E. O. Hoppe
Ando
pelas ruas desta incerta cidade.
Deixo
que o meu olhar
se
ajuste ao olhar dos outros.
Entre
ruas e rostos há fragmentos de solidão
que
denunciam a trágica expressão da vida.
Todos
conhecem a oralidade da mudez,
a
vigília da revolta, a senha do desdém,
a
estranheza de golpes imolando os sonhos.
Eu,
com uma fala colada na língua,
somente me consinto
a áspera
caligrafia do silêncio.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
O silêncio é sempre a melhor forma de expressão, Graça.
ResponderEliminarLindo e verdadeiro...
Beijos, um abençoado dia!
Mariangela
Linda semana!!!!!!!!! Beijos
ResponderEliminarMuito lindo,Graça!Adorei mais essa! bjs, chica e linda semana!
ResponderEliminarLindo poema, Parabens. Obrigadio pela visita Graça!
ResponderEliminarBejos meus
Morris
Ao observar rostos que sofrem só o silêncio tem voz.
ResponderEliminarMuito belo amiga Graça.
Um beijinho
Fê
Poema maravilhoso sempre arrasando, tenha uma semana abençoada.
ResponderEliminarBlog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Meu Canal:https://www.youtube.com/watch?v=apP6eHn5PlI
Muito bonito, o poema.
ResponderEliminarO silêncio é também "mote" para em muitos poemas meus.
Bjs
Por vezes melhor é o silêncio diante de tantas coisas erradas e injustas que vemos.
ResponderEliminarbjokas =)
Olá Graça
ResponderEliminarO silêncio, muitas vezes, fala muito alto. Linda postagem. Bjs
Em algumas situações, o silêncio fala por si só.
ResponderEliminarAbraço, Sônia.
Boa tarde Graça.
ResponderEliminarMuito triste quando ao observamos a nossa volta e vemos tantos rostos tristes ou sem expressão, outra forma de grande sofrimento. As vezes só nós resta mesmo o silencio. Uma linda semana. Enorme abraço
Boa tarde, por vezes a caligrafia do silencio faz bem. é saudável e trás novamente a motivação necessária para prosseguir a caminha exigente.
ResponderEliminarAG
O silêncio tem a sua própria voz e história.... E uma delas é a tristeza que se cala...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Continuas escrevendo muito bem, Gracinha.
ResponderEliminarAbraço com votos de boa semana
Um poema soberbo, Parabéns!!
ResponderEliminarBeijinhos e uma noite feliz!!
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Na caligrafia do silencio o dizer da mudez.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Simplesmente lindo!!!
ResponderEliminarGraça, beijos!
Excelente retrato do nosso quotidiano citadino, Graça.
ResponderEliminarabraço
Uma análise "mais que perfeita" num lindo poema.
ResponderEliminar________
Obrigada pela visita e parabéns na minha "CASA". Por enquanto não fujo... mantenho-me por cá, até porque os meus filhos não me deixam pôr pé em ramos verde... :)
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Já de volta.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Muitas vezes o silencio, grita!
ResponderEliminarMagnifico peoma.
Um beijo
As palavras deste poema da Graça, escritas num ritmo que nos atinge como punhais - solidão, mudez, desdém, silêncio, sonhos imolados -, confrontam ou denunciam a «trágica expressão da vida», tão mais trágica quando assola a cidade, lugar por excelência da convivialidade e da nossa condição de seres sociais.
ResponderEliminarA fotografia é um magnífico complemento do poema.
E tudo se lê nos olhares que se encontram, casualmente. Impera o silêncio, mas ele não impede o sentir. Sempre muito belos seus versos. Bjs.
ResponderEliminarBoa tarde Graça,
ResponderEliminarMagnífico poema que nos instiga a olhar à nossa volta e a enxergar a solidão que reina no coração de tanta gente que como autómatos percorrem as ruas das nossas cidades.
O silêncio é cúmplice duma realidade, perante a qual nos sentimos impotentes!
Beijinhos e continuação de boa semana.
Ailime
O silêncio apela a que não te cales
ResponderEliminarmuito menos que te doam as mãos
Voam sempre muito alto
as tuas palavras
e assim respiro a tua poesia
nas minhas guelras
Bjs
~~~
ResponderEliminarPelas ruas
dessa cidade incerta,
por detrás
de cada par de olhos
silenciosos,
vislumbra-se uma vida
Contada
numa caligrafia muda...
~ Muito belo, Poeta!
~~ Abraço amigo.
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
A solidão e a dor, andam tantas vezes de mãos dadas, com o silêncio que reina nas almas, de quem já perdeu todos os sonhos.
ResponderEliminarLindo poema
Beijinhos
Maria
um silêncio a arder por dentro - explosivo!
ResponderEliminaradmirável sempre, minha Amiga
beijo
Belo, profundo e belo o teu poema!...
ResponderEliminar"Eu, com uma fala colada na língua,
Somente me consinto a áspera caligrafia do silêncio."
Magistral, Graça!
Beijo.
Emudecemos e fica o testemunho da escrita.
ResponderEliminarUm beijo!
Que palavras tão belas, Graça... e que tão bem apreendem, a essência do quotidiano... tão agitado e apressado... e contudo, tão solitário e desencantado... presente, em tantas vidas...
ResponderEliminarMagnífico e tocante poema! Sublime caligrafia... a deste silêncio!
Beijinho
Ana
(como eu ando arredado...
ResponderEliminarpôr em dia a leitura desta poesia tão bela, é uma obrigação.)
"...Eu, com uma fala colada na língua, somente me consinto a áspera caligrafia do silêncio. "
Outro calarão...mas vc não!
Obrigado, amiga, por partilhar - e ter escrito - este poema tão profundo, como são as gentes e nas cidades
.
silêncios nos rostos e as palavras silenciadas...um retrato vivo e actual.
ResponderEliminarum poema forte e acutilante.
e em poucas palavras se disse tanto.
obrigada!
beijo
:)
Oi Amiga, Graça Pires !
ResponderEliminarNa "caligrafia do silêncio", reside a
introspectiva poética, a liberdade do
pleno desabafo, sem qualquer contestação.
Parabéns pela bela visão. Um carinhoso
abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Boa tarde Graça.
ResponderEliminarPassando para lhe desejar um abençoado final de semana. Abraços.
Emocionante a forma poética de falar da solidão. Gostei demais!
ResponderEliminarA foto ilustra, de forma perfeita, esta "Caligrafia do silêncio".
Beijo
Graça
ResponderEliminarO silêncio será também uma forma de expressão. Quantas vezes o silêncio é eloquente?
O poema, na forma, tem beleza.
Abraço,
Muitas vezes passo por aqui. Leio os poemas, e depois vou embora. É que tenho dificuldade em os interpretar de maneira satisfatória. Sinto vergonha´´ de dizer isto. Há mais blogs onde isto acontece (a dificuldade de compreender os poemas é grande).
ResponderEliminarQue a felicidade ande por aí.
Abraço
MANUEL
Mais uma vez... espetacular! Beijinhos.
ResponderEliminarOI GRAÇA!
ResponderEliminarA CADA VEZ QUE VENHO AQUI, MINHA PRIMEIRA EXPRESSÃO APÓS TE LER É, "NOSSA", É QUE TE SUPERAS A CADA ESCRITO.
ABRÇS
http://. zilanicelia.blogspotcom.br/
Tenho muito a aprender, Graça, com tua grandeza, tua inspiração, teus sentimentos. Maravilhosa e tocante poesia. Como sempre!
ResponderEliminarA cidade está doente...
ResponderEliminarMais um excelente poema, com o talento habitual da grande poetisa que és.
Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijo.
Belo poema e aproveito para lhe desejar um lindo final de semana.
ResponderEliminarBjs
Tânia Camargo
Muito bonito o seu poema, Graça.
ResponderEliminarVocê é uma talentosa poetisa.
Um bom final de semana.
Abraços.
Sábio silêncio....
ResponderEliminarBjbj Lisette.
É um prazer lê-la, Graça. Sempre!
ResponderEliminarUm beijinho :)
Graça, é sempre um prazer imenso passar por aqui
ResponderEliminarMuito bom essa poesia. Bem criativa.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
E que silêncio o teu, minha amiga! Sempre com as asas abertas para a força da Poesia! <3
ResponderEliminarMuitos beijinhos
Jorge
Um poema excelente, Graça.
ResponderEliminarUm silêncio que grita.
Beijo
O silêncio vale ouro querida! Aproveite-o!
ResponderEliminarTambém gosto de vagar na multidão somente observando...
Um abraço!
Graça..
ResponderEliminarObrigada por estar sempre presente no meu blog
tenho lido todos os seus poemas.
Eu sei digo Portugal metade é poeta e a outra metade é poetisa.
Os poemas são belíssimos de um carinho que emociona
nunca li nada vulgar essa é a maior riqueza minha amiga...
deus abençoe sua semana beijos.
Evanir.
A minha amiga nunca fica em silêncio
ResponderEliminarcom a sua maravilhosa poesia. Sempre
nos diz muito.
Desejo que se encontre bem.
Bjs.
Irene Alves
A poeta lê, na aridez da multidão anónima, os sentimentos emudecidos pelo rolo compressor do egoísmo que desfaz a oralidade. E experimenta a impotência de "uma fala colada na língua". Mas a poeta acredita no milagre da poesia. Liberta-se na expressão da palavra dando-lhe forma perfeita: a beleza da "ortografia do olhar".
ResponderEliminarGrato, por mais esta. Bj.
Título genial, Graça! De facto, este processo de observação, de "adentramento" no outro, é como se estivéssemos a desenhar cada letrinha para que a mancha gráfica fique perfeita. Ainda que não se consiga mudar nada de imediato, há que tentar redesenhar...
ResponderEliminarGostei muito, mas mesmo muito deste poema.
Bjo :)
como as consoantes mudas
ResponderEliminaruma aspereza a gritar para que regressem os sonhos bons
um beijo, Graça
Querida, Graça, poema perfeito... Por vezes o silêncio fala fundo em nós, nos compelindo a refletir, quanto tempo perdemos no silêncio de nossos sentimentos... O silêncio, meu, seu, nosso, do mundo, uma meia culpa de todos nós em nós mesmos.
ResponderEliminarAplausos, amiga, magnífico.
Beijo doce e linda semana para você, querida.
Um poema, um silêncio doloroso, e toda a nossa impotência diante dos fatos que só se multiplicam . Aqui, tenho que reconhecer, o belo se sobrepôs à dor. És Gigante em palavras
ResponderEliminarque tocam o silêncio da nossa alma.Um grande abraço
Olá, Graça.
ResponderEliminarQue dizer depois dos que já disseram tanto e tão bem?
Poema perfeito em cada palavra que concentra tanto silêncio, fruto de uma solidão tão, tão grande.
Solidão presente até nas vidas desestruturadas pela ausência vivida sobre tantos alicerces, sobre tantos sucessos concretizados. Desenganem-se os que apenas julgam encontrá-la apenas nas penumbras, porque também habita em sorrisos. Aqui, a coerência é jóia rara.
Até nos tira a fala, até nos tira o entendimento.
deixo-lhe um bjo amg
E assim o passeio mais trivial se torna poesia, e os passos mais apressados se tornam palavras implícitas , e os olhares fragas de espanto.
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