Saul Landell
Sem embaraço vou arrancar, com as unhas,
os
pregos do barco que inventei.
Quero
afundar-me e medir o fôlego
em
que me salvo.
Enconcho
as mãos para transpor a maré
e o
litoral devassado pelo lodo.
Enrolo
os pulsos em redes de pesca
e todas as gaivotas me perseguem.Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Mais uma maravilhosa poesia,Graça! Te ler faz bem! bjs, chica e linda semana!
ResponderEliminarGraça Pires
ResponderEliminarPoema de que se pode extrair ideia da grandeza da capacidade que a poetiza tem de imaginar.
Veja e comente o post
MINAS GERAIS - BANDEIRANTES
http://amornaguerra.blogspot.pt/
BRASIL: SORRISO DE DEUS.
Beijos
Nos barcos que inventei também tudo posso. Nos olhos que me vêem encontro as forças de que preciso. Mais e mais. Beijo.
ResponderEliminarMais uma preciosidade da "Claridade".
ResponderEliminar..."e todas as gaivotas me perseguem"
na esperança que eu deixe o dízimo peixe
do contrato da salvação.
Ou então, o sufoco do garrote ?
Bj.
Olá Graça
ResponderEliminarMesmo assim nunca deixo de lutar, adorei o
poema.
Bjs e boa semana.
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
"Quero afundar-me e medir o fôlego
ResponderEliminarem que me salvo."
Em que fôlego se salva o poeta que tanto se dá?
Beijo meu
Lídia
É gratificante poder ler sobre seus maravilhosos mergulhos na poesia.
ResponderEliminarAs figuras da linguagem tão bem inseridas nos faz viajar no seu barco,
assistidos pelas gaivotas que oram assombram, ora nos encantam.
Lindo demais Graça.
Linda semana com festa no coração.
Bjs de paz.
Profundo e belo poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Olá Graça
ResponderEliminarBelo poema, bjs e uma ótima tarde.
Gosto muito deste poema. "Enconcha-me" a alma.
ResponderEliminarbj
Navegar é uma tarefa árdua, temos de nos despedir de tanto e de abarcar tanta coisa nova.
ResponderEliminarAtar os pulsos com redes de pesa é antecipar o regresso, mesmo com a perseguição de quem foge das tempestades.
Adorei o teu poema.
PS - O cão era (é) lindo e já partiu e era um grande companheiro. Acho que quis deixar-lhe uma pequena homenagem no blogue. Obrigado pelas palavras que lhe deixaste.
Poema maravilhoso amei, obrigada pela visita, tenha uma semana abençoada.
ResponderEliminarBlog:https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
E eu regresso a esse mar que tu olhas...a mim me perseguem as cegonhas.
ResponderEliminarBeijo
Gracitamiga
ResponderEliminarGaivotas a perseguir-te? Esplendoroso! Sabes aliar sentimentos a coisas com a mestria que alguém te deu. Sabes alinhar as palavras ligadas umas às outras como as cerejas. Sabes conjugar o mar com as redes de pesca. Enfim, não me canso de dizer que és Poesia. Bem dita sejas.
Qjs do Leãozão
___________
Na semana passada fui à minha médica de família que, depois de me ter observado cuidadosa e minuciosamente, disse-me que eu poderia ter Parkinson. Como deves compreender, fiquei muito abananado, quase perdi a cabeça, enchi-me de medo e até pensei em abandonar a escrita – o que para mim seria fatal!
Até escrevi um imeile à Maltamiga sem mencionar o nome da doença, o que motivou centenas – exactamente centenas – de resposta desejando-me as melhoras e solidarizando-se comigo. Malta bué da fixe!!!!
Entretanto, com a ajuda de dois médicos meus amigos durante os primeiros cinco anos do Camões que trataram de me acalmar pois com os novos medicamentos que entretanto apareceram eu iria passar muito bem. E indicaram-me neurologistas, para tirar dúvidas.
Marquei já uma consulta para um deles que os meus amigos disseram-me que era competentíssimo. Depois do diagnóstico final, vou comunicar-te o resultado.
Aproveito o ensejo para agradecer do fundo do coração a todas e todos que me manifestaram a sua preocupação, o seu apoio e a sua amizade, deixo aqui um muitíssimo obrigado!
Uma pérola
ResponderEliminarBjs
Poema lindo demais. A imagem é divina. Amei
ResponderEliminarDesculpe a demora. O sistema não actualizou.
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Muito obrigado pelas suas palavras. Nenhum animal é substituível , mas tenho agora a companhia de uma cadelinha. O feitio e o aspecto físico são o oposto dos do cão. Mas nunca o esquecerei.
ResponderEliminargosto muito destes teus voos
ResponderEliminarQuerida Graça, mais um belo e forte poema, uma característica tua que nos faz pensar...
ResponderEliminarE essa 'foto-arte' está maravilhosa.
Um beijo, Graça.
OI GRAÇA!
ResponderEliminarA LUTA PELA VIDA, PELO QUE SE ACREDITA, DEVE SER ASSIM, DE TITÃ.
LINDO DEMAIS AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
ser poema e ser
ResponderEliminarlivre, também um peixe deve ser.
as prisões estão onde menos se esperam.
gostei imenso desta "fuga" libertadora e da beleza construtiva.
um poema de regresso ao mar, com o lodo no olhar...sublime (como sempre).
um beijo, Graça, e permita-me deixar uma nota:
- Ao Ferreira Antunes desejo-lhe saúde!
E o que é a vida se não lutar para alcançar o horizonte? Voar por entre as nuvens, as gaivotas e os trovões?
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Este é um poema de além da inscrição expressiva excelente, as metáforas
ResponderEliminarnos conduzem ao voo da poeta e metaforicamente as gaivotas como o
voo dos pensamentos na rota da inquietação!...
Amiga Graça, pode ser que eu tenha me equivocado na minha leitura,
mas li e senti assim.
Cada vez mais fã da sua poética.
Beijo.
Que postagem linda! Uma imagem magnífica e um poema extraordinário. Gostei muito das metáforas utilizada neste poema. Viver é navegar na imensidão de possibilidades e de vontades. Beijinhos...
ResponderEliminaressa, a vocação do poeta: superar-se, ou perder-se!
ResponderEliminarlivremente. como gaivotas em voo planado.
(metáforas das boas - as tuas. rss)
gostei muito, Graça.
beijo
Parabéns, Graça, por este belíssimo poema.
ResponderEliminarUma boa semana.
Abraço.
Pedro.
Amiga Graça,
ResponderEliminarMais um poema lindíssimo, senti como um mergulho a si mesmo, uma procura e uma certeza daquilo que os pertence de verdade, só temos a nós mesmos, as nossas "gaivotas", os sonhos de transpor-se, de libertar-se das amarrar e voar, voar e voar livremente...
Querida, um beijo e ótima semana.
Oi Amiga, Graça Pires !
ResponderEliminarVejo a força da bravura, testando
os limites da conquista.
É um destemido poema, simbolizado
por uma força sobre humana.
Parabéns, querida, com o meu
fraterno abraço, aqui do Brasil.
Definitivamente seu poema me traz visões, e eu adoro isso.
ResponderEliminarParticularmente adorei esse trecho:
" Enconcho as mãos para transpor a maré
e o litoral devassado pelo lodo."
Abraço!
Se perder para depois se encontrar - a vida sempre fala mais alto.
ResponderEliminarBelo poema.
Abraços e feliz dia.
Arranco os pregos de um barco que inventei.
ResponderEliminarQuero afundar-me para depois me salvar.
Transponho a maré para ultrapassar um litoral de lodo.
Enrolo os pulsos para que as gaivotas me persigam.
O que para mim a poeta nos diz é que viver é lutar, nem que para isso tenhamos de construir ou inventar desafios à medida da nossa rebeldia ou de uma ambicionada condição humana.
A fotografia é espantosa. As gaivotas pousaram para proteger a cadeira e esperar a chegada de alguém? Para adorar ou sacrificar? Ou ambas?
Nada intimida quem tem sede de vida!
ResponderEliminarLindo demais, parabéns Graça!
Beijos,
Mariangela
A vida é uma luta constante que exige desafios corajosos. A poeta usa palavras mágicas para transmitir esta realidade: "Quero afundar-me e medir o fôlego em que me salvo".
ResponderEliminarO poema é pleno de metáforas maravilhosas e e foto é muito bela.
Beijo.
Temos que ter coragem para enfrentar a Vida!!
ResponderEliminarBeijinhos, amiga minha
Graça, como decerto saberá,isto é tão bonito que nem sei que dizer mais...
ResponderEliminarbeijinhos
Bom dia Graça,
ResponderEliminarPartilha um dos seus magníficos poemas do seu Livro Uma Claridade que cega.
Há momentos em que nos sentimos afundar, em que tudo o que nos rodeia parece arrastar-nos e a prender-nos nos lodos da vida. O Poeta tem sempre a liberdade dos gestos na superação das dificuldades.
Um momento de elevada poesia.
Um grande beijinho,
Ailime
Obrigada por partilhar mais um dos seus maravilhosos textos.
ResponderEliminarÉ de uma beleza sublime e transborda de sentimentos. Identifico-me.
Beijinhos
Uma apneia metafórica assaz interessante e corajosa!
ResponderEliminarÉ bom conhecermos os nossos limites...
Um brilhante poema de uma claridade preclara.
Beijo, Poeta amiga.
~~~~~~~~~~~~
Um poema com palavras de força, na superação dos obstáculos.
ResponderEliminarUm abraço,
Sônia
Já vim aqui umas 3 vezes reler este poema e continuo sem ter o que comentar... Lindo!
ResponderEliminarTens a alma clara e a claridade é o destino da sua poética.
ResponderEliminarNela nos afogamos. E sempre voltamos à superfície.
Belíssima condensação imagética!
Beijos,
Como muito carinho estou passando
ResponderEliminarpara deixar meu carinho ,
também desejar um abençoado e feliz final de semana.
Peço perdão pela minha ausência ,
acredite não foi por falta de amor,
mas para tratar de mim mesma .
Deus esta comigo .. contigo ..e com todos q nele crê...
Te carinho com um doce e afetuoso abraço.
Que , Deus cuide de você dando sempre
saúde pois sem ela nada somos nada seremos.
Um beijo carinhoso.
Evanir.
Lindo minha amiga escreves infinitamente com a alma.
Por vezes é bom testarmos os nossos limites.
ResponderEliminarMas sem nos afogarmos...
Excelente poema, como sempre.
Graça, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
Bom dia, Graça, que belas metáforas você construiu em seu maravilhoso poema. Quem sabe uma desconstrução.....o que fazemos para que possamos viver e conhecer nossos limites ...Coragem para deixar a transparência dos sentimentos , sejam de dor ou de amor, virem a tona....Lindo! Tenha um belo domingo! Abraço!
ResponderEliminarUm poema de superação do sentido poético que a poeta extrai da palavra.
ResponderEliminarFantástico mergulho, Graça!
BJO :)
Muito interessante este poema
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