e um mel antigo sobre os lábios.
Furtou um barco no rio para remar
lentamente no rendilhado
das margens que oferecem às aves
um ninho clandestino.
Mergulhou de cabeça para dar aos peixes
o suco guardado em sua boca
e o perfume entranhado nos dedos
presos ao caudal da corrente.
Vacilante, enrolou o sorriso no passado
e chorou com saudades do sul.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p. 9
A saudade como motivação para a poesia, sempre um tema fecundo.
ResponderEliminarUm abraço.
Tento construir mentalmente a imagem desse alguém ou algo - a solidão/solitude? - que se devolva aos peixes do rio em lágrimas de saudade...
ResponderEliminarUm beijo, Graça.
Belissimo poema! Onde a saudade e a melancolia, estão bem patentes nesta imensa solidão...
ResponderEliminarGostei muito.
Parabéns!
Feliz semana, amiga Graça!
Beijinhos!
Quando a saudade chora tudo é triste em seu redor. Foto fascinante, poema sublime.
ResponderEliminar.
Boa semana. Cumprimentos.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Que maravilha e os dois versos finais são sublimes...Linda imagem também! bjs, tudo de bom,chica
ResponderEliminarAs margens e o fundo dos rios escondem tanta coisa. Abandono...
ResponderEliminarBeijinhos e obrigada pela visitas ao "meu Café".
Maria Isabel Quental (Flor)
Bom dia Graça, obrigado pelo seu texto maravilhoso, a pintura é especial.
ResponderEliminarBoa tarde Graça,
ResponderEliminarA saudade, o sorriso dissimulado, todo o cenário fazem deste poema um momento em que "a solidão é como o vento", que por vezes não passa.
Muito belo este poema, minha Amiga e Enorme Poeta.
Um grande beijinho e uma boa semana, com saúde.
Ailime
Che bel viaggio nelle tue parole, amica Poetessa.
ResponderEliminarBuona settimana con molta salute.
Um beijo
Cada vez tenho menos palavras para adjectivar a tua poesia sempre tão sensitiva, tão viva...
ResponderEliminarabraço Graça
Muito bonito!! :)
ResponderEliminar*
Olho convicta da graça que acolho...
*
Beijos, e uma excelente semana
Eu não sei porque, poeta,
ResponderEliminarmas, Camões passou por qui?
Delícia de postagem, Graça.
Adorei, como sempre.
Beijos e beijos, muitos.
Boa tarde amiga tudo muito lindo bjs
ResponderEliminarBeautiful.
ResponderEliminarUma imagem soberba, um magnífico rendilhado de versos.
ResponderEliminarMinha querida amiga Graça, adoro ler poemas teus.
Beijo, muita saúde, boa semana.
Também nós partimos na distância, somos longe a cada instante
ResponderEliminar"enrolamos o sorriso no passado e choramos com saudades do sul"
Muito belo o seu poema amiga Graça!
Uma boa semana com muita saúde.
Beijos.
Este rendilhado poético está visceral amiga Graça
ResponderEliminarExtasiada com esse seu versar
Beijinhos
Poema de melancolia. A solidão não acontece em todos os lugares. Existem homens cheios de instáncias e verdades. A sua poesia sempre me deixa vibrando, Graça. A foto com que você ilustra ressoa em seus versos, amiga.
ResponderEliminarAbraço grande. Cuíde-se bem por favor.
É uma deusa das águas essa aí do poema, e toda se diz e esparge no rio que corre.
ResponderEliminarNão saberei nunca até ao fim o sortilégio dos poetas que em parcas palavras brilham e dizem o que eu em muitas não almejo.
Muito belo, Graça. Boa semana.
Boa tarde de paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarTrazer nós lábios a doçura de sempre é fundamental.
Sempre ricos seus poemas.
A saudade faz chorar muito.
Que nosso sorriso não seja vacilante!
Tenha toda paz que precisa e seja protegida do mal.
Beijinhos carinhosos e fraternos
A saudade , seja do que for, desagua sempre em lágrimas...
ResponderEliminarAmiga, te abraço.Boa semana
Los poemas son lo mejor de la literatura.
ResponderEliminarMe he quedado con la lectura de los dos últimos versos que son tremendamente fuertes y guardan la esencia de un poema maravilloso.
ResponderEliminarTristeza, melancolia en tus versos tan emotivos como nos tienes acostumbrados. Fuerte abrazo Grace y excelente inicio de semana con buena salud y esperanza para todos
Lindo verso y fotografía Saludos
ResponderEliminarSaudade do tempo em que tudo era mais simples....
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Barco encalhado não desafia marés.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
amiga como é bom vir e ler adorei bjs
ResponderEliminarA saudade como tema de fundo, a sensibilidade em cada estrofe.
ResponderEliminarGostei muito da foto de suporte.
Boa semana.
Beijinhos
:)
Profundo, denso e. bonito! A imagem também traz detalhes e expressões grandiosas...
ResponderEliminarMuita saúde... O meu carinho...
Tenho andado com essa sensação de um sorriso lá no passado, tão bonita essa imagem.
ResponderEliminarObrigada Graça pelo carinho e por sempre mostrar lindos imaginários em seus poemas.
Beijos!
Olá, minha amiga Graça,
ResponderEliminarum belo canto envolto num manto de saudades com versos de grande sensibilidade.
Gostei imensamente, talentosa poeta.
Parabéns.
Uma boa semana.
Um beijo
Sempre existe um porto com cheiro a feno e um braco no qual navegar e nele encontrar tão bela inspiração.
ResponderEliminarGosto deste destilar de versos de pureza.
Abraços de vida, querida amiga poetisa.
Quando juntas nos teus quadros poéticos a natureza e as emoções,crias uma ambiência de indescritível beleza e nostalgia . E fico também com saudades de um sul .
ResponderEliminarUm grande beijinho com saúde, Graça!
Trouxe um mel antigo sobre os lábios e,
ResponderEliminarvacilante, enrolou o sorriso no passado.
Este poema é uma canção de amor e solidão, sonho e nostalgia, a vida como procura inacabada, suco guardado na boca.
Beijo.
Olá Graça
ResponderEliminarPoema interessante, desejo um belo dia, bjs querida.
Fico prendendo o ar enquanto leio seus versos.
ResponderEliminar
ResponderEliminarUm rendilhado encantado este seu poema, querida amiga Graça.
Perfume e mel que nos chegam aqui, dedilhando palavras em
em sons que vêm de longe.
Gostei muito.
Beijos
Olinda
Há barcos que se movem no cais
ResponderEliminarBj
Olá, Graça!
ResponderEliminarPassei por aqui, relendo este lindo poema, e desejar uma boa semana!
Beijinhos!
Saudade... lágrimas e poesia combinam na perfeição!!! 👏👏👏👏👏... Bj
ResponderEliminarO título agarra-nos como um apelo, uma urgência. Depois, entranhamo-nos na melodia de cada imagem, de cada palavra. E é assim tudo o que vem de ti.
ResponderEliminarBeijos, minha querida poetisa Graça.
Fico encantada a ler os seus poemas!
ResponderEliminarRepletos de luz e sabedoria!
Um doce beijinho!
Megy Maia🐦♡ 🐦
Adoro os seus poemas Graça.
ResponderEliminarVotos de um bom fim-de-semana e muita saúde.
Vanessa Casais
https://primeirolimao.blogspot.com/
an really very touching poem dear Grace !
ResponderEliminaryour magical expressions in harmony of fascinating image captivated my senses completely for while
i wander if science can explain how and why such powerful longing for native land exists in the soul of each outlander
thank you for always satisfying my nerve anxious for great poetry !
hugs and blessings!
"Vacilante, enrolou o sorriso no passado
ResponderEliminare chorou com saudades do sul."
Excelente poema onde a solidão e a melancolia estão patentes em cada verso. Gostei muitíssimo.
A imagem é linda!
Beijo.
Poema belíssimo e de excelência poética.
ResponderEliminarGostei muito, pois claro.
Bom fim de semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Fico sempre deliciada com as suas palavras numa rede tão bem urdida!
ResponderEliminarBelo, muito belo!
Bom fim-de-semana!
Beijinhos.
Olá, Graça!
ResponderEliminarPassei por aqui, relendo este lindo poema, e desejar um Feliz fim de semana.
Beijinhos!
Beautiful blog
ResponderEliminarOi Gracinha. Lindo poema. Grande inspiração. Vim te desejar um bom fim de semana na Paz do Senhor Jesus. Bjs querida
ResponderEliminarBoa noite Graça
ResponderEliminarQue linda poesia amiga. É a saudade chora é doei muito. Um feliz final de semana para vocês. Carinhoso abraço
La soledad nos genera nostalgias, que nos llevan a dar parte del dulce recuerdo al paisaje, al agua. Un abrazo. carlos
ResponderEliminarUm poema metaforicamente belo. A vida dividida entre dois mundos, dois caminhos. A saudade do primeiro na escolha do segundo. E esta entrega, na mais pura dádiva, dos bens últimos que
ResponderEliminarà boca lembram, como se fossem riquezas faraónicas no subquático destino.
Perde-se o Sul e morre-se aos poucos.
Gostei muito. Esta tua excelência de escrita deixa-me sempre alvoraçado.
Um beijo, querida Graça, e um domingo feliz. Beijo.
Um poema lindíssimo, não de solidão, pelo contrário, ao lado da natureza e uma saudade intensa!
ResponderEliminarHá mergulhos assim
ResponderEliminarque se entranham pela vida fora...
amei o poema, Graça
és uma senhora de uma poderosa cintilação poética,
beijo, minha Amiga
É uma benção, quando amanhece e o nosso barco está prontinho para mais um percurso neste rio que é a vida; nem sempre o rio corre , com águas tumultuosas e assim, podemos " remar" calmante, aproveitando a beleza que sempre há nas suas margens; nem sempre as águas são limpidas, nem sempre vemos os peixinhos saltitando à volta do barco e tantas vezes os remos se prendem em pedregulhos que não esperavamos encontrar, mas há que ter calma, porque lá, mais adiante, a paisagem pode mudar: afinal tudo mudo a cada instante e se, agora o rio está com águas sujas e com pedras no seu leito, quem sabe se, na volta ao seu porto de abrigo, não estará tudo limpido e florido? O que importa é que, a cada amanhecer, o barquinho esteja pronto para mais uma viagem e que saibamos remar com calma, sem o apressar. Um belo poema, como sempre, Amiga Graça; um poema nostálgico, como nostalgicos são os dias que nos trazem, no barquinho que nos devolve a casa, um emaranhado de emoções vividas. Um beijinho, Amiga e SAÚDE para todos aí em casa. Obrigada!
ResponderEliminarEmilia
Ah, Graça, você sabe da minha canoa azul... que saudades! Que bom que não era rio, era mar... mas também passamos entre alguns rios com ela. Ah, saudade!
ResponderEliminarÓtima semana, amiga.
Beijinho
Um poema muito belo e nostálgico, onde se sente a saudade tão presente... e não é fácil explicá-la!... Aqui conseguiu-se de uma forma sublime!...
ResponderEliminarAdorei cada palavra, Graça! Um beijinho! continuação de uma boa semana!
Ana
O tempo sempre nos empresta um rosto em duas metades. Um bem conhecida e outra só distâncias.
ResponderEliminarA liturgia do eu poetar é inconfundível e as palavras, como as apanha em sua onírica tessitura.
Um beijo, minha amiga!
Adoro este poema!
ResponderEliminarFaz dias que o li.
"Trouxe o restolho dos fenos"
tão bonito, doce Graça, já sinto saudades de o ler de novo.
Abraço **