Ignoro a vida
das coisas quando
o olhar me dói,
apressada que vou
para chegar a tempo
do nascimento das sombras.
Cantam e esvoaçam os pássaros,
espreguiçam-se no verde as ondas
ou adormece o mar, cansado
de incestuosos arremessos
na inocência da areia?
Não sei.
Ai, como queria permanecer
no meu lado de dentro
sempre que de ti me ausento,
abeto sem mácula,
poema,
casa à beira das chuvas
de amoras no silvado.
Explica-me a queda oca
no silêncio provável do nada.
Como é o grito da árvore?
Lília Tavares
In: A timidez das árvores. Modocromia, 2020, p. 66. Col. Mãos de Semear. Livros Lília Tavares, v. 1
Lindo poema e questionamento ao final...
ResponderEliminarQue tua semana seja linda igualmente! beijos, chica
Nas noites de tempestade... quando o Vento castiga o Mundo.... a natureza grita...
ResponderEliminarE o silêncio acaba por revelar tudo...
Interessante o poema....
Beijos e abraços
Marta
Poema brilhante e fascinante de ler. Também me interrogo: Como será mesmo o grito da árvore, quando sente o cair das suas folhas nos difíceis dias de Outono?
ResponderEliminar.
Feliz semana
Abraço
Que poesia mais bela cheia de imagens musicais. Permanecer no lado de dentro, ouvir as árvores, muito linda!
ResponderEliminarBeijos!
Linda poesia, meus parabéns pela criatividade.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Um poema tão expressivo que nos fez refletir.
ResponderEliminarSerá mesmo possível ouvir esse grito?
Ou quem sabe mergulhar no silêncio?
Pensando...
Lindíssimo poema minha amiga
Beijinhos
Olá, Graça!
ResponderEliminarParabéns por trazer a lume este lindo poema. Ecológico, verde, com um pouco de "musgo" e refrescante.
beijo
LINDÍSSIMA POESIA !
ResponderEliminarABRAÇOS... BOM DIA.
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema profundo e belo de Lília Tavares.
Como seria o grito da árvore, da natureza, se pudessem expressar as atrocidades de que são vítimas.
Uma partilha, sempre, com a sua enorme generosidade, minha Amiga e Enorme Poeta.
Beijinhos e uma boa semana, com saúde.
Ailime
Bom dia Graça Pires.
ResponderEliminarAlgumas pausas fazemos dentro da gente ou dentro de um livro de filosofia para entender a vida.
Uma boa semana. Bjs.
Querida Graça,
ResponderEliminarobrigada pela tua visita e pela tua poesia.
Ando afastada. A vida e as vontades alterando como era de esperar.
Tenho caminhado para a Figueira, a minha mãe começou a precisar de mim, e penso que já não pode prescindir. Estou por cá há duas semanas, e penso que agora , as duas, será entre o aí e cá. Aos 92 anos, quase 93, tem-se aguentado lindamente sõ, como preferiu, pois é demasiado independente, mas chegou a hora de deixar que tome conta dela.
Está-me a saber bem estar por aqui a necessidade de mudar de poiso coisa de que me não tinha apercebido . Só os abracinhos e conversas com meus pequenitos me fazem falta.
Bom dezembro também para ti. O meu, é de preocupações … Meu filho, piloto na TAP …. (????)4
Abracinho apertado, tudo de bom,
Ana
Bonito poema.
ResponderEliminarEn el poema se siente el alma ahuecada del árbol, que en la propia debe tener esa hoquedad de estos versos. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarQuerida Graça, muito grata pelo poema do meu último livro aqui, neste lugar emblemático e de culto à Poesia.
ResponderEliminarGrande beijinho.
Lília
Che belli gli alberi, amica mia.
ResponderEliminarAnche quando urlano hanno forti radici nella terra e riparano i viandanti e accolgono gli uccellini.
Buona settimana piena di salute anche a te. È bello trovarti e leggerti, da me o da te.
Um beijo
Como será mesmo o grito da árvore?
ResponderEliminarObrigada querida Graça por nos presenteares com este belo poema de Lília Tavares.
Sabes que gostei (+) de o ler no estilo de texto corrido?
Beijo minha amiga. Protejam-se bem.
Adorei essa poeta tan íntima que provoca identificação. Muito obrigado por revelá-la. Vou procurar mais dela.
ResponderEliminarAbraço grande, Graça. Cuídese muito, Poeta.
Boa tarde minha querida amiga, poetisa e escritora Graça. Obrigado pelo poema maravilhoso. Infelizmente aqui no Brasil as árvores estão gritando por socorro. Graças a Deus o Rio de Janeiro preserva um pouco da sua Mata Atlântica. Boa segunda-feira.
ResponderEliminarBelo poema trouxeste, querida Graça, na verdade, o mundo precisa de mais poesia, de mais afetos, de mais calor humano.
ResponderEliminarBeijo, minha amiga, cuida-te bem.
Uma boa semana.
Tu aamas a la literatura,pero amas mas a la naturaleza
ResponderEliminarFico sempre abobalhada quando leio um poema. Pergunto-me como pode alguém escrever apenas com beleza.
ResponderEliminarBendito ese árbol y la naturaleza toda que es capaz de inspirar los versos del poeta!!!
ResponderEliminarUna poesia bellísima Grace que nos envuelve de sensaciones de principio a fin... abrazo enorme y bonita noche de lunes
A 'queda oca do silêncio'_ esse titulo já diz muito da sensibilidade da esritora/poeta Lilia Tavares, obrigada por traze-la aqui nessa seara cultivada com muita beleza e talento.
ResponderEliminarGostei muito.
meu abraço e uma semana feliz, Graça
O vazio é inquietante, mas Lídia Tavares preencheu-o muito bem. Direi que o poema é entusiasmante.
ResponderEliminarBeijos e aplausos às duas amigas.
Que lindo poema amiga. Tenho lido alguns poemas desse livro no Facebook. Parece primoroso.
ResponderEliminar"Como é o grito da árvore?" Que beleza de questionamento.
Beijo e ótima semana
Poema sensível. Que bela partilha amiga Graça, não conhecia a autora, vou ler mais sobre a mesma.
ResponderEliminarAgradecida pela visita e leitura querida.
Bjs e boa continuação de semana.
os silenciosos gritos das árvores de braços imóveis e que se quedam em invernos desesperados, a sós com a paisagem.
ResponderEliminarA queda, mesmo que insonorizada, dói sempre nos contornos mais sensíveis da alma, copa da árvore que é o nosso corpo.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
ResponderEliminarQuerida Graça
Bom dia
Belo poema nos traz da autoria de Lila Tavares,
poetisa que não conhecia. Fui ver mais sobre ela e
gostei muito.
A queda no silêncio é terrível, a menos que
o façamos nosso e o transformemos em
nosso confidente.
Bom feriado.
Beijos
Olinda
uma excelente dia!
ResponderEliminarsplendid poem as always dear Grace !
ResponderEliminarnature oh yes i often wonder what else would have existed to inspire writers and poets if there was no nature
i loved the intensity of this sensitive piece poetry my friend though i know after using translator i cannot be able the richness of your blazing harmony of expressions and words which makes me sad :(
more blessings!
Parabéns pela generosidade com quem escreve e com quem lê!
ResponderEliminarBeijinho, minha querida, bom feriado
Parabéns pela bonita escolha. Todos necessitamos de boa Poesia.
ResponderEliminarUm abraço e o agradecimento pela nota deixada na 1ª Edição do Café Poético - Mês de Novembro, no Sítio da Gracita.
SOL da Esteva
Hello Graça,
ResponderEliminarA nice piece of that story. Very nice.
Big hug, Marco
aprecio a poesia de Lilia Tavares.
ResponderEliminare o seu evidente talento.
este poema é muito bom.
gostei muito-
excelente escolha
beijo, querida Poeta
Mais um partilha notável, que nos transporta para um universo de questionamentos e introspecções... e de uma imensa sensibilidade!
ResponderEliminarGostei imenso, Graça! Deixo um beijinho e votos de continuação de uma excelente semana, e de um óptimo feriado!
Ana
Grato por partilhar um belissimo poema da Lília Tavares.
ResponderEliminarExcelente!
O grito da árvore é exatamente igual ao som do machado que a fere de morte!
Um resto de semana feliz e com muita saúde. Cuide-se bem!
Um abraço para si outro para a Lília!
Se me dissesses que era teu, eu acreditaria...estão lá os semas dominantes: os pássaros, a noite, a sombra...a sensibilidade.
ResponderEliminarGostei muito!
Beijo
Adoro as suas escolhas e partilhas.
ResponderEliminarBoa semana Graça e votos de muita saúde.
Beijinhos
Vanessa Casais
https://primeirolimao.blogspot.com/
Como será este grito?
ResponderEliminarFiquei a imaginar...
Abraço, minha amiga querida...
Aluísio Cavalcante Jr.
Olá querida Graça,
ResponderEliminarBoa pergunta, como é o grito da árvore? No silêncio a imaginação os pensamentos afloram e a natureza segue o seu curso. Lindo poema!
Um beijo!
Olá, querida amiga poeta!
ResponderEliminarGostei muito do poema de Lilia Tavares que não a conhecia.
Um belo poema, parabéns a ela e a ti pela partilha.
Uma ótima semana, com saúde.
Beijo, amiga Graça.
Que belo trabalho de linguagem de Lília.
ResponderEliminarParte de si mesmo o itinerário do conhecer, parece dizer-nos o eu em cada verso na "retórica" das suas indagações.
Bela partilha.
Um beijo, minha amiga Graça
No "nascimento das sombras", há sempre uma luz nos corpos. Projecta-se o poema
ResponderEliminarneste teu espaço de culta escolha.
Parabéns à Lília Tavares.
Um belo Poema.
Um beijo, querida Graça.
Boa semana, amiga.
Belíssimo poema!
ResponderEliminarGostei muito do encadeamento das palavras.
Beijinhos.
Lindo poema. Gosto quando ele deixa em aberto alguma resposta...
ResponderEliminarBeijinhos
Também gosto muito!!!
ResponderEliminar💖
Gostei de ler aqui n meu silêncio.
ResponderEliminarAh essas partes da sua poesia se uniram e fizeram tanto sentido pra mim: "como eu queria permanecer no meu lado de dentro" pra ouvir "o silêncio provável do nada". Adorei!
ResponderEliminarÓtima semana!
beijos
http://ludantasmusica.blogspot.com/
Um poema muitíssimo bom.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Continuação de boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Não conhecia a autora.
ResponderEliminarE como gostei muito do poema fui investigar. O que descobri foi interessante bastante para incentivar-me a querer saber mais. É o que vou fazer.
Obrigada pela apresentação.
Aproveito a vinda aqui para lhe desejar, assim como a todos os seus, um feliz Natal, com muita Paz e, principalmente, saúde.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Belo poema e um belíssimo comentário da Marta vinhas, tanto quanto. Até parece que os dois se completam.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Eu digo que é no silêncio que se escuta o grito das árvores.
ResponderEliminarQue bonita poesia!
Graça,
ResponderEliminarSeu poema nos diz
como nos sentimos
de vez em sempre.
Eu amo o silêncio,
ele me acalma.
Bjins de bom fim de semana
CatiahoAlc.
O meu “ Aí” espantou comentário mas não me cansarei de o repetir para suspirar de novo por esta fome de beleza como o agora aqui presente.
ResponderEliminarQue se calem todos os ruídos porque o silêncio é a fome de que fala a poetisa . Mesmo o da Árvore que mesmo sujeita aos arremessos dos ares e de tudo o que transporta, se queda num silêncio mudo. Ou será um grito surdo?
Só sei que me quedo com ela e com o sujeito poético num quieto pensamento
Parabéns , Lília , pela beleza do momento que nos proporcionou
Obrigada, Graça, minha querida amiga, por esta seara cheia de espigas
Beijinho para ti
Mui belo, este poema.
ResponderEliminarEm toda a toada de que estes versos se deixam deslifar perpassa a dor do silêncio que nos grita os impossíveis de abarcar.
Abraço
Humberto
Palavras apaixonadas muito bem descritas com esse maravilhoso desconhecido, é uma criação do esplendor de sua alma.
ResponderEliminarBom fim de semana , desejo que você esteja bem e sempre muito feliz.
Muitos abraços com carinho
Gostei muito .
ResponderEliminarParabéns à Lília Tavares.
Um belo Poema.
Abraço e brisas doces ****
Realmente excelente, la naturaleza grita ahora más que nunca.
ResponderEliminarAbrazo
Impressionante! Parabéns à autora Lília!
ResponderEliminarFiquei parada nestes versos:
"Explica-me a queda oca
no silêncio provável do nada.
Como é o grito da árvore?"
Fantástico mesmo.
Obrigada por ter partilhado Graça ❤️
Beijinhos
Me encanta esa metáfora del abeto como el mejor de los silencios. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminar