Solange Firmino
A correnteza da água
nas margens mais agrestes
mancha de lodo os meus dedos aflitos
com o estremecimento dos búzios.
Contudo, amo o equilíbrio dos cactos
presos às areias. Antevejo neles
a quietude da maresia na véspera
dos vendavais quando, nas arestas
do instante, me fere a ausência de uma ilha.
Graça Pires
De Espaço livre com barcos, 2014, p. 44
Poesia muito linda acompanhada de bela fotografia ! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarGostei minha amiga.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Muito bonito
ResponderEliminarHá momentos em que tudo nos fere e estamos na escuridão...
ResponderEliminarBom Ano 2020
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
É um ótimo ponto de vista. Gostei do que li, beijinhos
ResponderEliminarNice words.
ResponderEliminarWonderful to read. Nice image above.
Big hug, Marco
Estou aqui para me desculpar. Aquele texto era um esboço da postagem do dia 20, mas eu, por descuido, postei sem querer. Agora ficou mais ou menos, claro, depois das correções.
ResponderEliminarHaja luz como sempre
ResponderEliminarquando desenhas palavras de corpo inteiro
Bjs
Boa tarde de paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarUm cenário muito parecido com o de onde estou.
Poema com linguagem familiar. Adoro os cactos e a vegetação praiana.
Muitas vezes temos necessidade de uma ilha mesmo
Tenha dias felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Há quem diga que cada um de nós, no seu mundo, já é uma ilha. Se assim for, os vendavais podem deixar-nos à deriva. Fundamente, espero que não seja este o caso. Em todo o caso pareceu-me um texto intimista e, nessa circunstância, dá sempre margem para diferentes interpretações.
ResponderEliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Admirável habilidade descritiva tem vocé, Graça, uma maravilhosa tradução da paisagem se reflete no seu interior.
ResponderEliminarUn grande abraço, Poeta !!
que ninguém espere dos vendavais sejam murmúrio de búzios!
ResponderEliminare que "as arestas do instante" não provoquem o ardor dos cactos...
Poema muito belo, querida Amiga!
beijo
(agradeço, Graça, as amáveis referências no http://xailedeseda.blogspot.com/ sobre o livro "Do Amor e da Guerra" e o seu autor)
Olá Graça
ResponderEliminarBelo poema, bjs querida e uma ótima noite.
Se faz necessário ser ilha algumas vezes. Bela fotografia. Bjs.
ResponderEliminarLa evolución es la clave de casi todo
ResponderEliminarOi Graça
ResponderEliminarSeu poema me faz lembrar os versos do 'Haver' de Vinicius de Moraes:
_ Porque ainda nos "resta essa busca constante do equilíbrio...'
São os 'vendavais' que nos assustam, nos ferem e nos faz fazer faltar uma ilha.
Como sempre,gosto da sua poesia.
beijim
se ao menos encontrássemos essa ilha dentro de nós. Mas não, queremos uma ilha desconhecida e afável a receber-nos. E depois, às vezes, é como disse Sophia, há um barco que segue sem nós o seu caminho.
ResponderEliminarBom dia, Graça.
O equilíbrio, sempre.
ResponderEliminarTela muito bem pintada com palavras, Graça.
Um beijinho :)
Um poema que contempla o bom, a calmaria descrita na maresia, antes de acontecer algo, o mencionado vendaval, desafiado pelos desafios impostos pelas água agrestes e pelo desconforto, no logo quando uma ilha, um porto seguro mudava muito provavelmente tudo.
ResponderEliminarUm belo poema, ao nível que nos tem acostumado, com elementos que muito me dizem.
Beijo e bom resto de semana
Arestas são sempre instantes difíceis que urge enfrentar,
ResponderEliminarmesmo com sofrimento...
Muito belo, querida Poeta.
Beijinhos
~~~~
Adoro toda a sua poesia! Parabéns!:)
ResponderEliminar-
Não te quero perder do pensamento.
Beijo e um excelente tarde
E como nos protegem as arestas do instante, pois não carregam musgos, ainda que nos façam sentir a "ausência de uma ilha". Torno-me um cativo dessas arestas... Belo poema. Adorei ler-te mais uma vez...
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga!
Um poema preenchido de beleza.
ResponderEliminarAos olhos da Poeta toda a harmonia,
antes da tempestade, esta' la'. Depois...
fica-nos a vontade da evasão, do sonho,
ou dessa ilha por dentro. A ler e reler...
Gostei muito. Curto e conciso.
Um beijo, minha Amiga Graça.
Querida Mestra das Letras, Graça Pires !
ResponderEliminarA perspicácia da observação, te leva à inquietude
deste belo e esmerado Poema !
Parabéna e um caloroso abraço, aqui do Brasil !
Sinval.
Hi, I follow you on gfc # 436 ,follow back?
ResponderEliminarhttps://lovefashionyes.blogspot.com/
Que este novo ano seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita paz para nós e para o mundo. Feliz 2020!💋
ResponderEliminarLindeza! Adoro versos cheios dessa natureza que nos emociona e nos toma de poesia.
ResponderEliminarUm ótimo 2020!
Excelente, como sempre.
ResponderEliminarGraça, um bom fim de semana.
Beijo.
ResponderEliminarUm ilha, sim! Talvez um porto seguro quando os ventos
se tresmalham. Ou o encantamento das mensagens
trazidas pelos búzios desde o princípio dos
tempos. E tudo poderá ser obra de apenas um
instante.
Belo poema, Querida Graça, momento de excelente leitura.
Beijinhos
Olinda
sempre se encontram por aqui fantásticas palavras.
ResponderEliminarUm excelente 2020.
ResponderEliminare a ilha por vezes é um porto...
e as arestas ficam... ou não.
muito belo o seu poema com a delicadeza das palavras.
beijinhos
:)
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo, que me instiga na descoberta das belas metáforas que o compõem.
"O equilíbrio dos cactos", " a quietude da maresia na véspera dos vendavais", a ilha como refúgio?
Gostei muito minha Amiga e Enorme Poeta.
Um beijinho e um bom fim de semana.
Ailime
Um poema denso e repleto de emoções! Ilha me faz lembrar de um livro: "Ninguém é uma Ilha."
ResponderEliminarGostei de refletir a respeito de arestas... Pensei em detalhes, conflitos vividos em determinado instante.
Um abraço
"Nas arestas do instante"(!)
ResponderEliminara trave mestra será
da construção tão...
tão bela!
É lá no gume que os sons soprados
dos búzios sobem ao poético clímax
Superior, Amiga Graça Pires.
Que linda poesia e como a natureza é maravilhosa! Fico triste em ver o quanto o ser humano tem maltratado o meio ambiente.
ResponderEliminarUm beijo!
Poema muito belo e cheio de significado. "o equilíbrio dos catos" as "arestas do instante" e essa dor pela "ausência de uma ilha", de um porto seguro...
ResponderEliminarGostei muito do poema e da foto.
Beijo.
É engraçado, pelo menos para mim, como um cacto, apesar dos seus espinhos, transmitem paz. Talvez por serem dos desertos, não sei.
ResponderEliminarTambém por vezes me fere a ausência de uma ilha nas arestas do instante.
ResponderEliminarBelíssimo poema, Graça.
Graça,
ResponderEliminarÉ uma alegria ler aqui.
Meu coração fica leve
e sinto até vontade]de cantarolar...
Lindo texto.
Bjins de domingo
CatiahoAlc./Reflexd'Alma
entre sonhos e delírios
Não sei se a imagem é que tem tudo a ver com o poema ou se é o poema que tem tudo a ver com a imagem... De qualquer forma, gostei de ambos! Um beijo.
ResponderEliminarDepois de ler as outras, finalmente
ResponderEliminara melhor. Não desmerecendo ninguém.
Um beijo.
Muito bom voltar aqui.
ResponderEliminarbeijinho
Precioso, como cada dia.
ResponderEliminarFeliz semana.
O antagonismo da pacificidade dos cactos com a sempre amada beleza de uma ilha .
ResponderEliminarCactos: estátuas de plantas ! As vezes , quanta harmonia !
E saio a refletctir ....
Grande abraço, querida Graça !
Muito belo poema, como sempre!
ResponderEliminarE a imagem também, tão inspiradora.
Também me fere a ausência de uma ilha...
Beijinhos
Amiga, adorei ver minha fotografia aí. Pena que não está com a qualidade boa, pois peguei da internet, não achei o CD em que ela está. Essa ilha de Paquetá, no Rio, apesar de meio abandonada, é um dos meus lugares preferidos, principalmente no inverno, que está sempre por volta de 15 a 20 graus. Seu poema é sempre de um primor, e me faz viajar em outras leituras. Desta vez, lembrei de um poema do Oswaldo Montenegro, quando li "me fere a ausência de uma ilha". Não se preocupe com essa ausência, pois, segundo ele,
ResponderEliminar"Ilha não é só um pedaço de terra cercado de água por tudo quanto é lado.
Ilha é qualquer coisa que se desprendeu de qualquer continente.
Por exemplo: um garoto tímido, abandonado pelos amigos no recreio, é uma ilha.
Um velho que esperou a visita dos netos no Natal
e não apareceu ninguém, é uma ilha.
Tudo na gente que não morreu, cercado por tudo que mataram, é uma ilha.
Até a lágrima é uma ilha, deslizando no oceano da cara.
Oswaldo Montenegro
Um beijo, Graça
Uma ilha é um pedaço perdido no universo de mil gotas de água.Comparo a solidão à ilha e a multidão ao gotear.
ResponderEliminarProcuramos o equilíbrio das águas e das areias para atenuar as aflições e as tempestades que nos consomem o ser que somos; terreste feito de alma.
ResponderEliminarSempre uma boa e profunda inquietude.
Quantas vezes temos de contornar as arestas, para encontrar uma ilha, que nos traga equilíbrio interior.
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Beijinhos
"Nas arestas do instante, me fere" ter pouco saber para interpretar o teu poema.
ResponderEliminarAcontece!
Beijo, querida amiga.
Um maravilhoso momento poético de introspecção, e reflexão... sobre o fluir da vida...
ResponderEliminarInspiração, sempre no seu melhor, Graça! Parabéns!
Beijinho! Continuação de uma feliz semana!
Ana
A presença da água que lima arestas mas que também nos pode levar longe até que por fim chegamos a essa ilha de salvação.
ResponderEliminarGostei, como de tudo aquiulo que escreves. São relatos de vida plenos de sensibilidade.
Abraços de vida. Beijinhos
Tão ausente tenho andado de meu blog, mas que bom sempre poder retornar e ver essas pérolas de poesia, a dar um abraço em meu coração. Obrigada!
ResponderEliminarBeijos!
Literatura y naturaleza.
ResponderEliminarGraça, acabou de entrar uma surpresinha pra ti! beijos tudo de bom,chica
ResponderEliminarPodes ver aqui:
https://canteiroqueunesementes.blogspot.com/2020/09/5-semente-instantes.html