Vincenzo Balocchi
Em volta das árvores,
o som dos seus passos
apressados metia-lhe medo.
Quando fugia era mais veloz
do que os pássaros
que lhe abafavam a fuga.
Então partilhava com eles
o suco espesso da fruta
e escondia nas penas das aves
um desprevenido regozijo.
“Um dia hei-de encher as algibeiras
mais largas que tiver”, pensou.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p.13
Bom dia, minha querida amiga Graça!
ResponderEliminarVim deixar-te um beijo e um abraço apertadinho de muita amizade.
Li apenas este poema - e saboreei. Voltarei para ler mais.
Uma semana feliz. Muita saúde.
Gostei deste excelente poema.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
A fruta do vizinho era sempre a melhor...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Boa semana, amiga Graça.
Beijo.
Que lindo poema e arte infantil ainda dividindo com outros!
ResponderEliminarbeijos praianos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarBem o retrato de miúdo traquinas:)
Tive de sorrir ao ler este seu poema,
querida Graça. Com um toque das nossas
infâncias.
Logo pela manhã, delicioso ler as suas
palavras.
Beijinhos
Olinda
Gostei muito deste poema, fala de sensações que nós já tivemos... há muitos anos.
ResponderEliminarUm dia enchi as algibeiras mais largas que tinha
ResponderEliminarperante a condescendência da vizinha
que assistia, com um sorriso
à manifestação do meu regozijo
perante o sabor tão gostoso
Antes da fuga deixei-lhe um aceno tímido
Tantas vezes que eu "roubei" maçãs, ameixas, figos, romãs, uvas, laranjas, tangerinas, melancias, melão, e outras frutas doa quintais e hortas dos vizinhos quando era jovem.
ResponderEliminarFazia parte do dia a dia,lol
Belo poema
.
Saudações cordiais… semana feliz
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Tão bela, esta cumplicidade entre o menino e os pássaros...
ResponderEliminarUm beijo, Graça!
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema lindíssimo que me remete aos tempos da infância em que os rapazes mais atrevidos roubavam ameixas e outros frutos nos quintais dos vizinhos.
Linda a partilha com os pássaros e a esperança de um dia poder saborear os frutos de mão cheia. Tempos em que a fome apertava...
Um beijinho, minha amiga e enorme Poeta.
Desejo-lhe uma boa semana, com muita saúde.
Ailime
A partilha de um tesouro...
ResponderEliminarLindo....
Obrigada pela visita.
Beijos e abraços
Marta
Adorei este poema e a cara traquinas do miúdo na foto.
ResponderEliminarUma lindíssima viagem à infância.
Lembro-me de roubar cerejas, saltando com os meus amigos muros de quintas. Sabia tão bem!
Beijos
É um roubo tão bonito e bem contado que perde a carga negativa:). Os poetas conseguem coisas deste quilate.
ResponderEliminarBoa semana, Graça.
Ne hace memorar mis tiempos de niño, saltando tapias para coger de los árboles preñados, la deliciosa guayaba. Un abrazo. carlos
ResponderEliminarToda una época la infancia de cada cual. Tus versos me estimulan la memoria nostálgica. Todo lo guardado para siempre en ella... Nítidos, certeros versos.
ResponderEliminarAbrazo grande, Poeta, por otro gran poema. Que ande bien, con salud y mucha paz.
Un giorno ci riempiremo le tasche di dolcezza, amica Poetisa.
ResponderEliminarTi auguro una bellissima settimana, amica mia.
Um beijo
Excelente poema. Adorei :))
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida
Beijos e uma excelente semana.
La mente de un niño no puede comprender por qué no puede tomar la fruta de la huerta de un vecino, la tentación era más fuerte que las advertencias que le hacían correr. La inocencia en la mirada y en la belleza del poema que has compartido hoy. Me ha gustado mucho este instante que hemos vivido alguna vez, incluso, niños de la ciudad cuando íbamos al pueblo en el verano. Un abrazo.
ResponderEliminarHermoso poema de la vida misma. Saludos
ResponderEliminarOlá, querida amiga Graça!
ResponderEliminarNão roubei ameixa, mas goiaba sim... Claro que com o consentimento da dona do pé que caia pra minha calçada. Fiz bons doces da vermelha em compota.
Lembrei-me de imediato.
A carinha do menino está linda com a travessura feita.
Foi tão bom ler você aqui. Uma leveza e graça faz muita bem aí espírito.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho Fraternal
A mi avanzada edad el humor me ayuda un poco...
ResponderEliminarQue encanto a poesia para o dia da Criança!
ResponderEliminarA pureza do gesto, as algibeiras cheias...
Sabes... enquanto leio vejo toda a espécie de fruta na aldeia atapetando o chão, alimentando caracóis e merlos. O medo de visitar o alheio ainda lhe traz a ansiedade na sua inocência.
Queria aqui salientar a tua sensibilidade, Graça, o teu gesto tão lindo de ofereceres um livro em pdf, com uma poesia linda num encadeamento literário utilíssimo para o meio escolar.
VOU DIVULGAR, POIS! Obrigada!
Um grande beijo e muita saúde!
Bello y tierno poema. Pobre pequeño con ganas de ciruelas. Te mando un beso.
ResponderEliminarOs quintais dão belos e saudosos poemas. Lembro que a goiabeira do meu quintal dava goiaba branca, mas eu gostava da vermelha. Então eu ia para a vizinha catar goiabas vermelhas maduras, mas era com o consentimento dela. E minha mãe doava frutas do nosso quintal para os vizinhos do bairro. Hoje ninguém mais faz isso.
ResponderEliminarBeijinho e ótima semana, amiga
e escondia nas penas das aves
ResponderEliminarum desprevenido regozijo.
“Um dia hei-de encher as algibeiras
mais largas que tiver”, pensou.
belos versos, amigo
Obrigada pela partilha!
Tenha uma boa semana
Um roubo bem saboroso e um lindo olhar! Grata pela visita...😘
ResponderEliminarBela foto a acompanhar um dos teus melhores poemas, minha amiga!
ResponderEliminarBeijinho de boa saúde e feliz semana :)
Se roubava para comer o dono não devia ficar chateado.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Esse olhar transmite certa inquietude... fez alguma asneira e ainda não sabe as consequências!
ResponderEliminarVejo-me indentificado neste belo poema.
Um grande abraço, amiga Graça.
Um lindo e terno poema que nos leva à magia e encanto da infância.
ResponderEliminarBeijinhos
Poema sublime para celebrar o Dia Mundial da Criança. A cara marota do miúdo da foto traz-me memórias de infância, quando também roubava fruta do quintal da vizinha. Que bom que era!
ResponderEliminarBeijo.
O poeta e sua forma mágica
ResponderEliminarde contar história.
Adorei. Eu também roubava
frutas (manga) no quintal do
vizinho, mas ele, o dono das
frutas, um velho rabugento,
mandava tiro de sal na molecada.
Enquanto uns fugiam por baixo
da cerca e arame eu ficava,
como fiquei uma vez lá no ato,
escondido entre as folhas da
mangueira.
rssss, adorei, recordei as crianças da minha, da nossa geração!
ResponderEliminarQuem, daqueles tempos, não brincava assim?
Roubar frutas era uma brincadeira e tanto, o 'risco' que passávamos
era adrenalina pura!! Como também apertar as campainhas das casas e sair correndo!
Bons tempo, heim querida Graça? rsss
Uma ótima semana, saúde!
beijinho
Bela fotografia. Adorei!
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Grandes palabras y un emotivo pensamiento final.
ResponderEliminarBuena noche Graça.
Un abrazo.
Muito lindo! :)
ResponderEliminarA inocência encantada e encantadora, bem desenhada nestas tão singelas palavras! Gostei muito.
Beijos e tudo de bom!
Um excelente poema, amiga Graça. E uma foto muito bela.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminaruma beleza esse seu poema, que lembra muito a infância de todos nós,
que muitos têm a felicidade de levá-la sempre consigo.
Gostei muito de ler esse seu poema, minha amiga.
Uma ótima semana, com saúde e paz.
beijo.
A doce inocencia sempre traz suas verdades!
ResponderEliminarBelíssimo post, Graça!
Tenha um feliz mês de junho.
Beijinhos
ResponderEliminarE partilhava!...
Este roubador de fruta é adorável!
Beijo meu,
Lídia
Hoje, dia internacional da criança, ao ler o teu poema, lembrei daqueles meninos mais corajosos que invadiam os quintais vizinhos para roubarem todo o tipo de frutas; mas, foi com alguma tristeza que recordei, porque a maioria fazia isso não por "malandrice mas por fome. Havia donos de muitas árvores de fruta que " fechavam os olhos " outros que até lhes ofereciam mais algumas, mas, infelizmente, havia muitos que nem as do chão permitiam que levassem; ficavam a apodrecer ou então eram recolhidas para alimentar os animais. Na minha casa, felizmente não havia fome e eu sentia-me uma criança privilegiada no meio de tantas amiguinhas que, devido ao grande número de filhos, pouco tinhampara comer e a fruta, essa, só a que apanhavam nos quintais alheios. Hoje, a fome continua e os quintais com fruta são vedados com muros para que ninguém ouse entrar, mas o que mais choca é a quantidade de fruta que vai para o lixo por razões que, por mais que tente não consigo entender. Enquanto isso, o menino continua " a roubar ameixas do quintal do vizinho." Um belo poema que nos leva a reflectir, , querida Graça, principalmente hoje, dia em que devemos lembrar as crianças que morrem de fome. Beijinhos e saúde para todos aí em casa
ResponderEliminarEmilia
O acto em si é um enorme poema:
ResponderEliminarroubar ameixas, o doce na memória.
Não sei qual o pássaro,
o das algibeiras largas,
sei dos pegões nos calções
que não passavam despercebidos à mãe.
Mas o doce superava a reprimenda,
tanto assim que não havia emenda
no passarito, olha quem...
Mesmo de asas curtas subia
ao cocuruto da emoção
onde o sol mais doirava.
Uma beleza o colorido dos versos, perdão,
das penas, Amiga Graça Pires.
Desejo-lhe o melhor nestes dias turvos
que persistem em confundir-nos.
Um beijo.
no voo da tarde
Passei para ver as novidades.
ResponderEliminarMas gostei de reler este excelente poema.
Continuação de boa semana, amiga Graça.
Espero que esteja tudo bem e de saúde.
Beijo.
fruto roubado tek outto saber...
ResponderEliminare o poema +e muito belo
Beijo, querida Poeta
Comovente... Uma ternura.
ResponderEliminarAgradeço a leitura de um poema tão belo e sensível.
Bom fim de semana, Poeta amiga. Beijos
~~~~~~~~~~~~~~
Belissimo Graça!
ResponderEliminarO teu poema trouxe-me maravilhosas lembranças da minha infância traquina, como se diz aqui no Porto. Não resisti em ler várias vezes...com comoção!
Grato por me proporcionares tão maravilhosos momentos.
Um bom fim de semana, minha amiga, com muita saúde!
Beijos.
Amiga Graça,
ResponderEliminarDas mentes lúdicas das crianças não se roubam nem ameixas e nem sonhos... Pena que muitos crescem e disso se esquecem.
Sempre é um prazer ler os teus escritos.
Beijos e bom final de semana!!!
Tão bonita esta forma de escrever sobre quem rouba fruta de uma árvore!
ResponderEliminarMaravilhoso!
Um abraço, Graça.
Que lindo Graça!
ResponderEliminarVi você no blog da Taís e gostei muito de vir visitar seu lindo espaço
E amei o nome do seu Blog. Muito profundo e bonito!
Amei também essa poesia, já roubei também, não no quintal do meu vizinho, mas no convento, Não fruta, eu roubava pedaço de bolo mesmo kkkk
Um abraço, aparece lá no meu blog. Com carinho, Larissa.
Fruta roubada sabe melhor...
ResponderEliminarAdorei o menino da foto!
Beijo!
Boa Tarde Graça
ResponderEliminarUm poema que me fez sorrir.
Mas, há um ditado popular que diz” a fruta do vizinho é sempre melhor que a minha”
Uma boa semana com muita saúde e harmonia.
Um beijo
;)
A enternecedora inocência de uma criança, num mix adorável com uma irresistível gulodice... tão bem expresso, no seu poético sentir, Graça!
ResponderEliminarPura maravilha! Beijinho
Ana