Andrey Vahrushew
À minha mãe com amor, in memoriam
Tenho um caule de sangue
espetado na garganta
e os dedos tremem-me demasiado.
Vestida de negro, repouso
sob a árvore mais frondosa
com as nervuras das folhas
a sulcar-me a carne.
A voz declinante do tempo
envolve, imprecisa,
a ondulação intensa nos meus olhos.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015, p. 44
Que o tempo permita a estas belas palavras o significado das boas memórias pensadas com tranquilidade e amor
ResponderEliminarLinda poesia e grande a saudade! bjs praianos,chica
ResponderEliminarUm poema lindíssimo! Parabéns e obrigada pela partilha!:)
ResponderEliminar-
Bodas de Rubi ou de Esmeralda .
Beijo e uma excelente semana! :)
A voz do Tempo... uma voz que se ouve... em dias de tempestade, em dias de Sol...
ResponderEliminarPorque vence-nos....
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Lindo poema amiga. Queria eu também repousar embaixo de uma frondosa árvore, como já deve saber...
ResponderEliminarE se leu meu e-mail de ontem, já deve saber da novidade.
Um beijo
Que o tempo seja sempre seu maior aliado na composição de lindas e exuberantes poesias
ResponderEliminarTenha um dia maravilhoso e especial amiga Graça
Beijinhos poéticos
Doces palavras. Mas o encanto aí se encontra. Na doçura do mel.
ResponderEliminarUm beijinho repleto de luz.
Não tem a voz declinante, ainda bem. Mais um lindo poema!
ResponderEliminarmt bonito as palavras sao mt prefundas com mt sentimento mt bonito bjs
ResponderEliminarImpossível não sentir identificação e respeito por esses sentidos versos. Você conseguiu colocar em palavras o que para muitos é apenas um intento. Este poema trascende o tempo.
ResponderEliminarAbraço admirado amiga!
Uma ligação ao Tempo e ao Espaço, desprende-se,
ResponderEliminarintensamente, das tuas palavras, minha Amiga.
A homenagem 'a memoria sente-se em cada palavra
deste belo Poema. E e' carne, corpo e sentimento
[...]..."a ondulação intensa nos meus olhos."
Um beijo, Graça, e uma boa semana.
Bem-hajas!
Boa noite de paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarIntensidade de vida percebo aqui... Um dar tudo o que a vida requer.
Que nossa vida seja frondosa e na emulsão dos sentimentos possamos repousar serenas.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Penso que esse é um poema para quem entende a vida e aceita humildemente a morte, como uma renovação de tudo. Dolorosamente lindo, porque o belo nem sempre são flores, mas estações do tempo que corre em nossas veias.Gostei!
ResponderEliminarÓtima semana.
Imagens fortes, num conjunto muito belo.
ResponderEliminarBeijinhos, querida Amiga.
~~~~
Eu tenho amigos de tudo o que é tipo,
ResponderEliminarinclusive você, Graça, tão doce nos
comentários e tão generosa dando voz
aos gritos do tempo.
Um beijo.
A voz declinante do tempo!
ResponderEliminarComo saber do tempo se foi tanto
O ondular do mar aguou-lhe
os olhos para a eternidade
Que sentido sinal que se ouviu
longe como sinos dobrados
a estremecer os corações
Uma poética em que as palavras transportam em si sentimentos
Um beijo grato, Amiga Graça Pires.
A voz declinante do tempo não apaga a intensidade da memória daqueles que mais amámos. E continuamos a amar. Beijo, Graça.
ResponderEliminarAs lembranças clareiam os caminhos da vida. AbraçO
ResponderEliminarQue poema tão sentido!
ResponderEliminarA mim as árvores transmitem tranquilidade, alento e sabedoria!
Beijinhos
O tempo retemperado pela memória da consanguinidade mais afecta à extensão de quem somos.
ResponderEliminarUm belo poema de re-ligação ao nosso originário ponto de partida - a nossa mãe.
Um abraço
Só quem já amou sabe.
ResponderEliminarLindo e pungente!
O lento rio das lembranças refaz o curso da vida. Quanto ouro se esconde nas palavras, nas imagens, nas histórias e memórias!.
ResponderEliminarUm beijo, minha Graça!
Lembranças eternas. Excelente poema.
ResponderEliminarBoa semana
Comovente e muito belo. E, também, bastante inesperado pores a tua mãe a falar. É porque os que queremos continuam connosco.
ResponderEliminarParabéns, Graça.
Terno abraço.
É... a tua claridade quase que cega...
ResponderEliminarabraço Graça
Como eu costumo dizer: nada é, tudo está: existir é transmutar. Árvores e mães têm mais a ver do que muitos possam crer, são delas as raízes, antes de tudo. Gostei da homenagem, não há pieguice, há apenas matéria para poesia singular. Um beijo.
ResponderEliminarAdorei Graça. Sempre me comove.
ResponderEliminarhttps://primeirolimao.blogspot.com/
Beijinhos,
Vanessa Casais
As mães, quando amadas, são imortais. Mas como e quanto nos sobe no desejo a falta do seu ser mortal.
ResponderEliminarLembranças e saudades em grande relevo... Poema que nasceu do fundo da alma!
ResponderEliminarUm abraço, Graça...
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo e profundo em que os sentimentos feitos saudade falam mais alto na voz da Poeta.
Uma sublime homenagem a sua saudosa mãezinha.
Um beijinho minha Amiga e Enorme Poeta.
Ailime
Querida amiga Graça
ResponderEliminarNeste ano de 2020 quero alinhavar no meu blog Sonhos e Poesia um projeto intitulado "Café Poético" onde no último dia de cada mês será apresentado na minha página uma pérola poética de sua autoria à sua escolha para que possa ser apreciado pelos nossos amigos e amigas leitores. Maiores informações no meu blog. Passe por lá, leia a postagem e sinta-se à vontade para aceitar ou recusar o convite
Beijinhos
Querida Mwstra, Graça Pires !
ResponderEliminarQuantas emoções a fervilhar na alma desse ser,
comprovando, porém, estar vivo !
Parabéns !
Muito grato por partilhar e um fraternal abraço,
aqui do Brasil !
Sinval.
somos carne de sua carne - as Mães!
ResponderEliminarmuito belo teu Poema, Graça!
assim vestido de negro.
Beijo, Poeta
e querida Amiga
powerful feeling of solitude when contemplation take place deeply and ripple of so many thoughts and memories rises to hit our heart softly
ResponderEliminarstem of blood in throat seems dam to be broken and shed water inevitably
release is serene feeling to encounter after quite flood :)
thank you so much for sublime sharing always :)
hugs
Emocionante este poema de dor e saudade. A mãe estará sempre presente nos nossos corações.
ResponderEliminarBeijo.
Teresa p.
Graça,
ResponderEliminarQue lindo e intensos versos.
Eu li e calei,
agora vou reler pra guardar
bem guardado enquanto suspiro.
Bjins de 5a feira,
CatiahoAlc./Reflexod'Alma
entre sonhos e delírios
Quanta harmonia e sensibilidade! A cada vez que passo por aqui, volto encantada. AbraçO!
ResponderEliminarProfundo e intenso... Quando se sente acolhido, à beira de uma árvore, conversando com o universo e recebendo energia da boa.
ResponderEliminarBjos
“A voz declinante do tempo
ResponderEliminarenvolve, imprecisa,
a ondulação intensa nos meus olhos.”
Os versos que encerram este teu belo poema, querida amiga. Uma beleza!
Uma boa continuação de semana, Graça.
Um beijo.
Pedro
As mães vivem para sempre no nosso sangue.
ResponderEliminarDepois, nós viveremos no dos nossos filhos, etc., etc...
Um poema excelente.
Amiga Graça, um bom fim de semana.
Beijo.
É, minha querida amiga .
ResponderEliminarEssa sensação de farpa que nos dói de cada vez que tentamos engolir a solidão , é um manto que nos cobre com a sombra que nos falta .
Tentemos libertar- nos para renascer como os bolbos escondidos na terra ( tão tua!)
Tão lindo !
Grande abraço , querida amiga!
Uma homenagem sublime, Graça... e que me sensibiliza particularmente... pois 2019, foi um ano marcado, por sucessivos problemas de saúde da minha mãe... mas enfim... vai-se levando um dia de cada vez... quando a idade, já vai pesando... incomparavelmente mais duro, é mesmo, quando já por cá não estão!...
ResponderEliminarUm beijinho grande! Desejando-lhe um óptimo fim de semana!...
Ana
Gracias por pasar por el blog y dejar tu huella en el
ResponderEliminarbesos
Poema de amor, dor e saudade.
ResponderEliminarUma homenagem à Mãe (a sua) que emociona.
Excelente como já nos habituou.
Beijinhos
:)
Boa tarde Doce amiga Graça
ResponderEliminarUm poema lindo e comovente. Feliz final de semana. Carinhoso abraço.
Bravíssimo!
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ResponderEliminarQuerida Graça
Bom dia
Penso que não há palavras bastantes que me permitam
comentar este seu poema. Vendo que o dedica à sua Mãe, in
memoriam, considero-o e faço-o quase meu no que ele
tem de profundo e doloroso, lembrando-me da minha própria
Mãe. E é assim. O tempo não apaga a ausência e a falta
e o amor das nossas mães.
Sempre admirando a força das suas palavras. Todos os sentimentos
à flor da pele!
Belas palavras no "Xaile de Seda". Muito obrigada.
Bom domingo. Beijos
Olinda
Mensajes muy interesantes
ResponderEliminarOriginal elegía. Un abrazo. carlos
ResponderEliminarEstes dias, cuidando de minha mãe, senti uma nostalgia. Os papéis se inverteram, lembro quando ela cuidou de mim, quando eu estava fazendo radioterapia. Por vezes senti vontade de chorar, pois sei que uma hora isso vai acabar... "A voz declinante do tempo" é cruel!
ResponderEliminarBeijo, amiga.
Sem palavras!
ResponderEliminarUm beijo carinhoso, um abraço do tamanho do mundo.
Li-te como se fossem palavras minhas...
ResponderEliminarAs ondulações que nos rompem a carne e a alma.
Beijinhos.
A consciência da dor em palavras de poema escrito de forma maravilhosa.
ResponderEliminarGosto muito.
Beijo.