Ivan Sandorfi
erguia a foice para avistar a seara,
o celeiro e o pão sobre a mesa.
Diante das árvores sem folhas
curvava os ombros
enquanto um súbito recolhimento
lhe gretava o chão.
Uma tarde o corpo dele fez-se sombra.
E um arado o lavrou como se fosse terra.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p. 10
Excelente poema, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Lindíssimo, Graça.
ResponderEliminarUm beijo.
Perfeito como um poema feito com os olhos na seca do sertão, o sertanejo apesar de forte fecha os olhos e tomba sob o mandacaru e a terra trincada o suga para suas entranhas.
ResponderEliminarForte e belo no triste é arte Graça.
Boa semana amiga.
Beijo de paz.
Um poema de cariz campestre que fala "nela" sem a nomear. Gostei.
ResponderEliminarUm abraço.
Bom dia de paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarO trabalhador para pôr o pão em sua mesa está se definhando...
De ombros curvados e olhar pesaroso vai seguindo a, por fim, se tomba diante da realidade cruel do mundo atual.
Um poema lindo, mais um, com toda reflexão que lhe é peculiar.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho de gratidão
Olá, Graça!
ResponderEliminarPoema belíssimo, onde retrata a vida dura de quem trabalha a terra.
Parabéns!
Gostei muito.
Votos de uma excelente semana, com muita. saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Maravilhoso, bem do teu jeito lindo de poetar,Graça!
ResponderEliminarÓtima semana e aproveito pra te desejar ótimo OUTONO que por aí vai chegar!
beijos, chica
Deixa-me bradar, simplesmente, a plenos pulmões: BELO, BELÍSSIMO!
ResponderEliminarPoema intenso. Gostei muito :))
ResponderEliminar.
Beijo, e uma excelente semana!:)
Poema intenso, profundo, que me deliciou ler. Bela imagem.
ResponderEliminar.
Saudação poética
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Quem trabalha de sol a sol...até que a morte o reclama...
ResponderEliminarBrilhante como sempre...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
O trabalho arduo de quem nunca é reconhecido.
ResponderEliminarTriste e realista.
Muito bem construído.
Gostei taambém da imagem que lhe dá suporte.
Tenha uma boa semana cheia de paz e saúde.
Beijinhos
:)
Ser uma sombra. Talvez seja esse o final inevitável.
ResponderEliminarAlgum arado nos virá colher!
Muito belo o teu poema amiga Graça.
Te cuida.
Uma boa semana!
Beijo.
Uma tarde o corpo dele fez-se sombra.
ResponderEliminarE um arado o lavrou como se fosse terra.
Este poema tocou-me profundamente.
Feliz escolha da imagem.
Boa tarde, Graça
ResponderEliminarBonito poema, bjs querida.
Que bonito, Graça. Como em tão curtas linhas ficou dita uma vida. Porque é assim com alguma gente, vive um poema e nele se gasta. A comunhão sofrida com a terra é comovente.
ResponderEliminarTambém gosto muito do poema 👏👏👏
ResponderEliminarÓtima detecção, amiga Graça. A poesia faz isso, detecta o que os olhos tendem a não ver ... Outro grande poema. Muito grato por você compartilhá-lo. Hoje é o dia em que preciso ler-lo.
ResponderEliminarGrande abraço, Poeta. Sempre cuide-se bem.
amiga os seus poemas sao sempre tao bons a ler mais um muito bonito bravo bjs saude boa semana
ResponderEliminarOlá, Graça!
ResponderEliminarUm belíssimo poema, que retrata a vida do camponês e as dificuldades de outrora. Gostei imensamente.
Beijinhos de paz.
Luísa Fernandes
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo sobre o trabalho árduo de quem nem sempre é reconhecido e sofre as agruras da vida para que o pão não falte na mesa.
Triste o fim de tantos e tantas!
Gostei muito, minha Amiga e Enorme Poeta.
Beijinhos e uma boa semana, com muita saúde.
Ailime
Boa tarde Graça. Poema lindo e maravilhoso. Isso demonstra um verdadeiro e grande amor pela natureza.
ResponderEliminarLo tuyo es la cultura.
ResponderEliminarSensible poema. Que tengas una buena semana
ResponderEliminarBello poema tan intenso. Te mando un beso
ResponderEliminarBonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
poignant and touching poem dear Grace !
ResponderEliminara perfect portrait of life who never departs from ground throughout his life from sowing shadow to plowing his own body the journey encircles the ground completely .
such life may be seem tough but if there is justice no lifestyle appeals me more than this
hugs and love!
E eu curvo-me perante a beleza da tua imagem e essa poesia tao maravilhosa onde a nostalgia me causa uma especie de dor na alma.
ResponderEliminarÚnica es tu em saberes tocar nos temas quotidianos e com eles fazeres autênticas melodias!
O meu abraço querida Graça
Belissimo , de facto, este teu poema, Graça!
ResponderEliminarTe abraço com admiração e estima
Vivem da terra, daquilo que ela lhes dá à custa de trabalho árduo, de sol a sol, esperando apenas que o " rio continue a passar sem correr" para que na mesa não falte a agua fresca e o pão que eles mesmos tiveram de amassar. E pouco mais esperam essas criaturas para que se sintam contentes e agradeçam à virgem, todos os dias antes de deitarem. Vidas simples, muito sofridas e pouco valorizadas e, depois que o peso dos anos os impede de pegar a enxada e semear o grão que lhes dará o pão, são encostados a um canto, sem serventia, esperando que a vida os leve para um outro chão, também de terra, mas nada semelhante àquela de onde tiraram o sustento dos filhos, filhos que, agora, já criados, os deixam numa solidão mais doīda que o trabalho duro dos campos. Dá um aperto no meu coração quando, ao ler este poema, revi gente assim, na aldeia onde nasci. Ainda há alguns, sentados a um canto, com os olhos tristes perdidos nos campos cobertos de ervas daninhas. Já partiu, a grande maioria! Lindo, mas muito triste, este teu poema Graça, mas quem disse que a vida era sempre bela? Não, para muitos ela nunca foi boa ! Obrigada e SAÚDE, Amiga! Um beijinho
ResponderEliminarEmilia
Oh! Belo poema triste!
ResponderEliminarBelíssima imagem escolhida.
Beijinhos e boa semana!
Um grande poema que nos põe à prova:
ResponderEliminar"um arado o lavrou como se fosse terra"
inexoravelmente o destino no último verso.
Mais um poema de uma obra que dói na sombra
melancólica que percorre os olhos de gente.
De todos nós.
Boa saúde, Amiga Graça. Beijo.
Querida amiga, sempre trazendo imagens fortes que fazem pensar. Eu gosto muito desse poema. Há poucos dias passou na TV o comercial de um documentário sobre "Cidades fantasmas", cidades abandonadas depois da pandemia, nas quais existem poucas pessoas morando em tais lugares, muitas tentam sobreviver, mas não passa ninguém para comprar produtos em uma venda, por exemplo. Assim nascem os retirantes, como no "livro Morte e vida severina"...
ResponderEliminarUma ótima semana, amiga. Beijos
O final de uma vida de trabalho. Um poema sublime, de uma nostalgia profunda, que toca o nossa coração.
ResponderEliminarBeijinhos
Se os trevos são de sortilégios ou não, não atrevo-me dizer. A realidade, é que quando nossos corpos se transformam em sombras em solo fértil, nada podemos entender se ainda brotaremos outra vez.
ResponderEliminarÉ sempre um prazer ler teus escritos, minha querida amiga Graça.
Beijos e cuide-se bem!!!
"[...] Uma tarde o corpo dele fez-se sombra.
ResponderEliminarE um arado o lavrou como se fosse terra."
Atravessar a Vida de corpo dobrado
para que da terra se faça o pão. E o
suor caído, tanto, que só fica o sal, na
sombra que lhe deu os calos da mão.
Foi assim... ainda o é, embora menos.
Um grande poema, Graça,
Um beijo. Cuida-te p.f.
E quantos arados por aí a sangrar o chão, Graça
ResponderEliminarParece que ainda muitos se curvarão diante da foice a procura
do pão que os alimente.
Agradeçamos nossa condição, todo dia. Quando ainda leve.
Abraço
Olá, amiga Graça.
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito apreciei, e desejar um feliz dia, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Mestra/ Poetisa, Graça Pires !
ResponderEliminarQue linda forma de descrever um
trágico desaparecimento, em
linguagem poética.
Parabéns e uma feliz semana, com
votos de alegria e saúde !
Um fraternal abraço,aqui do
Brasil !
Sinval.
Olá, amiga Graça, gostei muito de ler esse seu poema, de cunho social, um canto belíssimo e terno. Meus parabéns, poeta!
ResponderEliminarDesejo a você Graça, um ótimo final de semana, cuidando-se bastante.
Um beijo, amiga.
Gran poema. Letras que relejan la vida misma. Polvo somos y al polvo volvemos.
ResponderEliminarBuen jueves.
Un abrazo
Belo, muito belo, belíssimo!
ResponderEliminarE que final, Graça!
Querida amiga, li e fiquei sem palavras. Acontece-me sempre, contigo.
Beijo, fica bem, tem um Outono abençoado.
Graça,
ResponderEliminarBravíssimo!
Linda publicação!
Gosto muito de ler
sem me preocupação em
expor meu comentario.
Sou simplesmente leitora...
E amo ler tudo que você publica.
Bjins
CatiahoAlc.
Preciso poema ♥ Muchas gracias por compartirlo con nosotros
ResponderEliminarTão afiado teu verso, querida Graça, a cavar o fim da vida sofrida.
ResponderEliminarTão bem conseguido|
Beijos, amiga.
Eppure si deve andare avanti comunque.
ResponderEliminarBellissima poesia amica mia.
Um beijo, Poetisa.
Grazue
homens e natureza em sua pureza e acção priginal
ResponderEliminarum vínculo de que somos herdeiros e continuadores.
gostei muito, querida POeta
e minha amiga Graça
porque, afinal de contas, fazemos parte da natureza - ainda que a maioria se esqueça. um beijo, Graça.
ResponderEliminarEm pó te tornarás e na terra serás sepultado...
ResponderEliminarNão temos outra sina...
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
ResponderEliminarImagem impressionante a ilustrar este seu Poema, querida Graça,
que chega até nós num tom que deixa antever o drama e a inefável
leveza do ser que somos.
Esse seu livro, "A solidão é como o Vento", é um manancial de
sentimentos que nos toca a Alma.
Beijinhos
Olinda
A vida é assim mesmo, não há outra saída...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijo.
Afinal, somos folhas e trevos caídos, a fertilizar a terra um dia. Belíssimo , Graça. Grande beijo. Feliz fim de semana.
ResponderEliminarPoema forte e emocionante que leva ao recolhimento interior e à conclusão da efemeridade da vida. O trabalho esforçado e árduo leva a que o homem se esqueça de si e se torne quase invisível para os outros. "...erguia a foice para avistar a ceara, o celeiro e o pão sobre a mesa." A morte é tão despercebida como a vida. Um arado o lavrou como se fosse terra.
ResponderEliminarA imagem que ilustra o poema é bela e perfeita.
Beijo.
«És pó e ao pó voltarás»...
ResponderEliminarLeio um canto muito belo à efemeridade da vida.
Um outono muito agradável, Poeta amiga. Beijos.
~~~~~~
Se presta para varias interpretaciones, entre las que escojo, la ironía del trabajador de la tierra convertirse en rastrojo, para ser arrollado por el arado; pero en una versión más próxima a lo positivo, ser abono para la cosecha del pan. UN abrazo, y mis respetos a sus versos.
ResponderEliminarCarlos
Há sempre magia nas suas palavras amiga Graça.
ResponderEliminarUm poema muito sensível sobre a condição humana.
Beijinho e feliz semana !
Tocante e forte, realista e belo!
ResponderEliminarBoa semana, querida Graça...
Bjs
Destino.
ResponderEliminarToda uma vida... dura e difícil... aqui sublimemente delineada...
ResponderEliminarMagnifico e tocante momento poético, Graça! Adorei cada palavra!
Beijinho!
Ana