Josef koudelka
Do lado distante das noites, a lua acesa
sobre os muros ilumina o rosto daqueles
que sempre entenderam o trajecto
escolhido pelos pássaros e pelos rios
e pelos amigos que nunca voltaram.
Os dias foram cerzindo em seu olhar
o caminho esquecido das mais antigas dores,
onde guardam agora o destino de suas mãos
declinadas sobre as estacas.
Graça Pires
De Uma vara de medir o sol, 2018, p. 30
A dor de não conseguir "mudar o destino"...
ResponderEliminarabraço Graça
Bom dia, o trajecto da liberdade é o mesmo dos rios e a dos pássaros, nem sempre foi conseguida por aqueles que ficaram presos em estacas, adorei o poema.
ResponderEliminarAG
Tela que condiz exatamente com os versos profundos, intensos! Linda semana! beijos, ótima semana,chica
ResponderEliminarMAGNÍFICO poema, querida Graça!
ResponderEliminarE mais não digo amiga, porque não sei que outras palavras usar para qualificar tamanha sabedoria poética.
Imagem perfeita!
Beijo, boa semana.
A saudade... sempre presente no olhar....
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Que poema lindo. Adorei. Obrigada pela partilha:))
ResponderEliminarHoje :- Abri a janela e deixei os sonhos entrar.
Bjos
Votos de uma óptimo Segunda - Feira.
Excelente poema muito bem ilustrado por uma magnifica fotografia.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Respeitável Escritora/Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarMais um belíssimo trecho de um texto que, completo, deve ser fascinante...
Parabéns, Amiga !
Uma ótima semana e um fraternal abraço, aqui
do Brasil.
Sinval.
bonito mas ao mesmo tempo triste ao ver a foto gostei mt bjs
ResponderEliminarJosef koudelka é um fotógrafo fantástico e esta imagem B&W – como não poderia deixar de ser - da Irlanda, retrata uma época de fome e emigração.
ResponderEliminarO poema parece extraído daí - e não o contrário -, e está na exacta medida do drama ali patente.
Belíssimo poema, minha Amiga Graça.
Os caminhos da liberdade são sinuosos.
Uma boa semana, com um beijo.
Impecáveis descritivos versos, nítidos sensibles traços de uma imagem
ResponderEliminar"daqueles que sempre entenderam o trajecto
escolhido pelos pássaros e pelos rios
e pelos amigos que nunca voltaram..."
Qué sonora beleza melancólica atinge a sua poesia, Graça.
Abraço mais uma vez admirado, Poeta!
Belissimo poema, Amiga, belissimo mesmo e com perfeita combinação de foto.
ResponderEliminarForte abraço, feliz semana
Um poema duro, que lembram as dores que ficam.
ResponderEliminarE duram.
Uma foto a condizer.
beijinhos minha amiga Graça
:)
Olá Graça
ResponderEliminarLindo poema, bjs querida e uma ótima tarde.
A dor que nos projecta para todos os amanhãs
ResponderEliminarUn poema doloroso, pero necesario.
ResponderEliminarAbrazo
Não sei, julgo que existe em alguns homens certo entendimento natural do mundo. Este seu poema lembrou-me em simultâneo dois poemas conhecidos de Eugénio de Andrade, aquele em que diz à mãe que vai com os pássaros porque já não é a criança da moldura e também ele, sem que o diga, entende o caminho dos pássaros; e o outro sobre os amigos e aquele seu desprendimento, "os amigos amei despido de ternura fatigada/ uns iam, outros vinham/ a nenhum perguntava porque partia porque ficava". Esses homens de que a graça fala têm o mesmo timbre do que sentia Eugénio.
ResponderEliminarParece-me. É sempre um prazer lê-la.
Como belíssimas imagens revelam a perplexidade do poeta diante das dores do homem. Por mais paradoxal que seja, é a beleza do poema ao expressar uma "dura realidade". E as duras realidades também têm sua beleza, esta é a função do poeta apreendê-las. Belíssimo poema!
ResponderEliminarUm beijo, Graça! E uma produtiva semana!
La mente humana es capaz de dar por verdadero aquello que solo es imaginación
ResponderEliminarBom dia Graça,
ResponderEliminarUm poema belíssimo, em que as emoções à flor da pele se projetam pelo tempo, ainda que entremeadas pela espera no cannsaco das mãos que sucumbem ao peso das dores.
Um beijinho, minha amiga e enorme Poeta. Boa semana.
Ailime
Hello Graça,
ResponderEliminarImpressive words. So pretty to do.
A nice image which past perfect.
Big kiss, Marco
Perpassa a dor em tocantes trilhos de pássaros, rios e … amigos que nunca voltaram.
ResponderEliminarAs imagens traduzem-te a palavra.
Tão belo e intenso, amiga Graça!
Beijos.
homens vergados na dor. e sem voz, ou voz embargada
ResponderEliminarque teu belo e sensivel poema se faz eco...
... e remissão!
também nessa dor funda a Poesia se cumpre!
beijo, Poeta e minha amiga Graça
Mais um maravilhoso poema!!
ResponderEliminarHoje, passo a palavra aos meus leitores ...
.
Momentos...
Beijo e um excelente dia!
Belo poema, querida amiga!
ResponderEliminarÉ doloroso ver essa foto e milhões mais! Dá trabalho viver...as dores para muitos são incontáveis.
Beijo, uma boa semana!
ResponderEliminarQuerida Graça
Palavras profundas que nos trazem ecos de dores que fizeram
o seu caminho no coração dos homens. E ponho-me a pensar
nesses trajectos percorridos e no muito que foi necessário
sublimar para que nascessem e nasçam novas flores nos nossos
jardins.
Bjs
Olinda
Forte, reflexivo e bonito!!!
ResponderEliminarFoto e versos que exprimem muitas sensações...
Boa terça-feira, querida Graça...
Abç
Boa noite de paz serena, querida amiga Graça!
ResponderEliminarDe repente, bati os olhos na imagem e li seu poema e me veio retratada a dor do imigrantes e as mortes inúmeras que têm havido nos mares da vida. Imgino a dor dos familiares que ficam do lado de lá...
Assim o vi, foi um prisma que me tocou.
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Poema e imagem... num todo perfeito, e impressionante, Graça!
ResponderEliminarA vida... por vezes, tem este modo de ser... extremamente dura para alguns...
Maravilhosa inspiração, que foi ao cerne da questão... verbalizando um estado de alma... que tantos trazem consigo... bem vincado na alma... e nas suas faces...
Dores... que também este novo fenómeno das migrações, vieram fazer eclodir... um pouco por todo o lado!
Belo e tocante, como sempre, Graça!
Beijinho! Votos de continuação de uma óptima semana!
Ana
Das estacas se destaca a sua mobilidade inerte, já que respondem pelo destino que as elegeu como suporte daqueles que, tal como os pássaros e o rios, seguiram o seu caminho, mas são abençoados pela palidez do luar, essa luz última na noite dos seus dias.
ResponderEliminarNão sei se cheguei lá, amiga Graça. Gostei muito do poema.
Um abraço.
Também para o Parlamento europeu
ResponderEliminarhá quem percorra o caminho das pedras
Excelente poema como sempre
Bj
Palavras sentidas num poema sublime.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Das vidas duras, um passado português que ainda se vê quando se sai das grandes cidades. Estive uns dias fora e lá estavam eles, ainda, nas serras, em casas que ainda são casebres. Mas ainda há, quando passamos, um gesto, um bom dia, um bem-haja. Faz sentirmo-nos humanos.
ResponderEliminarUm lindo poema!
Comovente poema, amiga! A maldade humana é uma excrescência do animal, mas nem os irracionais são capazes de chegar à irracionalidade humana - Deus tenha misericórdia, porque não sabem o que fazem, mesmo! Grande abraço! Laerte.
ResponderEliminarE.T. O que diz a sociedade portuguesa e o que acha você, em particular, sobre o Prêmio Camões ser guindado a um compositor de música popular brasileira com três livros escritos? Gratidão! Laerte.
Magnífico poema, como sempre.
ResponderEliminarCom uma foto muito bem escolhida.
Graça, um bom resto de semana.
Beijo.
Graça,
ResponderEliminarNem consigo analisar a
dor dos seres, mas
acho lindo a poesia
amenizando e harmonizando.
Bjins
CatiahoAlc.
A imagem é forte e o poema abre margens, ao menos para mim abriu, para muitas possibilidades de interpretações, labiríntico, quase. Um abraço, Graça, espero que tu estejas bem.
ResponderEliminarLindo poema como tudo o que escreve Graça. Muito obrigada pelas visitas ao meu café.Vou partilhar o poema e a fotografia no meu Facebook.
ResponderEliminarUm beijo
Maria Isabel Quental
Entendemos, e deslumbra-nos, o trajecto escolhido pelos pássaros, pelos rios, pelos amigos que nunca voltaram.
ResponderEliminarFica no entanto a dor de não ser pássaro, de não ser rio, de não voltar a abraçar um amigo que partiu.
Este belo e comovente poema da Graça está magnificamente ilustrado pela fotografia que acompanha as palavras da poeta.
Beijo.
A vida trágica de tantos seres humanos obrigados a deixar o país onde viviam para fugir da guerra e da fome. Tanta crueldade em nome do poder e da ganância de alguns.
ResponderEliminarSão os que não têm voz e seguem "o trajecto escolhido pelos pássaros e pelos rios e pelos amigos que nunca voltam".
Um poema muito emocionante e forte, tal como a fotografia que o ilustra.
Beijo.
teresa p.
Boa tarde querida amiga
ResponderEliminarUm poema magnífico onde descreve a dura realidade e da incerteza da vida. Feliz final de semana. Abraços.
Poema maravilhoso como sempre, bem no fio da navalha. Beijinhos
ResponderEliminarQue poema maravilhoso!
ResponderEliminarOi, amiga!
ResponderEliminarTão dolorido esse poema hoje, e essa fotografia... sonhei com meu pai.
Tudo o que você escreve me toca. Obrigada.
Beijo
Em nosso mundo cheio do problemas uma pessoa pensa e pensa e pensa muito, muito, muito e muito! Por que nosso povo e atolado na merda agora? Por que pessoas dignas nao ajuda a nosso povo?
ResponderEliminarÉ curioso como um ingrediente tem muito, muito sabor com no rosto de meu pai desempregado agora em portugal. Sim, muitos, muitos desempregados agora, muitas sopas dos pobres tambem. Muita trsiteza em nosso povo tugalandia agora. Que pensam nossas pessoas agora?
Eu me pergunto, quanto custa esta liberdade,
ResponderEliminaresta felicidade, que não vem ondas mansas Graça?
Uma imagem que choca e nos leva à reflexão
Seu poema diz tudo amiga.
Beijo
As dores das partidas, das ausências, das saudades, que nos ficam nas mãos fatigadas das perdas.
ResponderEliminarBeijinho.
Momentos de oração no alto da montanha...
ResponderEliminarHá sempre na memória gente querida que partiu.
Gostei, estimada Amiga.
Beijos.
~~~
Julgo ter comentado este magnífico poema, Graça Pires. Voltei, hoje, e discorro ao sabor do momento.
ResponderEliminarOnde estão as minhas mãos cortadas
nos gélidos ventos dos dorsos alcantilados da vida?
Esvairam-se das noites mal dormidas?
Afaguei as linhas postas em paralelo
nas horas e dias sem descanso
mas de tão leve que fiz nem sei
o gelo não se impressionou
Agora encosto-me à vara
que me vai medir
Um beijo, grato, Amiga Graça.
Olá amiga!
ResponderEliminarPassando para apreciar sua maravilhosa postagem e desejar-lhe um final de semana com muita saúde, paz, amor e felicidade.Belíssima poesia! Parabéns! Abraços da família RH.