Katia Chausheva
Pela
respiração do mundo
sei
que a vida me cerca
com
mãos inesgotáveis.
Possuo
um deserto na garganta
e a
essência dos cardos
em
antigas sedes.
E
corro o perigo de ser
a
combustão das fontes,
ou
a vertigem de um brado,
ou
o som indeciso da mudez,
quando
ato aos tornozelos
o
voo das aves para que as pernas
sejam
colunas de santuário
onde
os pés descalços não têm ruído,
nem
rasto, nem forma.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Fantástico poema! Amei de verdade!
ResponderEliminarBeijinhos e uma excelente semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Belíssimo poema a pousar que nem uma pena ou um voo na imagem....
ResponderEliminarbj
Aos pés descalços a nudez dos passos.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Os seus poema é encantador, tenha uma semana abençoada.
ResponderEliminarBlog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
voar. voar. voar.
ResponderEliminarabraço profundo.
Boa tarde, como sempre acontece partilhou um poema cativante.
ResponderEliminarBoa semana,
AG
Envolvente poema e que imagem tão cativante!!!
ResponderEliminarUm beijo
Um porto de abrigo... Num voo silencioso...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Um poema muitíssimo profundo...
ResponderEliminarFoto e versos que nos despertam o raciocínio e a voos altos...
Uma boa semana, Graça!
Abç
Graça Pires
ResponderEliminarBeleza de poema, o que já uma marca da tua apreciável poesia. No entanto este poema tem dois versos marcantes para mim. Quando menciona cardos, e pés descalços. Cardos, pela sopa de cardos, que de outros tempos de miséria, quem a comeu, diz ser óptima. Os pés descalços é verdade que são anti ruído.
Abraço
O título, a imagem e o poema,
ResponderEliminartodos expressam a beleza da libertação
suave, silenciosa e sedutora do Ser!...
Beijo.
Belíssimo!
ResponderEliminarBeijos, Graça :)
Boa noite Graça,
ResponderEliminarLi e reli este seu extraordinário poema que foi (e é) um desafio para mim na tentativa de interpretar as magníficas imagens de que está recheado.
A leveza do ser quando se atravessam desertos na busca da nossa essência parece-me transparecer ao ler este belo excerto:”quando ato aos tornozelos o voo das aves para que as pernas sejam colunas de santuário onde os pés descalços não têm ruído, nem rasto, nem forma”.
Um momento de elevada poesia!
Beijinhos minha amiga e Enorme Poeta!
Ailime
Mais uma vez uma maravilha este seu canto!
ResponderEliminarbeijinho
Lindo Graça, apesar deste deserto que vive na garganta.
ResponderEliminarUma linda semana para voce amiga.
Estou no processo de aquisição do livro.
Abraços com carinho.
Bjs de paz e luz amiga.
Olá Graça
ResponderEliminarLindo poema, desejo um belo dia. Bjs
Oi, Graça, queria fazer um comentário na sua postagem 'O perfil das árvores desafiando o sol', mas está dando erro no meu navegador. Então estou tentando fazer nessa postagem recente.
ResponderEliminarAdoro escrever sobre árvores e tenho um poema premiado duas vezes que fiz em homenagem a Manoel de Barros.
Ei-lo: http://solfirmino.blogspot.com.br/2006/02/sabedoria-vegetal-para-manoel-de.html
Memória viva
ResponderEliminarminha amiga
Bj
Sublime poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Estive por aqui.
ResponderEliminarE, mentia se dissesse o contrário, não consigo entender a mensagem do poema.
Ainda o voltarei a reler, e poderá ser que haja 'iluminação' da minha parte.
Beijinho
MANUEL
Vida cercada, deserto na garganta, som indeciso da mudez.
ResponderEliminarA poeta no seu labirinto, onde os pés não têm ruído, nem rasto nem forma.
Adorei a fotografia, magnífica ilustração para este poema.
Beijo, Graça.
"corro o perigo de ser
ResponderEliminara combustão das fontes,
ou a vertigem de um brado,
ou o som indeciso da mudez..."
... a mim me basta!
belo todo o poema.
beijo, Graça
Olá Graça.
ResponderEliminarMais um de seus belos poemas.
A leitura de seus poema é um prazer que se renova.
Abraços.
Uma vontade de ser livre e voar como as aves, mas atada à forma humana, a indecisão nos atos está presente quase que diariamente.
ResponderEliminarPra mim, foi esse sentimento que passou, adorei o poema.
Abraços e feliz dia.
Amiga Graça,
ResponderEliminarComo é deliciosa a leitura dos teus poemas. Quanta sensibilidade neles revelas. A imagem que complementa o poema é também muito bela.
Viemos até aqui propositadamente para te convidar para mais um “Os Desafios do Farol”, que se inicia hoje, dia 18, no nosso Farol.
Seria um prazer para nós poder contar com a tua presença e participação nesta iniciativa que, tal como as anteriores, promete ser animada e ao mesmo tempo contribuir para que nos aproximemos e fortaleçamos os nossos laços de Amizade.
Beijinhos e abraços dos amigos do Farol
Belo poema! Até o deserto ganha um tom lindo e poético nas mãos de uma poetisa. Tenha uma ótima quinta. Beijinhos.
ResponderEliminarOlá, Graça.
ResponderEliminar"um deserto na garganta" - o mundo, a vida têm a capacidade de nos secar.
bj amg
~~~
ResponderEliminarUma paz profunda e sagrada,
talvez nos ponha a salvo das mãos que nos cercam...
~~~ Belo, muito belo!
~~~ Abraço, Graça.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
toda a sensibilidade da autora num poema cheio de sentimento e quiçá um grito ensurdecer perante as curvas que a vida nos traz (ou impõe) e nossas asas ficam presas até aos tornozelos.
ResponderEliminara imagem da katia chausheva para suporte ao poema foi muito bem escolhida.
beijinho amigo
:)
Lindo!
ResponderEliminarUm poema que trazuz um estado de alma
ResponderEliminarsobre a vida.
Gostei, amiga,
Desejo que se encontre bem
Bjs.
Irene Alves
A tua inconfundível voz poética!
ResponderEliminarPerene de sensibilidade.
Beijo
Com pezinhos de lã para um beijo.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
ResponderEliminarAG
Lindo poema e a imagem mais ainda.
ResponderEliminarLindo final de semana.
Bjs
Tânia Camargo
"Pela respiração do mundo
ResponderEliminarsei que a vida me cerca..."
Poema sublime que me deixa sem palavras, mas encontra eco no mais profundo de mim.
A foto é magnifica.
Beijo
Belisssimo o poema e a imagem...
ResponderEliminarBeijinhossss
Oi, querida poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarA tua leveza de alma de mulher, é que te faz
sentir assim, pronta para voar...
Lindo poema, amiga ! Parabéns e um
afetuoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
A vida, eterno mistério, mas que exige, para quem ousa olhá-la nos olhos, a humildade das coisas simples...
ResponderEliminarMais um grande poema, Graça!
Um beijinho :)
ResponderEliminarComecei a ler e dei comigo a dizer uns versos de cor...
É assim!... Coisas há que não passam.
Um beijo meu.
Lídia
Como é lindo e metaforico o seu poema.
ResponderEliminarUma dor, contudo, liberdade.
As pernas como sustentação provam que precisamos de equilíbrio, ao mesmo tempo, sermos livre e andarmos por onde quisermos.
Parabéns.
Excelente semana.
Beijos na alma.
o risco de um ser alado
ResponderEliminarum abraço, Graça
Tão belo, Graça,
ResponderEliminarnão me atrevo a tactear-lhe o alinho.
Vou simplesmente lê-lo,
até que meus olhos chorem.
Guardá-lo-ei então,
no coração,
por sabê-lo de cor.
Bj
Maravilhoso, Graça. Que prazer ler os seus versos... apetece sabê-los de cor, sim.
ResponderEliminarUm abraço do Sul.
Dolores Manso
ResponderEliminarTanto...e tanta beleza, no seu poema, minha amiga.
Como disse o poeta: "Intensamente...", e assim o sinto.
Tão curto... e tão cheio (onde o deserto é um rio).
Um beijo.
Embora por vezes, o mundo nos pese... devemos tentar caminhar nele leves... sabendo que somos o melhor que conseguimos ser... apesar de quaisquer circunstâncias!...
ResponderEliminarMaravilhoso poema!
Tinha ideia de já ter comentado este post... mas deve ter sido lapso meu... pois já vi que o anterior também me escapou...
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
De tão intenso sentir, como forca na garganta, a deixar cair o corpo assassinado, escreves-te libertação através desta poética tão singular!
ResponderEliminarParabéns!
Bjo, Graça