Christine Ellger
O
verbo: clareira em cama de fenos
ou
ilha oculta de ocultos silêncios.
Como
se o nervo do vento
fustigasse
a voz dos poetas
esmagando
a rigidez dos sons.
Apta a declinar as regras do jogo
retenho, nas arestas da página,
o som do lápis, como um pião
rodopiando traços inseguros.
A película de imagens no interior do texto,
levemente aberto ao segredo das mãos
deixa
que me habite um desvario
que
faça regressar um verso invisível.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
belos, o verbo e a imagem.
ResponderEliminarboa semana, Graça
E deixa imagens perfeitas na mente... Porque os verbos também rimam....
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
Uma das mais lindas poesias que já tive o prazer de ler. Tudo o que escreves, Graça, fala ao meu coração. Fala ao coração de quem ama poesia. Prazer em ser teu leitor...
ResponderEliminarBeijo
Maravilhoso poema! Amei.
ResponderEliminarBeijinhos e uma excelente semana
Mergulhei nos versos, que imagem linda.
ResponderEliminarbjokas =)
O verbo se fez poema!
ResponderEliminarna mão segura de Graça Pires.
E faz.
Daí a fé, nossa, na palavra
libertada "nas arestas da página". Daí esta comunhão.
Bj.
"O Verbo":
ResponderEliminarum estado de alma que do invisível se torna poesia, aqui nesta "ortografia".
Um abraço.
ResponderEliminar"clareira em cama de fenos..."
Visível, o verso!
Tocável, a tua Poesia.
Um beijo meu
Lídia
E através do Verbo se divaga num poema maravilhoso.
ResponderEliminarBoa semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Hello Graça,
ResponderEliminarA wonderful post with a nice book. So special
Your words are so nice.
Hugs, Marco
Achei uma ou outra parte confusa, mas gostei, parabéns :)
ResponderEliminar*XoXo
- Helena Primeira
- Helena Primeira Youtube
- Primeira Panos
Que imagem linda
ResponderEliminaradorei os versos
Estou te seguindo
https://blogdaadilene.blogspot.com.br/
Olá, querida Graça!
ResponderEliminarGrata pela sua visita e comentário sucinto, mas que a fez pensar em tudo, bom, espero!
Já li e reli o seu poema, mas a palavra, a minha, hoje não está de feição e talvez esteja mesmo escondida em algum verbo intransitivo.
Voltarei, depois!
Beijos e dias de claridade, que não cegue (rs)!
Que maravilha Graça! Do ventre da famosa Claridade um belo poema do incontido, onde cabe todos os sentimentos e olhares.
ResponderEliminarAbraços amiga.
Bjs de paz na feliz semana.
Aqui encontro talento e o maior bom gosto na escolha das obras pictóricas!
ResponderEliminar"Como se o nervo do vento
fustigasse a voz dos poetas
esmagando a rigidez dos sons."
Que lindo...você tem o dom da poeta.
Beijo, querida amiga!
A poesia, dalgum modo como a própria vida, resulta-me num misto de enigma e de revelação, umas vezes mais prazeroso outras vezes mais inquietante, mas em qualquer dos casos enriquecedor!
ResponderEliminarParabéns e obrigado
Votos de excelente semana
Beijo
Poema curto , enxuto de linguagem rebuscada.
ResponderEliminarAbraço!
Um excelente e belo poema.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
As imagens no interior do texto são sempre mensagem.
ResponderEliminarBeijinhos, amiga, bom resto de semana
Bom dia, Graça
ResponderEliminarpoema cheio de metáforas que concordam e dão beleza ao seu poema.
Um vocabulário bem rebuscado próprio de sua escrita.
Muito bom. Grande abraço!
Graça Pires
ResponderEliminarMais das belas construções poéticas de se lhe tirar o chapéu.
Beijos
Um poema surpreendentemente belo... que se desmultiplica em tantas imagens... absolutamente notável, Graça!
ResponderEliminarAdorei cada palavra! Para ler e reler!...
Beijinho! Feliz e inspirada semana!
Ana
A palavra se faz verbo, e o verbo, esta grande viga, sustenta um poema de proporções gigantescas, ainda que pareça pequeno na forma. As palavras se juntam e formam este conjunto harmonioso de imagens, que se mantém de pé, graças a força da linguagem, tão bem construída por esta arquiteta (das palavras).
ResponderEliminarGoste muito deste poema, traz um timbre acolhedor. Traz um eco que identificamos o seu grito.
Beijo, minha amiga Graça!
Tudo na ventania da vida. www.hellowebradio.com ... você. Vem!
ResponderEliminarCadinho RoCo
Que riqueza por aqui sempre
ResponderEliminarem teus escritos
querida amiga Graça.
Um beijo querida
A poeta reivindica a liberdade da palavra contra todos os jugos, afirma a poesia como altaneira rebeldia, como desassossego: «deixa que me habite um desvario / que faça regressar um verso invisível».
ResponderEliminarAdorei a ilustração.
Beijo.
Poetas; seres invisíveis que verbalizam alguma e toda coisa da própria alma. (Do meu dicionário) Adorei seu poema Graça, seus "Traços jamais serão inseguros", tens nas mãos a harmonia, a ambiguidade das palavras,maturidade e sabedoria. Um abraço grande poeta.
ResponderEliminarGraça, sempre é muito bom vir aqui neste espaço para ler os teus poemas, escritos que são com técnica e inspiração, além dos elogiáveis temas, exemplo de arte poética a ser seguido. Parabéns.
ResponderEliminarUm beijo.
Pedro
Graça
ResponderEliminarcito :
"Como se o nervo do vento
fustigasse a voz dos poetas
esmagando a rigidez dos sons."
e do verbo se fez palavra e poema!
gostei da imagem de suporte da Christine Ellger
beijo minha amiga
:)
"O verbo" forma-se na solidão "ilha oculta de ocultos silêncios", depois solta-se o poema com a liberdade que a poeta lhe imprime. Profundo e pleno de imagens belas.
ResponderEliminarA fotografia é mágica!
Beijo.
Boa noite Graça!
ResponderEliminarUma combinação fantástica da imagem e o poema.
Verbo profundo e belo, lindamente construído.
Continuação de boa semana.
Beijos!
Eita, Graça, não consigo imaginar o verbo no ato poesia
ResponderEliminara caminhar tão belamente e no sublime da arte original.
Sempre deixo o seu espaço no encantamento do
verbo admirar!...
Beijos!
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarSão tão belos os seus versos na visibilidade da sua sublime poesia.
Um extraordinário poema!
Beijinhos, minha Amiga.
Ailime
É o que se pode chamar "escalpelizar o momento da escrita"! Muito bom!!! O verdadeiro domínio da(s) palavra(s) justa(s).
ResponderEliminarE a imagem é soberba!
Beijinhos, Poeta!
As tuas palavras me encantam. Achei a imagem em plena sintonia com a tua bela poesia.
ResponderEliminarUma ótima sexta.
Beijinhos.
Olá, seu dom para criar poemas é fascinaste, não sou poeta nem grande admirador de poemas de amor, fico encantado com as suas criações poéticas.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Mais um excelente poema.
ResponderEliminarParabéns pela criatividade.
Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijo.
Maravilhosa inspiração!
ResponderEliminarBeijinho, Graça!
O Verbo nas mãos. E a 'revelação', qual foto na câmara-escura da 'fotógrafa', Mestra.
ResponderEliminarBelo Poema em segredo desvendado.
ps.- tenho estado impedido, através do painel do m/blog, publicar comentários. Hoje experimentei por outra via, como qualquer outro visitante que vá pelo google e, espero conseguir.
Um beijo, Amiga e desculpe está ausência, não na leitura, mas sim nós cometarios.
Bom fim-de-semana.
Olá, querida amiga!
ResponderEliminarDeixe que elogie e deixe os meus olhos na imagem, que tem tantos verbos, que talvez estejam deitados em linhos tecidos com a luz do luar. Já é tarde, já é bem tarde!
Gosto do jogo de palavras, que estabelece com os objetos, como o lápis, que ao livro, que à palavra pertence. O pião rodopia por perto, como que a fazer sobressair, saltar as palavras. Aqui, não é preciso, porque quem as concebe, quem as pensa e entrelaça, conhece de cor e salteado, a magia e o simbolismo delas, portanto, aqui não pode haver invisibilidade.
Beijos e bom fim de semana.
Deixaste que o verbo te habitasse e declinaste com ele e nele cambiantes metafóricos onde as arestas ficaram com uma sublime delicadeza !
ResponderEliminarBeijinho grande minha querida amiga ! 😘😘😘
Un poema de talante y talento, lleno de significado y pleno de vigor creativo. Ha sido un placer su lectura y, sin duda, recordaré alguno de sus versos.
ResponderEliminarSaludos muy afectuosos y cordiales. Franziska
uma poesia linda que nos remete a importância dos livros. Eles podem ficar com suas páginas frágeis mas as leituras sempre ficarão fortes em seu contexto. Um lindo poema com um simbolismo forte e criativo. Estamos na Primavera a mais bela estação do ano! Que venham as flores para enfeitar nossos dias.
ResponderEliminarBom final de semana... Que cada dia seja iluminado com gotas de alegria e sabedoria para que possamos viver na paz com toda a humanidade.
Abraços da amiga Lourdes Duarte.
Beautifully described!!!
ResponderEliminarCaptivating poem dear Grace!
os nossos habitantes secretos a ganhar vida na ponta de um lápis
ResponderEliminarum abraço, Graça
ResponderEliminarUm poema muitíssimo profundo.
O verbo sugere movimento
e os seus versos me fizeram pensar nos sentimentos e emoções de uma grande poetisa...
Abraços
"Como se o nervo do vento
ResponderEliminarfustigasse a voz dos poetas..."
Adorei esse poema, como adoro tudo o que escreve.
Beijo
Talvez um dos teus poemas mais metafóricos; na verdade, cada segmento frásico remete para um mundo pluri dimensional, só possível porque a poeta joga no verbo todas as narrativas da (sua) narrativa.
ResponderEliminarAdmirável talento, Graça.
Bjo
É muito bonito, Graça!
ResponderEliminarbeijinho