Albino Moura
O primeiro sinal foi dado pelas pombas
que voavam espavoridas ao rés das janelas.
Caladas, as mulheres esperaram a noite
para se sangrarem como num parto.
Por dentro dos sonhos dos homens
escorregavam sequiosas serpentes
que lhes sugavam as veias.
Só as crianças, em perfeita nudez,
espalharam o seu riso de água límpida
e voaram sobre as casas como anjos.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p. 19
Se quiserem ouvir o poema podem fazê-lo aqui:
https://youtu.be/2Z20pDs1YMY
Bonito poema ilustrado com uma aguarela de um autor que conheci pessoalmente.
ResponderEliminarBom Dia.
Os nossos Maios, serão diferentes, ano após ano...
ResponderEliminarmais secos e mais tristes...
abraço Graça
Ilustração perfeita para um poema fascinante de ler.
ResponderEliminar.
Uma semana feliz
Abraço (toque com os braços)
Um belo poema de que gostei bastante.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Crianças inocentes voando como os anjos... Bonito.
ResponderEliminarUma semana abençoada para você.Bjs.
Gostei muito do poema e da aguarela!
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Boa tarde de nova semana, querida amiga Graça!
ResponderEliminarMulheres caladas...
Assim ficamos ante certas situações agravantes.
Crianças são verdadeiros anjos.
Linda a tela.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Bom dia, querida amiga Graça!
EliminarQue declamação linda!
Vim ouvir agora com calma.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Podem secar as fontes, mas há sempre
ResponderEliminarrios interiores a mitigar a sede na pureza
das crianças.
De qualquer forma, Maio e' sempre a flor, o parto e o amor.
Este teu belo Poema e' a sede a espreitar
o que os homens perdem a procurar.
Gostei muito [da ilustração de Albino Moura: perfeito].
Um beijo, minha querida Amiga, Graça
e espero que tenham descansado. Bom regresso.
Mágico y trágico, pero creo que era la única forma de lograr con lo doloroso, que emergiera la angelicalidad de los niños, vacunados contra el desastre y la tragedia, Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarUma tarde de maio, onde não houve alquimia, nem saber, nem amor, apenas um patíbulo.
ResponderEliminarContudo, as crianças riem na limpidez da água e voam como anjos!
Um beijo e uma semana feliz.
A.S.
Ás vezes, o Mundo fica fechado em si... Mas ainda bem que as crianças voam...
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Ternura e mistério emanam entre seus delicados versos, Graça. Seu lirismo tem aquela sensível mistura que sintetiza neste poema.
ResponderEliminarAbraço grande. Cuide-se amiga!!
Que lindo e puro poema, querida Graça!
ResponderEliminarCrianças são anjos a nos visitar de vez em quando, mas em sonhos...
A obra é extremamente terna.
Um beijo, uma boa semana com saúde e tranquilidade,
até mais!
Ciao poetessa, molto carina la poesia. E molto bello poterla sentire recitata su Youtube
ResponderEliminarTanto a realidade que embrutece-me
ResponderEliminarLos poemas son las flores de la literatura.
ResponderEliminarHello Graça,
ResponderEliminarSpecial poetic words with a nice paint.
Greetings, Marco
Gostei muitissimo deste teu belo poema.
ResponderEliminarTe abraço, minha amiga, desejando-te saúde e tudo de bom.
Muito lindo esse poema. Imaginei a cena como um filme, e a imagem é perfeita. Agora vi que já assisti e comentei no vídeo, acho que foi pelo Facebook da Poética. Estava com saudades das suas postagens. Bem-vinda de volta a este espaço, minha amiga.
ResponderEliminarÓtima semana
Ventos de Maio que levam poesias.
ResponderEliminarVentos de Maio que levam solidão.
Uma lindeza impar Graça e a declamação nos envolve neste vento.
Aplausos amiga.
A declamação é sua?
Muito linda.
Beijo amiga.
Bela partilha no video.
Talvez que a postura das crianças inocentes tudo sobreleve.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
O quadro é tão interessante e a poesia linda de se ler!!! Bj
ResponderEliminarMuito bello poema e linda imagem.. Gosto muito
ResponderEliminarEste excelente poema parece ser escrito em tempo de dor, como o que atravessamos. Tristes e sós. O verão que ansiávamos foi confinado.
ResponderEliminarÉ verdade que as crianças são a alegria e a promessa. Não desanimemos!
Beijos, querida Graça.
Bonito poema e uma bela imagem!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo.
Em tempos inglórios o que nos salva é a candura das crianças e os seus sorrisos límpidos como a água das nascentes e que como anjos nos protegem e alegram.
A Imagem é belíssima, como bela é a sua interpretação do poema no vídeo.
Um grande beijinho, minha Amiga e enorme Poeta, e continuação de uma boa semana com muita saúde.
Ailime
Poeta te vi passando, por isso corri
ResponderEliminardo jeito que vês.
Cansei-me sim, sim, mas água não quero.
Bastam-me teus versos para o deleite da
alma e o descanso do meu corpo.
Beijos, Graça querida.
Não tinha pensado nisso, mas talvez a solidão seja mesmo como o vento.
ResponderEliminarBoa semana, Graça.
Adorei o poema com a imagem. Adoro albino Moura, é o meu pintor português de eleição.
ResponderEliminarObrigada Graça. Boa semana!
Vanessa Casais
https://primeirolimao.blogspot.com/
Perfeito. Apenas a autenticidade das crianças fez derramar água límpida,por terem alma limpa.
ResponderEliminarAté breve
Graça,
ResponderEliminarSeu lindo e iluminado texto
me relembrou um escrito
de Graciliano Ramos.
No livro todos são
crianças e não precisam
de roupas, o nome do livro
é A terra dos Meninos Pelados.
Adorei vir aqui nessa tarde/noite
Bjins
CatiahoAlc.
Olá Graça
ResponderEliminarBelo poema, abraços querida.
Você escolheu imagem perfeita para seu poema. A menção às crianças traz ternura a uma insólita realidade. Bjs.
ResponderEliminarAs fontes secaram mas as crianças espalharam o seu riso de água límpida e a esperança renasceu. Adorei a ilustração. Beijos.
ResponderEliminarBoa tarde amiga Graça!
ResponderEliminarLindas e sensíveis palavras!
As crianças dão brilho às nossas almas!
Um doce abracinho!❤️👼💐
Megy Maia🌈
Boa tarde amiga Graça!
ResponderEliminarUm belíssimo e excelente poema. Não há dúvida que as crianças fazem alegria do lar.
Poema que soa bela-mente bem, só crianças se transformam na paz dos anjos.
Gostei muitíssimo.
Beijinho de paz e luz.
Luisa
belíssimo, querida Poeta
ResponderEliminarpoesia (quase) bálsamo!
beijo, minha Amiga
Olá, Graça!
ResponderEliminarExcelente, declamação. Não se poderia pedir mais.
Hoje, no meu luz no teu olhar, deixo-lhe um milagre.
bj.
Ler-te e ouvir-te é um deleite.
ResponderEliminarUm beijo, Graça.
«Só as crianças, em perfeita nudez,
ResponderEliminarespalharam o seu riso de água límpida
e voaram sobre as casas como anjos.»
Sejamos crianças, então!
Bom vim no seu cantinho. Belo poema..foi numa tarde de mãe. Tema bem interessante. Bjs querida
ResponderEliminartão premente. tão presente. dos venenos que nos assolam.
ResponderEliminarA dor e a vida andam por vezes de mãos dadas...
ResponderEliminarExcelente poema, os meus aplausos.
Bom fim de semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Então é sempre melhor ter a inocência das crianças!
ResponderEliminarBonito poema!
Bom fim-de-semana!
Beijinhos.
Boa noite querida Graça
ResponderEliminarUm poema lindo e emocionalmente. Costumo dizer que uma casa sem criança é sempre um local sem risos que nós fazem rir junto. Crianças são anjos de Deus, nesta pandemia passou muito tempo longe dos meus pequenos amorezinhos, é duro a saudade. Feliz fds. Carinhoso abraço.
Love it so much. Beautiful
ResponderEliminarGraça
ResponderEliminarum poema forte e intenso, mas, no fim amenizado pela nudez pura e o voo das crianças.
a vida por vezes é amarga e temos de a saber gerir.
esse Maio já passou, outro vira, quicá, mais ameno e com mais paz.
Assim esperamos todos.
bom domingo
Beijinhos
:)
O peso do mundo dos adultos, num forte contraste com a alegria primordial das crianças... perante as durezas da vida...
ResponderEliminarUm poema muito belo, emocionante e profundo!
Deixo um beijinho, e os meus votos de um excelente domingo!
Ana
Boa noite, Graça, "Foi numa tarde de verão", mostra-nos em alguns versos a tristeza da seca,
ResponderEliminaros sonhos talvez impossíveis, porém no final os versos são mais amenos, porque quando falamos sobre crianças as comparamos aos anjos de Deus.
Muito lindo, seu poema. Abraço!
ResponderEliminarQuerida Graça
Adorei ler este seu Poema no Livro, depois aqui no blog
e agora dito assim tão bem, em que as palavras soam
em toda a sua crueza.
No fim a redenção:
Só as crianças, em perfeita nudez,
espalharam o seu riso de água límpida
e voaram sobre as casas como anjos.
Boa semana.
Beijo
Olinda
Mais outro poema que não encontro palavras (a não as banais e não quero, não merece). Graça, que esteja tudo bem contigo e... também não desanimes (eu sei, tenho estado muito ausente, nem sei porquê)
ResponderEliminarEstá visto, querida amiga, o teu livro "A solidão é como o vento" é feito de muitas e belas pérolas.
ResponderEliminarA esta juntaste uma bela aguarela de Albino Moura, e o resultado é magnifico!
Beijo, fica bem.
Não estive aqui na semana passada, embora você tivesse anunciado que voltaria dia 10. Eis-me aqui, agora, contemplando a beleza da aquarela de Albino Moura, formando um belo par com a textura do seu poema, com as implicações semânticas e imagética do belo poema. Muito belo!
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga Graça!
Um par belíssimo desta feita.
ResponderEliminarA cor e o tom dividididos entre a fatalidade e a esperança.
Enquanto houver crianças de olhos d'água o mundo regenera-se para nós.
Um poema superior que desperta fortes sentimentos.
Um beijo amigo.
Sublime.
ResponderEliminarÉ tão bom lê-la, Graça.
Um abraço
Crianças são anjos, alegrando e nos mostrando como ter olhos de ternura e encanto.
ResponderEliminarUm abraço
Muito bonito este poema!
ResponderEliminarque posso eu acrescentar a este voo de crianças nuas, puras, quando maio secou as fontes e as mulheres se sangraram em silêncio?
um beijo, Graça.