Katia Chausheva
Perto do chão há gritos aferrados à vida e à morte.
Há partos e perdas dolorosas.
Há o urgente fôlego de cada nascente junto às pedras
com nervuras de erosão e luz
a depurar o reflexo da água.
Há flores e bichos.
Há raízes de árvores e de plantas e musgo
e alfazema e cardos e fenos.
Há campos repousando do cansaço da terra.
Perto do chão onde me ajoelho,
há o reino subterrâneo da noite
em conflito tenso com o dia,
numa dialéctica posta à prova por olhares videntes.
Graça Pires
De Antígona passou por aqui, 2021, p. 27
Tanto há nesse ato de ajoelhar-se na terra!
ResponderEliminarLinda poesia e instigante imagem! Linda nova semana! beijos, chica
muito bonito como sempre é tao bom ler bjs feliz semana saude
ResponderEliminarHá sofrimento, para muitos, nos dias de hoje. Também é missão do poeta deixar testemunho da tragédia.
ResponderEliminarUm abraço.
Poema intenso, profundo, poderoso, lindo de ler.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas.
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Poema: “”Pedaços que dividem o coração ””…
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Olá, Graça!
ResponderEliminarExcelente!
Santo Agostinho disse:- Deus apenas permite o mal, se puder retirar dele um bem superior.
Para o ser humano, a questão do mal e do sofrimento é um grande mistério, no entanto, podemos nos aperceber que através das provas e das nossas dores, crescer no amor. Tudo depende do modo como encaramos o sofrimento.
Este seu poema , deixa-nos a pensar.
No chão há de tudo...
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre. Os meus aplausos.
Boa semana, amiga Graça.
Um beijo.
Há flores e bichos.
ResponderEliminarHá raízes de árvores e de plantas e musgo
e alfazemas e fenos.
há campos repousando do cansaço da terra.
Boa tarde de paz, querida amiga Graça!
Saboreio cada verso e encontro sempre belezas ímpares.
Tenha uma nova semana abençoada!
As fotos ilustrativas são muito boas e significativas.
Beijinhos
Há dor e paixão... Há desespero e esperança... Há quem desista e quem procure sempre a luz...
ResponderEliminarBrilhante...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Belíssimo poema!
ResponderEliminarSintamos a terra, o ventre de onde vimos e para o qual havemos de regressar.
Beijinhos
Primeiro perturba-nos a imagem, da autoria de Katia Chausheva.
ResponderEliminarO coração bate-nos mais depressa, quando começamos a ler o poema da Graça:
Ajoelho-me na terra, vulnerável e insubmissa.
há o reino subterrâneo da noite
em conflito tenso com o dia,
numa dialéctica posta à prova por olhares videntes.
A beleza deste poema contém em si próprio uma insubmissão, que nos desafia e nos comove.
Que maravilha, Graça
Beijos
Permito-me subscrever o comentário de ManuelFL, pois transmite exactamente o que penso.
ResponderEliminarAmiga, beijinho e excelente semana para ti
Belíssimo poema, amiga Graça!
ResponderEliminarDe facto, o ambiente que nos rodeia é cruel.
Sabe a fel e cheira a mofo.
Gostei muito. Parabéns!
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
“Perto do chão onde me ajoelho, há o reino subterrâneo da noite em conflito tenso com o dia”
ResponderEliminarUm poema/denúncia, um grito forte e intenso de indignação e revolta. Para ler e reler.
Gostei muitíssimo, minha querida amiga Graça.
Beijo, boa semana, protege-te bem do frio e do vento.
Profundos versos que tu sensible mirada nos para que paladeemos tu poética... Me lo llevo en la memoria, amiga. Magistral una vez más.
ResponderEliminarAbrazo agradecido, Poeta, con el placer de siempre de leerla.
Es un poema profundo y bello transmite un gran sentimiento y una gran sensibilidad.
ResponderEliminarha sido muy placentero leerlo, gracias por saber escoger lo mejor para una mirada detenida.
Te dejo besitos, mi gratitud y bendiciones.
Se muy, muy feliz.
Que poema tão bonito. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida
.
Beijos. Uma excelente semana.
Ajoelhar-me-ia, se necessário, minha amiga Graça.
ResponderEliminarMas fiquei contrito ao ler o seu poema. Contrito como se fosse uma oração (não tenho certeza de que não o é, ouso afirmá-lo que sim), e que bela oração com a força de transformar o olhar diante da vitalidade e da mortificação.
Como é bom saber que a sua poética está sempre ao nosso alcance, minha amiga!
Beijo, minha amiga e boa semana!
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo que nos transmite os sentimentos profundos e sensíveis da Poeta em que, como numa prece, nos coloca perante os conflitos entre o bem e o mal, a luz e a noite, o sofrimento e a esperança.
Um poema brilhante com o seu cunho muito pessoal.
Parabéns, minha Amiga e Enorme Poeta!
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
Es un placer pasar por sus blog, hermoso poema Saludos
ResponderEliminarPara além do lido
ResponderEliminarpara além do dito
sobra
por dizer
o sentimento
do profundo respeito pela natureza
quando se ajoelha
Beijo
Hermoso y perfundo poema que nos hace reflexionar. Te mando un beso. .
ResponderEliminarEsse ainda é meu livro de cabeceira...
ResponderEliminarAmiga, o conflito do poeta, o conflito do ser humano, o conflito de todas as eras será sempre a dialética entre vida e morte? São muitas, mas parece ser esta a principal.
Um beijinho e ótima semana
Mais um bonito poema que vim cá conhecer.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Um belo ajoelhar poético sobre a natureza...👏👏👏... Adoro o olhar! Bj
ResponderEliminarAjoelhar é um gesto de quebrantamento e clamor. Um poema lindo e radiantemente reflexivo.
ResponderEliminarO meu abraço nesta boa terça-feira, Graça.
Amazing writting. You know how to write what you feel and the way of your writting is truly exceptional. Great work.
ResponderEliminarBom dia, Graça
ResponderEliminarPoema reflexivo, um forte abraço.
Chão: lugar onde se dão tantas metamorfoses de beleza e vida mas também de partos tantas vezes com tanta dor. É tantas vezes para ti um sitio donde arrancas as mais belas insinuações onde embarcamos gostosamente contigo.
ResponderEliminarBelo, querida Graça
Um abraço
Se todos estivéssemos preparados para olhar o chão, e extrair dele mais lições de vida, do que pensarmos em chegar o mais alto possível, tantas vezes por qualquer meio, e não passo a passo... talvez soubéssemos dar passos mais firmes e sensatos, neste nosso atribulado mundo... e a dar valor a todas as etapas do caminho...
ResponderEliminarUm poema muito belo e profundo que é sempre um gosto imenso descobrir!
Deixo um beijinho, e votos de uma feliz semana, Graça!
No meu próximo post, mais daqui a uns dias, destacarei um dos seus trabalho, Graça, se não vir inconveniente... com o respectivo link para aqui, claro!
Tudo de bom!
Ana
Boa tarde Graça
ResponderEliminarUm ajoelhar perante a natureza e agradecer.
Um poema que é um misto de sentimentos e respeito.
Mais um belissímo trabalho poético que me fez bem ler.
Boa semana com muita saúde e alegria.
Um beijo
:)
Um poema muito intenso que "vive" a angústia que grassa pelo mundo, a guerra a fome as tragédias que assolam o planeta.
ResponderEliminarMais um poema que reli com a mesma emoção da primeira vez.
Abraço e saúde
Poema de grande sensibilidade que leva à reflexão sobre o conflito entre a vida e a morte, o bem e o mal a que o ser humano está sujeito. Dor, desespero, mas também esperança e alegria.
ResponderEliminar"Perto do chão onde me ajoelho, há o reino subterrâneo da noite em conflito tenso com o dia".
A imagem que ilustra o poema é emocionante e tem tudo a ver com o texto. Maravilhosa!
Gostei muito.
Beijo.
O que a Graça encontra perto do chão é sempre iluminado. Mesmo se é miséria. E grito. E rouquidão cansada. A voz da Graça é sempre uma coisa que é outra coisa do que existe.
ResponderEliminarBoa semana Graça
Um poema intenso e profundo , Ajoelhar-se para para poder mais se aproximar da realidade e demonstrar prontidão diante da vida .
ResponderEliminarAbraços . Fica na paz , Graça.
Querida Graça,
ResponderEliminarExiste vida em cima e embaixo da terra, ela é a natureza e a beleza do planeta.
Lindo texto poético.
Beijos!
Profundas palabras. No olvidemos que al final volvemos a ella. Me encantó Graça. Gracias.
ResponderEliminarBuen miércoles.
Un abrazo.
Intenso poema, maravillas de tu pluma querida poeta.
ResponderEliminarAbrazos
Belas palavras! Adorei!
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts interessantes. Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
os teus e teus livros são sempre inspiradores
ResponderEliminarsda minha admiração pelo teu "universo poética"
poema muito belo e profundo
adorei ler
beijo, querida POeta e amiga
E temos todos de ajoelhar neste chão que um dia receberá o nosso corpo, ajoelhar de agradecimento, ajoelhar de angústia, ajoelhar pelo peso do tempo em nós; uma luta diária é travada neste nosso caminho entre as alegrias, os desanimos, as tristezas, porque tudo encontramos a cada passo que damos em direcção ao fim. O chão que nos foi dado percorrer é fértil em bênçãos que nem sempre sabemos agradecer, mas exige de nós força, sensatez e uma grande capacidade de saber dar valor ao que realmente importa, deixando de lado as animosidades que só prejudicam a nossa vida e a dos outros. Este nosso chão é constantemente " adubado " com o sangue de inocentes que tombam nas guerras, treme com os gritos desesperados de pessoas violentadas, com o choro silencioso de crianças com fome, já sem forças para gritar. E tudo isto desespera os homens e mulheres de boa vontade que ajoelham, não para agradecer, mas sim, pela frustração de nada poderem fazer. Houve, alguém, num comentário acima que comparou este poema a uma oração e eu concordo, querida Amiga. Uma oração sentida que fazes, com humildade, de joelhos. Obrigada ! Também orei. Um beijinho e que a saúde não te falte , nem a ti, nem aos teus
ResponderEliminarEmilia 🙏 🤲 🌻
Boa noite de quarta-feira minha amiga Graça. Obrigado pela visita e comentário. Acho que precisamos ter mais os nossos joelhos na terra. Obrigado pela reflexão e textos maravilhosos.
ResponderEliminarGostei de reler este magnífico poema.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, amiga Graça.
Um beijo.
No chão há, enfim, a vida.
ResponderEliminarGostei muito do poema, desenvolvido numa dialética existencialista, que nos inquieta e empolga.
Abraço de poética amizade.
Juvenal Nunes
É sempre com prazer que leio o seu mar de palavras tão belas, duma grandeza onde não falta a ternura e a lavareda da vida. Saio sempre mais rica
ResponderEliminarAgradeço o apreço pela minha simples poesia e, desejo tudo bom neste novo ano.
Beijinho
Aquello que expresa el poeta, no siempre es fácil de comprender pero en éste, se siente una gran emoción. Hay un problema latente que hunde las rodillas pero que, al mismo tiempo, levanta el corazón con el mensaje que recibe de la naturaleza. Abrazos de paz y un mundo pleno de emoción y poesía.
ResponderEliminarÈ una continua lotta il nostro cammino. Fatto di gioie e di fatiche. Camminiamo, non fermiamoci.
ResponderEliminarUm beijo
Querida Graça, vim deixar um beijo e desejar um fim-de-semana bem quentinho.
ResponderEliminarObrigada, amiga!
SIM, junto à TERRA está tudo, aí a nossa origem.
ResponderEliminarBelo poema, intenso, que convida a uma reflexão profunda.
Mesmo de joelhos no chão, sim, porque é terra.
Forte abraço de vida
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Junto à terra há luz e escuridão, raízes e perfumes, vida e morte...
ResponderEliminarE ao pó tudo regressa...
Um poema bastante contundente, expressivo e eloquente...
Bom fim de semana. Beijinhos, querida Poeta.
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Ajoelhar em profunda reflexão e gratidão.
ResponderEliminarUm poema intenso e muito forte.
Obrigada pela partilha.
Bom fim de semana!
Beijinhos
Linda poesia, meus parabéns.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
ResponderEliminarImagem forte, quase trágico, que acompanha bem a essência
deste poema. A terra aqui invocada num dos momentos
em que a revolta se assanha e os joelhos se dobram
num contacto de pertença.
Aos poucos "Antígona..." vai-se insinuando no nosso
espírito e descobrimos quanto tem a ver connosco em alguns
momentos da vida. E aqui ficamos em estado de pura
reflexão.
Um dos seus melhores livros, querida Graça. Um prazer
relê-lo assim, tão compassadamente.
Bom domingo, minha amiga.
Olinda
Muito belo, amiga Graça!
ResponderEliminarDE joelhos, a humildade nos faz bem.
Beijinhos e boa semana!
Great article and good blog. I followed your blog now. Thx
ResponderEliminarDe joelhos na terra. Insubmissa até que sangrem os joelhos
ResponderEliminare se liberte o grito sufocado na garganta!
Deixa que junte o meu grito ao teu neste teu maravilhoso poema!
Uma boa semana para ti minha Amiga Graça, com muita saúde.
Beijos!
Exceptional, beautiful, powerful!!!!!
ResponderEliminarYes ground holds numerous secrets and burden of life my friend. Dark conspiracies of time and glorious narration of light. Conflict between darkness and light is from the beginning and Will continue ti eternity. Being left in the middle of this fight we are forced to pick a side and survive :)
Health peace and happiness to you and your family
Mais um momento maravilhoso
ResponderEliminarGosto muito dos poemas Antígona, passa e fica em nós.
Abraço e brisas doces ***