para que eu possa procurar a minha.
Onde está o berço, a cambraia,
a saliva na teia dos dedos?
Diz-me, conta-me os lugares
e os jogos da tua meninez.
Quais as brincadeiras,
os heróis, as teimas?
Deixa-me partilhar contigo
o cume da montanha
onde te escondias, sem ruído,
nos detalhes do horizonte.
Permite que o manancial de teus olhos
se derrame nos meus olhos,
para que os dias não cubram de secura
a memória da água.
Graça Pires
De Antígona passou por aqui, 2021, p. 29
UAU! Que linda poesia! E há tanto a falar das infâncias...Boas e ricas lembranças em cada detalhe! A foto linda também!
ResponderEliminarbeijos, ótima semana! chica
Gostei deste belo poema.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
As memórias de infância partilhadas... os sonhos e os desejos escondidos...
ResponderEliminarPara sermos felizes...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
A sua poesia é de uma sábia e criativa inspiração. As suas publicações são das que merecem destaque neste panorama de blogues. O poema de hoje é de grande sensibilidade.
ResponderEliminarUm abraço.
Esplêndido poema, Graça!
ResponderEliminarO meus sonetos - sobretudo os sonetos - não deixam que se "cubra de secura a memória da água".
Já perdi a conta àqueles em que falo da minha infância. Mas sem lágrimas, Graça, sem lágrimas, que mulher que perdeu um filho e lhe sobreviveu trinta e três anos, esgotou-as há muito tempo.
Um beijo
Querida amiga Graça, boa tarde de paz!
ResponderEliminarTempo bom tão belamente retratado em seu poema tão vivencial.
Brincar era nosso ofício e o tempo que sobrava dos estudos era para dar asas à imaginação.
Parabéns pelo dom de pôr em palavras o que vivemos no tempo, por excelência, perfeito.
Tenha uma semana abençoada!
Beijinhos
😘💐
Graça,
ResponderEliminarMinha infância foi
o necessário pra e sobreviver
a adolescência.
Tenho recordações ótimas
e vou levando a meninisse comigo
mesmo já com quase 60 anos.
Lindo texto.
Bjins de boa nova semana.
CatiahoAlc.
Quanta poesia derramada neste poema. Intraduzível a beleza das imagens dos "tempos que não voltam mais". Muito bela a sua representação, minha amiga Graça!
ResponderEliminarUma boa semana!
Um beijo,
Querida amiga Graça,
ResponderEliminarParece que o tema da idade lúdica nos "pegou de jeito".
Quem dera a juventude fosse eterna, mas, tudo na vida é sazonal.
Beijos e que tua semana seja suave!!!
Ah! que beleza!
ResponderEliminarApenas digo:
Na infância... Bastava sol lá fora e o resto se resolvia.
Uma boa semana com muita saúde minha Amiga Graça.
Um beijo!
Um poema extraordinário.. Amei...
ResponderEliminarAs brincadeiras doutros tempos eram tão sodáveis!
-
Deambulam pensamentos ...
Beijo, e uma excelente semana.
Ah como a infância deixa marcas e saudades!
ResponderEliminarUm encanto seu poema, Graça
Obrigada por fazer-me ninar enquanto procuro meu berço ...
grande e feliz semana, amiga
fica beijinhos
Tão bom... Lendo o seu poema, amiga Graça, ainda me apetece brincar!
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Adorei o poema e a fotografia.
ResponderEliminarGraça, é como se estivesses a falar comigo, porque me encontrei em cada palavra do poema.
Um beijo
Fizeste-me recuar no tempo e voltar àquela casinha, na aldeia onde nasci e vivi até constituir familia, casinha que ainda resiste de pé, mas vazia de gente. Sem os exageros e abundância dos nossos dias, tive uma infância feliz; tinha o " suficiente" e, o mais importante, muito amor por parte dos meus pais que fizeram tudo para que, numa época tão dificil, os dois filhos estudassem. Hoje, não há criança com a fome que eu via na minha aldeia, mas há " olhinhos tristes " pelo abandono a que são votados, mesmo tendo os pais em casa. E depois temos todos os outros , mortos pelas guerras, violentados por todo o tipo de sordidez, jogados no lixo mal saem do útero da parideira que não pode ser chamada de mãe. E a irracionalidade humana é tanta, Graça, que a meninice de muitas crianças será uma fase que não quererão sequer lembrar que existiu. Algumas conseguem superar e tornam-se cidadãos responsáveis e felizes, mas a maioria ficará com o coração a sangrar pelo resto da vida Poema belissimo que nos leva a reflectir no mal que o nosso mundo faz às crianças. Obrigada, Amiga e, já de volta desde o dia 9, tentarei, rapidamente, voltar ao contacto com os meus Amigos . Espero que estejam todos de saúde aí em casa. Beijinhos
ResponderEliminarEmilia 👏 🙏
Boa Tarde, amiga Graça.
ResponderEliminarSublime poema,onde a infância está aqui bem retratada nestas belas palavras.
Gostei muito.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
No sabía que esta magnifica fotográfa escribía también poesía. Creo que tiene razón porque somos lo que fuimos en la niñez, es una verdad sin duda alguna. Gracias por compartirlo. Un abrazo.
ResponderEliminarEste gran poema, Graça, me retrotrae a mi infancia, me sensibiliza y me provoca identificación. El objetivo de tus versos seguramente está logrado, amiga. Chapeau!!
ResponderEliminarAbrazo grande, Poeta. Todo lo mejor para vocé!!
Tão bonito, Graça, "onde te escondias, sem ruído, nos detalhes do horizonte". A voz dos poetas é sempre outra voz.
ResponderEliminarBoa semana
Que lindo!
ResponderEliminarFalar da infância é escrever um livro...
Que poema! assim é na entrega do outro nos entregamos e a infância sempre nos traz tantas recordações e conexões com contiunamos a er.
ResponderEliminarAmei. bjssss
Foto preciosa que poco se ve ahora. Una época que vivimos muy feliz disfrutando con amigos y muchos juegos. Gracias por tan lindas palabras
ResponderEliminarBuena noche Graçá.
Un abrazo.
Linda poesia, Graça!
ResponderEliminarQue nunca esqueçamos as ricas memórias da infância!
A foto em si já é uma boa recordação.
Boa semana
Beijinhos
Boa noite Graça Pires,
ResponderEliminar" Fala-me da tua infância
para que eu possa procurar a minha."
Linda sua escrita. Beijos.
Que poema tan dulce y melancólico. Te mando un beso.
ResponderEliminarÉ muito bom falar da infância 😘
ResponderEliminarEu falava, mas já disseste quase tudo, Graça.
ResponderEliminarE em bonito. :)
abraço
A infância, lugar de memórias a que
ResponderEliminarsempre voltamos.
A partilha dessa parte das nossas
vidas com companheiros de brincadeiras
constitui uma bênção.
Ainda assim, diz-se que há uma criança
no nosso íntimo que nos permite ver
o mundo com singeleza, por vezes.
Boa semana, querida amiga Graça.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde Graça
ResponderEliminarTodos nós temos lembranças boas (e más ) da nossa infância.
O teu poema já nos transmite tudo.
Muito belo e comovente.
Desejo uma semana abençoada com muita saúde.
Um beijo
:)
Um poema sublime que me fez recordar os meus tempos de infância.
ResponderEliminarTempos mágicos, que ainda hoje alegram o meu coração quando neles penso.
Beijinhos
Poema encantador sobre a infância. As memórias desse tempo nem sempre são felizes, mas quando acodem à memória são muito reconfortantes e restiuem, por momentos, o estado de graça de então.
ResponderEliminarA foto é deliciosa e nostálgica. Gostei muito do poema e da foto.
Beijo.
Fala, fala-me da tua infância!
ResponderEliminarPrimeiro queria anuir contigo todas as brincadeiras comuns: E que alegria na simplicidade dos nadas com que nos deliciávamos.
Depois, quero mergulhar no teu Poema e nadar os meus momentos nessa "memória da água".
Tão belo, Graça. querida amiga!
Abraço!
Boa tarde. Desejo uma ótima tarde de Terça-feira minha querida amiga Graça. Falaste de forma única e especial sobre a infância, texto maravilhoso minha querida amiga.
ResponderEliminarDe grande beleza este poema, tecido de belos sentimentos! Fala dum período que me vem muito à memória, os meus brinquedos eram as flores, os pedacinhos de louça quebrada que encontrava, era o divertimento nas águas do rio, nunca tive brinquedos, mas subia às árvores e era livre como uma borboleta, e volto lá sempre com um sorriso, porque é certo que fui amada e cuidada. Adoro seus poemas! Quero também agradecer-lhe muito as palavras que me deixa, bem haja. Beijinho, boa semana.
ResponderEliminarnnuno
Minha querida...As recordações da criança que fomos é sempre uma terna saudade,uma doce recordação. Um beijinho
ResponderEliminarA infância ... esse período dourado onde todas as crianças deveriam ser felizes!
ResponderEliminarTe abraço, querida Amiga
Molto bella. Andiamo alla fonte, andiamo all'origine la mia e la tua, e andiamoci assieme.
ResponderEliminarBrava amica Poetisa.
Buona settimana, um beijo
belo, POET ...
ResponderEliminarÉno outro que dicraframos os nos pequenoos "novelos"
da vuda,,,
gostei muito
beijo
Mereces o meu livro
ResponderEliminardá-me a tua morada
É sempre bom recordar a infância.
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre.
Continuação de boa semana, amiga Graça.
Beijo.
A infância, esse lugar de ouro! Belo poema.
ResponderEliminarBeijo amigo
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Falar de infância...
ResponderEliminarBora lá!
Domingo, amamnhã de manhã, estarei na esplanada do Limo Verde, computador aberto e livrinho em cima da mesa
Se puder, apareça
Caso não, ele chegará à sua caixa do correio
Beijo
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminarum belíssimo poema nessa busca insistente,
em todos nós, da infância saudosa. Parabéns,
poeta amiga! Votos de um bom domingo e de uma
ótima semana.
Beijo.
Belíssimo, tanto as palavras, como a foto escolhida para as ilustrar, na qual me perdi a olhar.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana!
Belíssimo poema, minha amiga, e quem de nós
ResponderEliminarnão sente saudades das brincadeiras, das amigas,
dos lugares esquisitos que desvendávamos e saíamos
correndo e rindo...
É uma fase de nossas vidas que nunca esqueceremos,
éramos cuidados, acarinhados, dá saudades, sim!
Um beijinho e uma feliz semana, querida Graça.
Simples, cristalino como a vidraça da infância, olhos postos nas "correrias" das andorinhas. Vieram-me memórias da janela da avó.
ResponderEliminarO poema é um afago sem idade.
Com um beijo grato, saúde e alegria, Amiga Graça Pires.
Vaya saudade de la niñez, de los juegos y lo que mejor la define: la brincadera. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarTão belo e comovente.
ResponderEliminarFoi uma viagem no tempo à infância que já la vai.
A fotografia é lindíssima.
Que mais posso dizer !
(Dá vontade de ficar por aqui ).
Abraço e brisas doces ****
Um momento poético tão especial, que nos remete a todos para a nossa infância!... Tanto através das suas poéticas palavras... como através da imagem, que não poderia ter sido melhor escolhida...
ResponderEliminarTudo muito belo, Graça! Beijinhos!
Ana