Albino Moura
Por trás de cada sombra
que resvala por novembro
descubro o espanto no meu rosto de criança.
O irmão no berço entre o choro e o sono.
O riso das irmãs.
Os tropeços na correria ao redor das árvores,
como se déssemos a volta ao mundo.
A mãe, o pai, para sempre.
O universo colado ao destino.
Os bichos-de-conta a rolarem no cimento
impelidos por nossos dedos.
As noites acolhendo os brinquedos de corda
na véspera das tardes mais longas.
O antecipado prazer de ouvir a voz materna
a chamar cada filha como se fosse a única.
Graça Pires
In: CONTINUUM: antologia poética. Pinturas de Luís Liberato, fotografias de Soledade Centeno. Braga: Poética, 2018, p. 122
A poesia da Graça esgota adjectivos...
ResponderEliminarAbraço
Maravilhoso poema ...Amei, obrigada
ResponderEliminarGélidos campos...
Beijo, e uma excelente semana!
Imagens, como que eternas, dos momentos mais sublimes que os sonhos mais doces podem projetar. O amor abundante da mãe que distribui tanta vida que um sonho dourado não é suficiente para para mostrar. Parabéns, Graça. Parabéns, mestra.
ResponderEliminarOlá:- Ilustre inspiração poética de que gostei muito.
ResponderEliminar.
Votos de um início de semana feliz
*** São os teus olhos o néctar ***
Memórias eternas...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Bonitas e saudosas imagens de infância...
ResponderEliminarUma boa semana!
Mais uma prova de que o passado é eterno e traz memórias inesquecíveis para sua inspiração, para nos dar novas versões de cenas da sua história pessoal. O poeta escreve de onde ele vem e de quem ele vem, certo?
ResponderEliminarVocé me encantou mais uma vez. Abraço grande.
Belíssimo...Obrigada pela partilha. Vou postá-lo no meu blogue
ResponderEliminarE são.
ResponderEliminarCada filha um nome e
um arco de horizonte e
a mãe a nomeá-las uma a uma
como se fossem únicas.
E são!
Poemas inconfundíveis
na multidão.
Cada uma um nome.
Mais um poema com um pedacinho de alma que se oferece numa poética personalizada, única, de filha e mãe poeta.
Bj.
Memórias que se eternizam. Lindo
ResponderEliminarUm dia seremos de novo crianças
ResponderEliminarnas tuas mãos
Bj
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarGosto tanto dos seus poemas que evocam a infância!
Este poema é muito belo e repleto de memórias que são uma ternura.
Um beijinho, minha Amiga e enorme Poeta.
Boa semana.
Ailime
Preciosa evocación y que llena de significado está nuestra infancia, la de todos... Está llena de luz y casi resplandece la imagen que la acompaña, preciosa. Un abrazo con todo mi afecto y admiración por el poema.
ResponderEliminarNos seremos sempre crianças ate morrer mesmo que a idade nao o mostre o que conta é o que nos sentimos adorei bjs
ResponderEliminarOs cheiros, primeiro; depois, os sons.
ResponderEliminarE a memória regista e guarda. E em dias mais longos,
ou momentos mais curtos, eis que surgem (mesmo por dentro)
num Poema sublime, com a infância a marcar ritmo.
Ainda reconheceríamos a voz da mãe ou os cheiros
que ela nos oferecia, quando nos beijava ou abraçava.
Ouvir o nosso nome (aquele que por amor escolheram), na boca da mãe,
e’ todo o mundo a chamar.
Gostei muito de olhar tão bela infância. E tão simples…
Um beijo, minha Amiga Graça. Uma óptima semana.
Não adormecem em mim os belos momentos de uma infância livre e alegre.
ResponderEliminarHoje esta criança que me embala pela vida, quando os adultos cismam em atrapalhar.
Linda inspiração querida amiga Graça e sua poesia sempre nos inspira.
Semana linda e alegre com aquela paz que criança sabe cultivar.
Beijo amiga.
Qué bonito, me ha encantado.
ResponderEliminarUn beso enorme.
Para nossos pais seremos sempre crianças,
ResponderEliminarminha mãe me trata hoje aos 43 anos, como se eu tivesse 20,
para ela sempre serei uma mocinha.
Lindo texto!
Beijinhos...
https://poemasdaminhalma.blogspot.com/
ResponderEliminarBom dia Graça!
Maravilhoso poema, como é bom recordar a infância... momentos que jamais se apagam!
Gostei imenso.
Beijinho.
Luisa
Belissimo poema que me trouxe recordações da infância e do meu encantamento com bichos-de-conta.
ResponderEliminarAbraço grandeeeee e feliz semana, linda
Excelente e belo poema minha amiga, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Graça,
ResponderEliminarSe alguém me pedir para citar uma alegria
na vida,
eu direi sem pestanejar que é ler poesia.
Pois em eleva alma, me conduz a calma
e me revela o melhor desse mundo.
Linda a que leio aqui e
linda a ilustração.
Bjins e obrigada querida.
CatiahoAlc.
Um regresso comovente e deslumbrado à infância, nas palavras inspiradas da Graça.
ResponderEliminarOnde sempre voltamos à procura do riso e do espanto, no antecipado prazer de ouvir a voz que nos chama como se fôssemos únicos. Para sempre.
Beijo.
Hello Graça,
ResponderEliminarSo pretty to write all these poetic words again. So nice.
And with a wonderful image above.
Big hug, Marco
lindo!
ResponderEliminarMe fez lembrar da minha mãe e das minhas irmãs... e meu pai.
Emocionantes memórias da infância onde tudo era inteiro e grandiosamente simples. Os risos, as brincadeiras, "a mãe, o pai, para sempre" e "a voz materna a chamar cada filha como se fosse a única."
ResponderEliminarMuito belo e comovente este poema e a imagem é maravilhosa.
Beijo.
Tão lindo!
ResponderEliminarE a infância nos nossos olhos e sentidos sempre.
Beijinhos.
Graça que lindo!!!
ResponderEliminarConfesso que fui trasportada para a minha infância num piscar de olhos!
Que riqueza estar aqui e apreciar essa dádiva!
Beijos com o meu carinho
Da infância vem por norma o nosso melhor, ainda que por vezes também o nosso pior!
ResponderEliminarNeste caso, da amiga Graça Pires, veio uma excelência poética capaz de, positivamente, emocionar!
Parabéns e obrigado
Bom resto de semana
Beijos
VB
Boa tarde, querida amiga Graça!
ResponderEliminarMinha infancia foi feliz, digo que só agora estou voltando aos leves tempos de alegria, na melhor das idades, querida.
Que sensibilidade encontro aqui em sua poesia e não me espanto, claro!
Bela imagem também!
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
💐🌸⚘🏵🌷🙏😘
Olá, Graça!
ResponderEliminarEste teu poema "Da Infância" busca no passado, com a delicadeza da talentosa poetisa que és, momentos vividos, que ficaram gravados na alma como que a premiar todos os valores que tens. Belíssimo poema, minha amiga.
Beijo.
Pedro
"... Os tropeços na correria ao redor das árvores,
ResponderEliminarcomo se déssemos a volta ao mundo...", que bonito. Eu não costumo pensar muito na infância, embora eu tenha gostado muito dela, penso mais no futuro. Para mim o passado nem sempre é matéria de inspiração, mas gosto de ver quando isso acontece, e de maneira bem escrita, com outras pessoas. Um abraço, Graça, sempre agradável poder te ler.
Bonitas lembranças em versos...
ResponderEliminarO meu abraço... Obrigada pelo carinho no Fragmentos Poéticos...
Que bem estão poetizadas memórias da sua infância!
ResponderEliminarTempos de muito conforto, de muito e doce amor...
Um poema maravilhoso.
Terno abraço, Poeta Amiga.
~~~
Que lindo, amiga Graça! Como não voltar à infância com essas recordações?
ResponderEliminarVocê diz numa frase o que, quando crianças, não passa pela nossa cabeça a tal perda... e como doeu!
A mãe, o pai, para sempre.
Então crescemos e passamos a conhecer a vida como ela é, boa, por vezes, e dramática por outras. Belíssimo.
Beijo, querida amiga.
Bom dia, a infância deixa-nos marcas inesquecíveis para toda a vida, momento que ficaram gravados na memoria, o belo poema faz-me recuar no tempo, certamente que não fui só eu, que ao ler o mesmo, recuou no temo.
ResponderEliminarAG
Em criança tudo nos parece grande, eterno - para sempre.
ResponderEliminarO nosso mundo é gigante no tempo e nos afetos.
Um abraço para si, Graça!
Beijinho.
vozes que habitam a alma da poeta
ResponderEliminare clamam na cálida evocação das divindades dos "lares"
gostei muito, Graça
beijo
A harmonia dessa linguagem para recuperar a beleza da infância. Vozes que não se calam... e o modo de dizê-las nos encantam. Parabéns, Graça mais uma vez.
ResponderEliminarUm beijo,
Querida Graça, já disse e repito «és uma poeta de mão cheia»!
ResponderEliminarEste teu magnífico poema encanta e conforta ao relembrar a doçura da infância.
Já foi, não é?!
Beijo, querida amiga.
Boa noite querida Graça
ResponderEliminarComo são belos os seus poemas. Voltar a infância é tão bom. Nós da um prazer de relembrar. Lindo final de semana . Abraços.
Da infância, restam-nos as memórias de situações irrepetíveis.
ResponderEliminarMagnífico poema, como sempre.
Graça, um bom fim de semana.
Beijo.
Queridos amigos leitores,
ResponderEliminaré com todo o carinho que vos convidamos a ler o capítulo 5 do nosso conto escrito a várias mãos "Ecos de Mentes". Que esta semana chegou pela mão do Albino Pereira, interpretando a personagem Matilde.
Votos de excelente fim-de-semana!
Saudações literárias
Da infância não se apagará nem mesmo os cheiros.O perfume da mãe então, carregado dos sentido dos do ser mãe, esse jamais.Belíssimo poema que traduz a sensibilidade e o talento da poeta.Maravilhoso Graça.
ResponderEliminarAh que lindo poema sobre a velha nostalgia!
ResponderEliminarBeijinho amigo
Querida Graça,
ResponderEliminarresvalas pela infância em poesia plena.
Na alegria e no valor de cada momento.
E na voz que chama.
Que apego, que libertação!
Beijo meu.
A INFÂNCIA, essa abóbada doce e envolvente do passado a firmar os alicerces da coerência presente para que o futuro seja possível. A reconfortante memória da ambiência familiar, cujas triangulações equilibraram as relações que tornaram possíveis as emoções sadiamente partilhadas. O convívio fraternal da constelação familiar que a presença segura e equilibradora do pai, à qual se alia a "rêverie" da mãe... a relação modelar de ambos... Como é bom ter memórias gratificantes.
ResponderEliminarBonito poema, este, Graça!
Um abraço.
you took me back to my childhood dear Grace!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarthis brought tears in my eyes
rebuilt my past front of my eyes and i could see the mother calling me as i was the only one
you are outstanding my friend!
Bela poesia. Estarei acompanhando o blog agora.
ResponderEliminarBom restante de semana!
Jovem Jornalista
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O blog está em HIATUS DE VERÃO até o dia 23 de fevereiro, mas comentarei nos blog amigos nesse período.
Até mais, Emerson Garcia
Um lindíssimo momento poético... que nos devolve por momentos... ao nosso universo de crianças...
ResponderEliminarA poesia... é pois uma fabulosa forma de nos fazer viajar no tempo...
Mais um trabalho notável, Graça, que muito apreciei!
Beijinho!
Ana
Mestra, Graça Pires !
ResponderEliminarNossa, que narração poética admirável !
Visualizei ponto por ponto...
Parabéns, com o meu carinho, aqui do
Brasil !
Sinval.
Beautiful work. Thanks for sharing
ResponderEliminarhttps://47biz.com
Que lindo, Graça!
ResponderEliminarChorei como se fosse minha própria história, entre as árvores do meu quintal de infância, com meus pais e minha mãe também chamando os 4 nomes nossos, as meninas... Essa semana do meu aniversário estou chorosa, meus pais vieram aqui em casa juntos pela primeira vez! Meu pai veio sozinho no Ano Novo, tocou violão com Gabriel...
Beijos, querida, vim fazer uma visita rápida.