Robert Coombs
Queria prender no cabelo uma haste de sol ou um pássaro,
mas ninguém retirou as trepadeiras secas
para que a hora de verão retocasse a cal
dos muros sulcados pela chuva.
Ninguém indagou o brilho deslumbrado do olhar
quando o golpe da noite desafiava o vulto dos corpos.
Apenas o azul silencioso dos cumes
se abrigou no regaço onde as meninas
escondem o abraço das mães
para que o mel regresse às colmeias silvestres.
Graça Pires
De Uma vara de medir o sol, 2018, p. 24
Bom dia Amiga Graça Pires. Parabéns pelo majestoso poema. Adorei. Obrigada pela partilha:))
ResponderEliminarHoje:- Sou tudo, sou nada. Sou o coração vadio.
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
Excelente e belo poema, gostei e aproveito para desejar uma boa semana.
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Tanta doçura em versos.LINDO! beijos, ótima semana,chica
ResponderEliminarlinda!
ResponderEliminar
ResponderEliminarAs meninas e as mães, o azul silencioso
e o mel nas colmeias silvestres. Senti
um afago no coração, querida Graça, perante
a harmonia e doçura que essas palavras me
trazem. Praza a Deus que nada nem ninguém
ofusque o brilho desse quadro.
Beijinhos
Olinda
Poema tão bonito. Amei!!
ResponderEliminar*
Silenciadas ilusões
Beijo e uma excelente semana.
Sol, carinho, dia tranquilo e cheio de tudo...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Qué beleza Graça, poema inspirado, amiga, iluminado, eu diria.
ResponderEliminarA imagem de Coombs me traz a nostalgia de outros tempos de caminhar procurando o destino por tantos sonhos e caminhos...
Amei a sua poesia mais uma vez. Abraço grande. Muito grande.
Poema carregado em delicadeza Graça. Fruto da sensibilidade.
ResponderEliminarE um girassol orna os cabelos da menina no colo da mãe.
Belíssimo amiga.
Uma semana abençoada com poesia.
Beijo amiga.
Gosto de ler-te, Graça!
ResponderEliminarRepito o que me dizes sempre. Ler-te é reaprender que é tempo de esperar "que a hora de verão retoque a cal dos muros sulcados pela chuva"; que é tempo de esperar "que o mel regresse às colmeias silvestres; e acrescento que é tempo de esperar para reaprender a conjugar o verbo amar como o fazes em cada poema, mostrando o rastro de esperança que o homem que precisa reencontrar.
Beijo, minha querida amiga!
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarTão belo este poema, repleto da beleza e sensibilidade que caracterizam a sua poesia.
Gostei imenso.
Um beijinho, minha Amiga e enorme Poeta.
Desejo-lhe uma boa semana.
Ailime
Inspirado e inspirador. O amor bem ao alto, minha amiga!
ResponderEliminarUm poema azul.
Beijos.
Toda una bella inspiración poética, gracias.
ResponderEliminarAbrazo
Lindo lindo parabens bjs
ResponderEliminarA gente sempre quer o que por vezes se mostra tão incessível.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Para mi es una delicia leer un poema sobre la mujer
ResponderEliminarMe ha encantado el poema porque está lleno de emoción sobre la nimiedad de un deseo no cumplido. Precioso. Un abrazo.
ResponderEliminarLindo... muitos parabéns, gostei muito, das palavras e do sentimento
ResponderEliminar"Queria prender no cabelo
ResponderEliminaruma haste de sol ou um pássaro"
Graça, que lindo é este teu poema.
NUNCA deixes de escrever. O teu poetizar é brilhante!
Beijo e boa semana, querida amiga.
Boa Noite de paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarMuito lindo!
Sua suavidade me encanta...
Que o azul sempre encontre o recôndito do seu lindo 💙!
O regaço acolhedor seja um ninho para o Amor a se repartir.
Tenha uma Noite serena e feliz!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
😘😘😘
Como sempre escreves por gestos
ResponderEliminarBj meu
Quanta delicadeza nas palavras...
ResponderEliminarImpossível não encantar!
Um abraço carinhoso querida Poetisa!
E é esse mel que tudo adoça...
ResponderEliminarBjo.
Boa terça-feira!
Um milagre acontece cada vez que te leio. Tão suave e ao mesmo tempo determinante, sublimando a vida.Parabéns Graça . Um abraço.
ResponderEliminarMais uma paisagem física, ou psicológica, deslumbrante, pintada pela mão certa da Poeta. Com o propósito de nos deixar maravilhados a divagar num imaginário ímpar.
ResponderEliminarBeijo, Amiga Graça Pires.
O embaraço dos cabelos
ou a surpresa da inocência?
quebrada
daí o pretexto.
Daí o segredo dos abraços.
Daí o mel.
Inclino-me para os cumes
azuis rosmaninho
Não tardam...
Hello Graça,
ResponderEliminarWhat a great words you've write again. Wonderful/
Nice image above!!
Best regards,
Marco
Caros amigos leitores!
ResponderEliminarAgradecendo as vossas visitas, convidamos-vos hoje a ler o capítulo 8 do nosso conto escrito a várias mãos "Ecos de Mentes". Esta semana pela mão da Fernanda Simões, interpretando Sebastião.
https://contospartilhados.blogspot.com/2019/02/ecos-de-mentes-capitulo-8.html
Com votos de uma excelente semana,
saudações literárias!
A menina não terá prendido a «haste de sol» no cabelo...
ResponderEliminarE chegou o ocaso tardio, hora de regressar ao caloroso
lar e ao puro e dulcíssimo carinho maternal.
Um texto de grande sensibilidade e subtileza poética.
Para si, Poeta, dias maravilhosos.
Beijinho, querida Amiga..
~~~~
Maravilhosa poeta Graça,
ResponderEliminarPoema cheio de sensibilidade, e maravilhoso.
Lê-lo traz a primavera para meu coração.
Obrigada por compartilhar. Beijinhos,
Léah
Um poema sublime, obrigado por este tão belo momento poético.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Um bonito e profundo poema...
ResponderEliminarAs surpresas, as perplexidades, as inseguranças e incertezas a tecer os medos ansiosos de que se insinua, afinal, a vida; mas esta é também o mel que a adoça (ou não).
ResponderEliminarMais um excelente poema, minha amiga.
Beijos.
E é sempre bom e frutífero que queiramos mais mundo também dentro em nós, pois gente que se abre para o novo - e até para o que às vezes aparenta ser inalcançável - expande mais a sua alma. Sinta-se abraçada através dessas palavras como eu às vezes me sinto através das tuas, Graça, um beijo.
ResponderEliminarBom dia, linda partilha poética em sintonia com a bela imagem.
ResponderEliminarAG
Um poema lindíssimo e profundo, cheio de entrelinhas e metáforas lindas
ResponderEliminarAdorei ❤️
Beijinho
Magistral e deslumbrante poema.
ResponderEliminar.
*** Mulher: O suor da doce envolvência. ***
Graça Pires sempre com metáforas e sempre bem conseguido poema, além que gosto e admiro o estilo de poesia.
ResponderEliminarBeijos
Olá Graça!
ResponderEliminarUm belíssimo poema, como sempre.
Gostei muitíssimo.
Beijinho.
Luisa
Além de ler os teus livros , sempre volto com a curiosidade da surpresa . E surpreendes sempre tanto com a tua doçura que te procura para adoçar o poema !
ResponderEliminarObrigada minha amiga
Terno abraço
Muito linda as metáforas usadas, e a imagem acima está bela, querida Graça.
ResponderEliminarConjunto perfeito!
Um bom restinho de semana.
Beijo, minha amiga.
Brilhante, como sempre.
ResponderEliminarEssa "Vara de medir o sol" é inesgotável... o que é bom...
Graça, continuação de boa semana.
Beijo.
Que bela obra de arte única, Graça.
ResponderEliminarO título, a imagem escolhida e o poema é o
voo das palavras no máximo desta arte poesia!...
"Onde as meninas escondem o abraço das mães para que o
mel regresse às colmeias silvestres."
A perfeição alcançada na expressividade poética sobre o
valor das mães neste afeto doado e no ensinamento da
arte de ser mulher...
Um beijo, Graça.
poema onde a Poeta descarrega toda a sua sensibilidade e delicadeza de palavras poéticas
ResponderEliminarcomo era bom que todas as meninas tivessem sempre o abraço e o colo das mães...
muito belo
beijinhos
:)
"Queria prender no cabelo
ResponderEliminaruma haste de sol (ou um pássaro)" - "reconcilias-me" com as metáforas assim a penderem
de uma haste de sol.
muito belo, Graça
beijo
Muitos parabéns, obrigada pela partilha, adorei.
ResponderEliminarTambém nós ansiamos pelo regresso do mel às colmeias silvestres.
ResponderEliminarE nos abrigamos no regaço da poesia sensível e encantatória da Graça.
Beijo.
O tempo passa, tudo muda e, se pararmos para pensar, vamos com certeza recordar os anos em que corriams livremente pelas estradas da aldeia, pelos campos floridos e tudo servia para enfeitarmos os cabelos compridos. E como era bom retornar a casa e ter o consolo do regaço da mãe que nos afagava carinhosamente, tirando os pequenos galhinhos que ficaram presos nos fios longos e emaranhados pela brincadeira. Voltei atrás, inevitavelmente,
ResponderEliminare revi-me nesse quadro, com palavras sublimes aqui pintado, com umas saudades tremendas desse regaço, um regaço que agora precisa de colo, precisa que a deixem pousar , num regaço sedoso, os seus calelos agora curtos, mais rarinhos, mas bem cuidados, como sempre gostou de os ter. Mas, há muito que as trepadeiras secaram na casa dela e que também foi minha, os invernos rigorosos tiraram a cor às paredes que tristes permanecem em pé, já sem esperanças de que a vida volte àquele lugar. Mas uma coisa me consola, amiga, a trepadeira secou, as paredes escureceram, mas o regaço continua à minha espera, lá naquela nova casinha, do outro lado do Atlântico, onde as orquideas florescem na paredinha branca da varanda fazendo a alegria daquele colo que me quer aconchegar e que anseia pelo meu para nele também repousar. E assim, amiga, são os tempos, tempos em que recebemos colo, outos em que precisamos e devemos retribuir o colo, se possivel com mais carinho. E assim, também, Graça, de novo me alonguei, de novo deixei que, depois de ler esta ternura, o meu coração divagasse. Talvez deva pedir-te desculpas, mas...não sei, creio que não. Será dificil para mim parar o meu coração quando ele decide abrir-se. Parabéns, amiga! Um beijinho e bom fim de semana
Emilia
Pois é, querida amiga Graça, aqui neste simpático espaço encontro sempre a Poesia tratada com o carinho e o talento que tens, como vemos nesses belos versos do seu delicado poema:
ResponderEliminar"Ninguém indagou o brilho deslumbrado do olhar
quando o golpe da noite desafiava o vulto dos corpos."
Um excelente final de semana com alegria e paz.
Beijo.
Pedro
Há lugares outrora belos que se foram degradando pelo abandono humano. Este poema invoca, por meio de metáforas delicadas, mas sublimes, a tristeza desse abandono.
ResponderEliminar"Apenas o azul silencioso dos cumes / se abrigou no regaço onde as meninas / escondem o abraço das mães / para que o mel regresse às colmeias silvestres."
A imagem também é maravilhosa.
Beijo.
Com tanta beleza e doçura... apetece pousar a cabeça mo regaço e... descansar!
ResponderEliminarLINDO!
Estou muito grata pela presença na festa de Aniversário do meu “pimpolho”. Ele gostou muito de a ver lá… 😘
Obrigada!
Desejo bom Fim-de-semana
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Boa noite querida Graça
ResponderEliminarUma imagem bem delicada e bela. Amei a poesia. Feliz domingo e semana. Beijos.
Estava com saudade da tua poesia. Logo, estou aqui.
ResponderEliminarLinda e delicada poesia. Excelente!
Beijinhos.
Querida Mestra, Escritora/Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarVisualizei a cena, por ti, descrita.
É linda !
Parabéns pelo belo texto.
Um fraterno abraço, aqui do Brasil, e um feliz
domingo.
Sinval.
Graça
ResponderEliminarQue coisa mais gostoso ler
esses versos tão delicados!
Bjins de encantamento
CatiahoAlc.
Belo poema!
ResponderEliminarBelíssimo poema! Gosto sempre tanto das suas palavras, em frase sempre tão bem desenhadas!
ResponderEliminarNão consigo comentar melhor, tal é a luz que emite! Gosto mesmo muito!
Boa semana, amiga!
beijos.
na mesma orla,
ResponderEliminaronde o mar acalma
a dissipar sombras
ou nos longínquos montes,
a expandir sonhos,
há um olhar poético
fixo na beleza.
(e a poeta colhe, tanto o cantar suave dum pássaro, como a cor seca dum raio de sol)
mais um belíssimo poema, Graça.
um beijo, minha amiga.
Very nice and lovely blog. I like your blog
ResponderEliminarhttps://47biz.com
Maravilhosa inspiração... que parece conter a essência primordial da vida, do entusiasmo, da esperança, do encanto... já se respira Primavera, por aqui!...
ResponderEliminarMaravilhoso... como sempre, Graça! Parabéns!
Beijinhos
Ana
em breve a hora de verão e um pássaro a desprender cabelos
ResponderEliminarmuito belo este poema
um beijo, Graça