Sem prazo, sem aviso, sem detença,
aconteceu em abril
o mais esperado tempo
e, com ele, o cheiro
da terra que nos pertence.
No contorno deste chão
um grito abraçou o povo comovido
com o assombro e com os cravos.
Reinventaram-se os sonhos
e as palavras fraternas.
Era madrugada em lisboa.
E o dia captou a dádiva da luz matinal
para que cintilasse no olhar de toda a gente.
No clamor de cada rua,
a palavra liberdade
passou de boca em boca,
até ao enrouquecimento da alegria.
Graça Pires
De Era madrugada em Lisboa: louvor a um dia com tantos dias dentro, 2024
Muito belo!
ResponderEliminarQue novas madrugadas nos sejam sempre de liberdade!
Beijinhos e tudo pelo melhor!
Bom dia de Paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarO alvorecer traz uma carga de luminosidade estupenda...
Viva a claridade da Liberdade!
Enrouqueçamos no grito poético!
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho fraterno
Um dia inesquecível.
ResponderEliminarBem retratado neste magnífico poema.
Boa semana.
Beijo.
Louvor e homenagem a esse dia tão importante que recuperou sonhos!!!
ResponderEliminarLinda poesia! beijos, ótima semana, chica
Assim foi amiga Graça.
ResponderEliminarCuriosamente, estava em Angola na guerra colonial quando se deu o 25 de Abril de 1974.
Foi um grito de alegria e de liberdade que todos os militares sentiram mesmo a milhares quilómetros de distância.
Excelente poema, que muito gostei!
Votos de uma ótima semana, e viva a Liberdade!
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Comparto esa alegría, la libertad es el don más grande que todo ser humano pueda tener.
ResponderEliminarMuy bello el poema, una hermandad de sentimientos.
Cariños.
kasioles
Ainda sentimos a emoção e trazemos as promessas na boca e nas mãos.
ResponderEliminarBoa semana.
Um abraço.
A partir da manhã, se bem me lembro, os comboios da linha de Cascais encerraram as bilheteiras, os revisores deixaram de revisar, e era vê-los partir para o Cais do Sodré carregados de gente que ria e que cantava...
ResponderEliminarObrigada por tão bem louvar este "dia com tantos dias dentro", Graça.
Um beijo
Um dia colorido, cheio de aromas.....
ResponderEliminarUma nova palavra a ser celebrada....
Beijos e abraços
Marta
Foi realmente um momento de grande agitação, catarse, paixão e envolvimento. O poema capta bem essa centelha: "dia captou a dádiva da luz matinal". O verso, porém, que mais me tocou pela forma e conteúdo foi o último:"até ao enrouquecimento da alegria." (a personificação de um sentimento). Irei comprar o livro.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana, Graça.
Lindo !
ResponderEliminarAdorei conhecer-te pessoalmente e também ao teu marido !
Abraço carinhoso para vós e continuem felizes :) :)
Uma forma belíssima e eloquente de passar o testemunho...
ResponderEliminarVivia-se uma página valente e brilhante da nossa história...
Uma semana de Abril muito agradável. Beijinhos
~~~~~~
“Era madrugada em lisboa.
ResponderEliminarE o dia captou a dádiva da luz matinal
para que cintilasse no olhar de toda a gente."
Querida amiga Graça, mais um vivo relato poético da festa da liberdade, mais um final cintilante. Senti a comoção do povo.
Beijo. Uma boa semana. Um cravo vermelho.
Si sabremos aquí también de eso. Dejar atrás la encerrona de la negra noche... Viva la libertad!! Conmovedor poema, amiga Graça.
ResponderEliminarHello Graça,
ResponderEliminarWonderful words.
It's special for all human to live in freedom.
Nice picture at this post.
Sweet greetings,
Marco
Lovely.
ResponderEliminarAh!, querida amiga Graça
ResponderEliminarNão há coincidência
Mas cumplicidades
Quando usamos as mesmas palavras
Perfume é sinónimo de cheiro, seja da terra
ou do odor que pairava no ar
Da minha voz rouca
ao teu enrouquecimento da alegria
Bela esta página 11, do teu livro
que trago sempre comigo
Beijo
Deste chão onde as aves caem cegas
ResponderEliminarsurgiu, inesperadamente
um rumor de asas batidas de claridade.
- quem vem lá?- perguntaram alguns,
ainda no assombro da clandestinidade.
- é aquela que vence o verdugo e o ditador- disse o rumor.
O espanto iluminou o olhar cansado de tantos dias.
O Tejo clareou as suas águas na esperança inusitada de um futuro
e, sem grades, ouviu-se um coro
a uma só voz, expandido pelas ruas abertas da cidade
na febre única da alegria gritavam todos: liberdade, liberdade!
Um beijo, querida Graça
ResponderEliminarQuerida Graça
Do seu poema chega-nos um quadro pintado de belas
cores e de muitas emoções. Nessa madrugada tudo mudou
até o cheiro da terra, a luz tornou-se mais brilhante´
e em cada abraço reconhecia-se um amigo.
Tudo de bom, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Querida Graça,
ResponderEliminarA liberdade nunca foi algo simples de se conquistar e até hoje muitas nações vivem com inúmeras restrições e governados por ditaduras ferrenhas e violentas. Que o clamor das ruas possa trazer a liberdade que tantas pessoas não possuem pelo mundo.
Beijos e boa semana!
Hermosa pomea. Lindo homenaje a una fecha tan importante para tu país. Te mando un beso.
ResponderEliminarHappy freedom to your people dear Grace and thanks for sharing your joyous moments with us all
ResponderEliminarmany more joys to you and loved ones
Estes poemas da Graça de celebração do 25 de Abril enchem-nos de alegria e de emoção.
ResponderEliminarBem hajas poeta pela partilha.
Bom dia GRaça
ResponderEliminarCada poema que aqui nos traz, a lembrar Abril é um poema para a história.
Bonito e com uma imagem muito em sintonia.
E que Abril perdure!
Boa semana com saúde e paz.
Um beijo
:)
Bom dia, Graça
ResponderEliminarLindo poema, parabéns, um forte abraço.
Bom dia. Graça! Gostei imenso. Seu poema é uma celebração da esperança, da luta e da transformação. Sua linguagem poética nos envolve e nos faz sentir parte desse momento único. Parabéns por expressar tão vividamente essa experiência. Beijos.
ResponderEliminarHermosa y esperanzada poesía. La dictadura, nunca más.
ResponderEliminarhttps://laantorchadekraus.blogspot.com/2024/04/el-nino-que-no-perdio-ni-el-lapiz-ni-la.html
Obrigado y saúde.
Bellissima! La terra ci appartiene, come i sogni e come le albe a venire.
ResponderEliminarUn abbraccio grande, amica Poetisa, e ti auguro sempre tanta libertà
Belo canto da liberdade Graça.
ResponderEliminarO esperança enfim venceu o medo.
As lembranças amargas são cobertas pelos cravos.
Que nunca mais se permita a posse de tiranos desalmados.
Que Portugal possa viver a democracia em toda sua tradução.
Maravilhoso poetizar deste momento da historia que findou
uma página suja e triste.
Viva a Revolução.
Bjs e paz amiga querida de além mar.
..."até ao enrourecimento da alegria"
ResponderEliminarQue belíssima metáfora, minha querida amiga!
Tudo foi belo, a história , nunca é demais ser repetida , mas tantas vezes o que nos maravilha e faz a diferença é "o enrouquecimento da alegria!
Parabéns,sempre, POETA!
Terno abraço
O novo livro de Graça Pires "Era madrugada em Lisboa", é uma celebração ao dia 25 de Abril. Cada verso comove emociona o coração de quem viveu este dia mágico e único. Viva a Liberdade!
ResponderEliminar25 de Abril sempre! Obrigada Graça por escreveres um livro tão belo.
Beijo.
Que belo poema! Há nele a vivência e a poética que tão bem trabalha!
ResponderEliminarUm beijo
Boa noite de quarta-feira minha querida amiga Graça. Poema maravilhoso e especial. Grande abraço carioca.
ResponderEliminarBoa tarde Graça,
ResponderEliminarQue poema tão belo evocando aquela Madrugada, que jamais esqueceremos!
Estive no Carmo nesse Dia maravilhoso e não posso esquecer. É sempre uma emoção quando recordo os acontecimentos.
Que Abril esteja sempre presente no coração dos portugueses e não deixemos cair este marco tão relevante da nossa História.
Viva o 25 de Abril e a Liberdade!
Beijinhos minha Amiga e Enorme Poeta!
Tenha um excelente feriado.
Emília
Feliz aniversario Graça. Preciosas palabras para esos 50 años de la revolución de los claveles que trajo la Libertad.
ResponderEliminarBuen jueves.
Un abrazo.
Era madrugada em Lisboa e todos os noticiários, mesmo dos países distantes, deram a conhecer Abril em Portugal!
ResponderEliminarBeijinho querida Graça Pires
Olá, querida Graça, fiquei feliz ao vê-la em meu blog após tanto tempo de minha ausência.
ResponderEliminarSeu poema nos mostra a lembrança de um tempo que ficou para trás. São 50 anos para lembrar e refletir.
A liberdade nos faz fortes e seguros. Parabéns pelo poema.
Grande abraço!
Houve um Abril em Portugal completamente diferente. Foi chegada a hora da emancipação do povo.
ResponderEliminarViva o 25 de Abril! E como disse Jorge Sampaio, "25 de Abril, sempre".
Um abraço à poeta que não esqueceu O Dia da Liberdade.
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Graça,
ResponderEliminarÉ sempre maravilhoso ler aqui!
Que sempre nos brinde
para nossa alegria e inspiração.
Bjins
CatiahoAlc.
Parabéns pela sua escrita. Bom fim-de-semana!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Muito belo o teu poema amiga Graça!
ResponderEliminarPassados 50 anos, Abril ainda me comove e faz estremecer...
Que o aroma dos cravos se não desvaneça.
Um beijo. ABRIL...SEMPRE!
Uma madrugada que iluminou o coração do povo e trouxe a tão desejada Liberdade.
ResponderEliminarQue nunca se esqueçam os tempos sombrios vividos antes de Abril de 1974 e que todos saibam dar valor, ao que nos trouxe a revolução dos cravos.
Um poema sentido e sublime!
Beijinhos
Bela homenagem à Revolução dos cravos, dia inesquecível na memória de quem inesperadamente ganhou a Liberdade, bom será que não se perca.
ResponderEliminarPoema sensível e muito belo.
Beijinho amiga
Boa semana
muito bem escrito amiga como sempre me lembro bem desse dia era pequena amiga obrigada pelo seu carinho no meu cantinho desejo tudo de bom com muita saude bjs
ResponderEliminarAssim mesmo aconteceu, Poeta!
ResponderEliminarAssim mesmo acontece sempre:
o grito vermelho do coração
a ecoar a canção-pão
de que o povo carece
Tão bonito este lugar de tantos dias.
Beijo, Graça Pires.
E eu tão longe!
ResponderEliminarInicialmente fez-me feliz e ao mesmo tempo preocupado. A falta de informação fez que estivesse inquieto. Felizmente tudo saiu bem.
Abraço
Pensava que já aqui tinha passado.
ResponderEliminarSempre 25 de Abril , sempre as suas palavras.
Abraço e brisas doces ****