21.5.18

Anna com vestido branco

Amedeo Modigliani


Gosto de me levantar de madrugada,
quando ainda são anilados
os vultos de quem passa.

Gosto de reter, no fundo do olhar,
o instante primeiro do dia, para recuar
ao tempo em que coleccionava barcos
de papel e deles me tornava marinheiro.

As vagas, lembro, começavam
nos meus dedos quando sobrepunha
o mastro sobre a quilha, com búzios
cristalinos a enfeitar os pulsos.

E visto-me de branco
como se fosse a menina
que descobre a primeira sede,
ou a primeira nascente,
ou a primeira paixão.

Graça Pires
De Fui quase todas as mulheres de Modigliani, 2017, p. 38

64 comentários:

  1. Linda tela e poesia da Anna vestida de branco...Branco prta uma semana linda iniciar...beijos, tudo de bom,chica

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  2. Um belo poema e sou fascinado pela pintura de Amedeo Modigliani.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  3. Belo poema!
    Que todos os instantes primeiros dos dias da poeta sejam inspiradores, para continuar escrevendo versos deslumbrantes.
    Gostei MUITO, amiga Graça.
    Beijo.

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  4. As memórias... quando a luz ainda é só nossa....
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Há um tempo em que tudo se desenha, com as cores mais claras, há um tempo em que tudo parece ao alcance da mão. Depois, na obediência a rituais sagrados, tudo se desvanece no dever, quse escravidão.
    Nunca me canso de o dizer: é tão bom lê-la, Graça!

    Abraço :)

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  6. Muy bella tu poesía, un placer leerte.

    Que tengas una feliz tarde, preciosa.

    Besos enormes.

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  7. Nada como o branco recortado no azul do mar!
    Sempre belas, as palavras deste recanto!

    Beijos, Graça :)

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  8. Graça, impressiona-me grandemente a qualidade e sensibilidade de tuas palavras, e a profundidade das imagens que crias. É sempre mágico mergulhar em tuas letras e delas retirar tantos prazeres.
    Grande beijo, Mestra. Sabes mesmo como encantar pessoas...

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  9. Fui levada a uma simplicidade de vida...
    Gostei demais de suas palavras e da tela.

    Abraços e feliz dia.

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  10. e nas madrugadas ainda escassas de luz
    é mais puro o pensamento
    o sonho
    o enleio
    e o branco condiz sempre

    com a pureza da alma

    :)

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  11. Adoro essa maneira gostosa
    de como você faz suas poe-
    sias. Suas, não. Nossas, pois
    as faz para nós, seu povo,
    seus amigos. Adoro a pintu-
    ra desse italiano que nas-
    ceu muito bem, mas morreu
    em Paris, muito melhor.

    Beijos, Graça.

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  12. Belas as palavras, bela a imagem, Graça.

    Boa semana. Beijo

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  13. Excelente poema. Parabéns. Adorei :))


    Hoje:- [ Poetizando e Encantado]-Conto as pétalas, e almejo a tua graça .

    Bjos
    Votos de uma óptima Segunda- Feira

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  14. Uma mulher de branco é um diamante mulltifacetado. Atrai as cores do universo. Como este poema, Graça.


    Beijinho.


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  15. Boa tarde Graça! Lindo poema, o branco é a cor da paz e da pureza e nos transmite tranquilidade.
    Abraço.

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  16. Brilhantes palavras!
    Adorei!

    =)

    Bjinhos

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  17. Nesta selva
    poesia ao poder
    Bj

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  18. Poema lindo de mais!!

    Beijo. Boa noite

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  19. E esta Anna pode ser qualquer uma de nós, mesmo que não estejamos vestidas de branco; revi-me nela ao voltar atrás , na minha meninica, bricando com vários elementos da natureza que nos permitam a construção de belas casinhas onde dentro dormiam as bonequinhas por nós imaginadas. Corriamos pelas areias da praia, procurando as conchinhas mais perfeitas e quando encontravamos um búzio pequenino, por nos chamados de beijihos, era como se tivessemos descoberto uma pedra preciosa; tempos que não voltam, mas que fizeram de nós as mulheres que somos hoje, pessoas maduras , mais sábias, mas, por vezes, mais nostálgicas; tudo mudou e, forçosamente, mudamos nós, embora continuemos a usar a cor branca e com ela tentemos sempre transmitir paz à nossa volta. Inevitavelmente, a minha alma clareou ao ler-te, Graça. Muito obrigada! Um beijinho e boa noite
    Emilia

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  20. Olá Graça querida


    Lindo poema...
    Beijos e uma semana linda pra você.


    Ani

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  21. Que lindo Graça.
    Um poema que passa uma ternura embrulhada num saudosismo lindo.
    Viajei nos barquinhos e senti o gosto dos primeiros pingos das chuvas,
    que deslizavam pelo rosto de menino feliz com seus barcos.
    Semana proveitosa e maravilhosa querida amiga.
    Beijos

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  22. Sempre molto belle le tue poesie, i miei complimenti è sempre un piacere poterle leggere.
    Un saluto ed un abbraccio carissima.

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  23. «E visto-me de branco
    como se fosse a menina
    que descobre a primeira sede,
    ou a primeira nascente,
    ou a primeira paixão.» Revejo-me no seu poema, querida poetisa Graça Pires.
    Além da beleza ímpar faz-nos viajar até à infância.
    Belíssimo. Aplauso.
    Beijinhos poéticos.

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  24. Bom dia, Graça,
    seu poema é como um ritual, vestir- se de branco para relembrar
    o tempo da infância, quando tudo era possível, magia dos olhos ao ver ainda na madrugada
    vultos, pessoas vestidas com a cor da madrugada.
    A imagem é também muito sugestiva.
    Grande abraço!

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  25. Querida Mestra Poetisa, Graça Pires !
    Enxerguei no texto, tão claro, todos os
    detalhes inseridos.
    Simplesmente, maravilhoso !
    Parabéns, nobre Escritora.
    Aceita, por favor, o meu fraternal abraço,
    aqui do Brasil !
    Sinval.

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  26. Boa tarde, Graça. Uma poesia tão delicada e linda. A lembrança incorporada no presente, muitas vezes faz bem.
    Eu me vi aqui.
    Parabéns.
    Beijos na alma e linda semana de paz.

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  27. A pureza do pensamento... e da nossa verdadeira essência, nas memórias primordiais de criança, no simbolismo do vestido... brilhantemente traduzido em palavras, Graça!
    Mais um belíssimo momento poético... profundo e sublime! Características habituais, em tudo o que vou apreciando, por aqui...
    Um beijinho grande! Continuação de uma feliz semana!
    Ana

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  28. Graça, minha querida amiga, como vai?

    Grata pela sua visita e carinhoso comentário. Vou fazendo o que posso e sei, melhor ou pior.

    Olhando a foto, não direi que a acho bonita ou sensual, mas tem a sua própria beleza, que me parece austera, mas a Anna de Modigliani era assim. Talvez os meus olhos não saibam ou não estejam preparados para apreciar pinturas deste calibre. É isso, pois!

    O poema é um misto de tantas coisas, sobretudo emoções e lembranças. Que fazer delas e com elas? Pô-las no papel e deixar que os outros as interpretem e as vivam, um pouco, também.

    Os barquinhos de papel, que a Graça fez, julgo, e eu também, proporcionavam-nos tanta felicidade e até parecia, que íamos partir. Mas não, ficávamos ali na nossa casinha esperando as ondas da mente para galgarmos o mar e o espaço que queríamos alcançar. E como se isso não bastasse, vestíamo-nos de branco, vestido feito pela costureira, para personificar a candura, o primeiro namorado, enfim, a paixoneta, esquecida depois, naturalmente.

    Embora eu esteja a imaginar estas "cenas" na infância e/ou a adolescência, as suas palavras bem podem pertencer ao estado adulto. Tudo fica bem e se adapta, logo que o queiramos.

    Gostei mto do que escreveu, indireta e eruditamente, ao seu modo, afinal, embora nunca seja fácil para mim interpretar o que pretende transmitir, mas isso é tarefa só minha, pke o poeta, apenas, escreve.

    Um beijo com imensa estima e consideração.

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  29. Boa noite Graça,
    Um poema muito belo em que a Poeta utiliza as suas sublimes metáforas para, por momentos, viajar até ao tempo da infância em que tudo era branco e puro como a "primeira sede".
    Um beijinho, minha Amiga, e continuação de uma boa semana.
    Ailime

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  30. Olá Graça!
    Um belo poema , onde cabe um pouco da vida de cada um de nós...revi-me em muitas coisas e na saudade também.

    Aproveito para agradecer a visita e o carinho que pressinto sentir por mim, e pelas palavras que muito de vez em quando, vou deixando no meu espaço.

    São essas, as visitas que me enchem a alma!

    Beijinho afectuoso com muita admiração.

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  31. Hola guapa que xuli las fotos.
    Gracias por el paso por el blog y dejar tu huella.

    Besos

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  32. https://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
    Boa noite, Graça!
    Bela poesia... e veste-se de branco, como se fosse uma menina.
    Uma infância de vivas reecoradações.
    Beijinhos e continuação de boa semana.
    Luisa Fernandes

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  33. Madrugada, o instante primeiro do dia, a primeira sede, início de todas as sedes.
    E o branco, mistura de todas as cores, paleta da vida onde inscrevemos os nossos sonhos.
    Beijo, Graça, e obrigado por tanta beleza.

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  34. Encantadora ode às primeiras, oníricas, lembranças e aos sucessivos primeiros marcantes momentos ao longo da vida!

    Muitos parabéns e obrigado por partilhar beleza que alimenta o mais profundo do espírito

    Bom resto de semana

    Beijo

    VB

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  35. E eu gosto demais dos teus poemas!

    Lindo! Imagem e poesia, mágicas!

    Beijos! =)

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  36. A Poeta 'captou', neste olhar duma profunda tristeza, a mulher-menina que vê os barcos partirem, com todos os sorrisos em arcas ancoiradas, num mar de segredos.
    E o cais, vazio, vira as costas à barra, quando o tempo deixa as marés suspensas na memória.

    Gosto muito deste poema, e do motivo que a inspirou: este rosto
    enigmático, por vezes sereno, mas a transparecer uma tristeza, na pose que o Pintor tão bem expressou.

    Um beijo, minha Amiga Graça.

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  37. GRAÇA,

    a cada nova postagem uma superação evidente e para nós seus leitores um prêmio literario e continuado.
    Excepcionais as usas postagens!
    Um abração carioca.

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  38. Um poema maravilhoso e puro...
    Tenha uma boa noite e um lindo amanhã...

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  39. Uma das recordações mais belas ficam na infância, o branco do vestido já dá um certo sinal de ternura ao poema. Jamais teríamos um saudosismo que não fosse agradável, puxado lá da memória feliz. Barquinhos, casinhas, bonecas, sonhos e a ânsia de crescer. Tem uma canção que diz:
    "É melhor ter um joelho ralado, dói bem menos do que um coração partido". Lá atrás, ainda dava para sonhar sonhos ternos.

    Belo poema, amiga, estilo Graça Pires!!!
    Beijo, amiga.

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  40. Sedução impar inserta neste maravilhoso poema. Lindo demais.
    Deixando um Abraço

    * Amor em Desejos Indefinidos *

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  41. teresa p.7:57 da tarde

    Memórias doces da idade da inocência, plenas de encanto e sedução.
    A menina vestida de branco "que descobre a primeira sede, ou a primeira nascente ou a primeira paixão."
    Muito, muito belo!
    Beijo.

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  42. É lindíssimo, este poema!

    Beijinho

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  43. Eu não gosto nada de me levantar de madrugada...
    Mas gostei muito do teu poema. É excelente, parabéns.
    Bom fim de semana, amiga Graça.
    Beijo.

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  44. Sempre que cá venho e a leio fico com um sorriso nos lábios. Maravilhoso Graça. :)

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  45. Belisssimo poema, Graça, belissimo !

    Beijinhos com amizade e admiração, bom fim de semana

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  46. Este seu poema é belíssimo, inscrito da voz feminina
    no patamar da sua excelência poética, Graça.

    As artes excelentes (obras de Modigliani) e seus
    poemas a se conjugarem e em uma unidade brilhante
    expressiva.

    Um beijo, bom fim de semana.

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  47. Olá, Graça Pires
    Primeiro quero dar nota da circunstância de haver semelhança no tema do trabalho que publiquei, ontem, com o magnífico que agora aqui encontro. Até nos vocábulos. Já tinha lido há mais dum ano o seu livro "Fui quase todas...", não houve intencionalidade pelo que direi que há coincidências! Não na qualidade que sou um aprendiz.
    O que escrevi foi ditado por um "filme" em que sou protagonista de forma expontânea e afectiva. A motivação surgiu da morte de Júlio Pomar.

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  48. Há pouco, não cheguei a concluir o meu comentário, como era perceptível. A gaiata do barco sobrpõe viagens imprevistas.
    Comentando o poema...
    Levanta-se,a Anna, todas as anas, consoante o negro se revela no olhar (magoado), inundada de certezas passadas. Tem a noite e o dia, em livre arbítrio, para dilatar as madrugadas da caminhada que é (ainda) o tempo da esperança. E revê-se na constância do ar que respira.Por isso quer:" me visto de branco / como se fosse a mesma"...
    A Poeta tem na mão sempre uma réstia para me/nos iluminar. As metáforas, as imagens e os símbolos do sagrado, guardados no "eu", são expostos, delicadamente, numa poética que brilha pela sua transparência, que (en)caminha para a "transcendência".
    Resta-me agradecer, um bj.

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  49. Lembranças da infância da época da ingenuidade, de sonhos impossíveis... Lindo poema, carrega-nos para uma época lúdica de saudades.
    Beijinhos, Léah

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  50. Olá, Graça!

    Um poema belíssimo, delicado poema, querida amiga, que se encerra com esta estrofe bela e de grande significado:

    E visto-me de branco
    como se fosse a menina
    que descobre a primeira sede,
    ou a primeira nascente,
    ou a primeira paixão.


    Parabéns, querida amiga.
    Bom final de semana.
    Beijo.
    Pedro

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  51. cântico(s) singular(es) o teu, minha amiga
    nesta tua revisitação poética às "mulheres de Modigliani, vestidas de todas e cores.
    e todas as dores.

    hoje, de branco, uma verdadeira celebração primaveril
    a fermentar a(s) primeira(s) sede(s)...

    muito belo, Graça.

    beijo

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  52. Graça, querida,
    Levantar de madrugada traz o frescor do dia, o primeiro instante da manhã...
    Já a pureza do branco que se quer reter ao se vestir com essa cor, é algo até cultural.
    Acho que me enrolei, mas me fiz entender, estou com sono...
    Beijo

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  53. E na tranquilidade do amanhecer se soltam as recordações.
    Maravilhoso poema
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  54. anilados os vultos e a ante-manhã

    eu ainda gosto de fazer barcos de papel e a Anna veste-se de branco


    um abraço, Graça

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  55. Minha querida Gracinhamiga II

    Se a Poesia não existisse - e felizmente existe - eras tu quem a criava toda vestida de branco qual Anna pincelada por Modigliani. Sempre te disse que se se pode definir Poesia basta definir-te o que não é, de todo, tarefa fácil, mas é empolgante. Este poema cuja brancura, cuja pureza é sinónimo de candura é mais do que um poema é um hino ao nascer do Sol e também ao nascer da humanidade que nos deixa embevecidos perante tanta beleza aliada a tanta doçura e tanta alegria mas também tanta melancolia. Lindo, lindo, lindo.

    Muitos e muitos qjs deste teu amigo e adorador
    Henrique, o Leãozão
    _____
    Tal como havia avisado acabo de publicar na Nossa Travessa um novo artigo de minha autoria intitulado É difícil viver com um irmão mongoloide. Com ele inicio uma saga que se inspira nas narrativas da nossa Amiga Elvira Carvalho a quem agradeço o “empurrão”…

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  56. Oi, querida! Gosto tantos dos seus poemas, do seu olhar para a vida e de toda sensibilidade que encontro em cada palavra ;)

    Boa semana!

    beijos!

    https://ludantasmusica.blogspot.com.br

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  57. As primeiras horas, os primeiros instantes como se tudo nascesse de novo, intacto e puro; as horas da inocência.

    Um abraço.

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  58. "E visto-me de branco..."
    Cada poema teu é como se também me vestisse de branco. Neste, o branco ainda é mais branco.
    Bjo

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  59. Gosto de a ver aqui neste poema.
    Primeira nascente
    Primeira paixão,doce Graça
    Adorei.
    Abraço e brisas doces **

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  60. I really like this poem. Thanks for sharing this interesting post. I really love it.

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