!
beijo
Novembro é o teu mês, querida poeta.
ResponderEliminarEste é um poema possuído pelo 'tempo acutilante do silêncio, pó do barro do oleiro, som das primeiras chuvas, flores desfolhadas'.
A fotografia é magnífica.
todos temos um mês em que fazemos o inventário de que a Graça nos diz diz neste magnifico poema,
ResponderEliminare Novembro será sempre esse mês (para si)
gostei
um beijo
:)
Boa tarde, votos para que tenha o maior sucesso.
ResponderEliminarAG
Há sempre um tempo para tudo e também para o silêncio.
ResponderEliminarAi Graça que belo poema!
Parabéns por mais "um menino" e lá estarei contigo se até lá viver.
Um beijinho terno
Um Novembro tão cheio de nostalgia.
ResponderEliminarGraça, aproveito para agradecer o seu carinho ao ter comemorado comigo o aniversário do meu marido, deixando a sua preciosa mensagem.
Beijinhos
Maria
Boa tarde querida Graca.
ResponderEliminarTenho certeza que foi um sucesso, pois a sua poesia são ótimas, amiga estava ausente do virtual, a vida off precisou de mim integralmente, saudade de ler os seus lindos poemas e de sua abençoada amizade. Um feliz més de Dezembro. Forte abraço.
Bom dia Graça,
ResponderEliminarpassei para lhe desejar uma ótima e abençoada sexta feira.
Bjs
Tânia Camargo
Renascer é ter morrido outra vez... A beleza está no recomeço...
ResponderEliminarUm beijinho e felicidades para o livro
"É agora meu o tempo acutilante do silêncio"
ResponderEliminarSublime este poema! Um "inventário" lúcido, terno e melancólico.
A foto é lindíssima!
Beijo
Embora so tenha descoberto este teu cantinho mais recentemente, gosto muito do que escreves e de acompanhar por aqui.
ResponderEliminarBelo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Graça, mais e mais sucesso com os seus poemas!
ResponderEliminarPalavras profundas e fortes, precisamos mesmo avaliar os nossos dias... Somos vasos de barro nas mãos do Oleiro!...
Bom fim de semana. Bj
Através dos seus comentários nos blogues, cheguei aqui. Gosto de ler poemas e sentir mas quando chega o minuto de os comentar é que é mais difícil.
ResponderEliminarEste seu poema traz o Outono que senti nestas semanas.
Um abraço
É no silêncio do nosso tempo que tecemos os melhores enredos transformando esboços de ideias capazes de transformar morte em poema.
ResponderEliminarMuito sucesso para o lançamento do seu livro!
Um bom fim de semana,
beijo.
Belo. muito belo
ResponderEliminarAbraço e que sejam muitas as brisas doces no Porto ***
Lamento o não ter podido estar presente: Espero que tenha sido o envento que estava dentro das suas expectativas. Assim lhe daria merecimento ao (belíssimo) trato que dá às palavras. Que leio sempre com (renovado) prazer.
ResponderEliminarUm grande abraço, amiga!
Ainda não perdi a esperança de te encontrar...
ResponderEliminarBelíssimo poema...ah Novembro!
Beijinho
Assim as palavras sigam o seu rumo...
ResponderEliminarParabéns, Graça. Mais uma vez.
Um beijinho :)
✿ه° ·.
ResponderEliminarSentimentos, poesia e toda a delicadeza da natureza.
Sua poesia é preciosa!
Boa semana!
Beijinhos.
❤ه°˚ ·.
E todos vamos morrendo de morte lenta...
ResponderEliminarMais um excelente poema, como sempre.
Graça, tenha um bom resto de domingo e uma boa semana.
Abraço.
E por lá nos encontrámos, na grande urbe, entrelaçados nos teus bons poemas. Bons, além de belos.
ResponderEliminarÉ no recolhimento que damos conta destas partidas...
ResponderEliminarBelíssimo!
(Que bom o norte ter-te acolhido tão bem!)
BJO :)