3.
Ninguém sai ilesode uma claridade prematura.
Este quarto,
insurrecta metáfora
que espreita
a grelha costal do ébano.
O corpo, alambique de harpas taciturnas.
A pele alumiada
pelas habilitações literárias do gume.
Caducou
a biografia de antídotos
que expatriava o limbo.
Ser agora um homem
na potência crucial da bruma.
Arquivo de mitologias nefastas.
Mapa sem alvéolos.
Hora de ponta
no espaço tumoral.
Alberto Pereira
In: Tarkovsky: o sacrifício. Costa da Caparica: The Poets and Dragons Society, 2024, p.68
Prémio Ulysses 2023
Um poema interessante.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Boa semana amiga Graça.
Beijo.
Amiga Graça,
ResponderEliminarA realidade mais prematura e cruel que existe reside nos nossos espelhos.
Escrevi outro dia um aforismo que diz:
"O espelho é um companheiro cruel, ele nunca nos vê mais jovens!"
Um beijo e boa semana!!!
Muito que se lhe diga! Talvez retrato do mundo actual.
ResponderEliminarBeijinhos, amiga Graça!
Boa semana!
Gostei muito dessa partilha,Graça! Ótima semana!
ResponderEliminarbeijos, chica
Um poema recheado de belas metáforas, encantatório porque teima em seduzir sem explicar. Beijinhos, Graça. E parabéns ao autor.
ResponderEliminarO retrato do Mundo...talvez...
ResponderEliminarInteressante...
Beijos e abraços
Marta
Aplausos por este versar recheado de bela metáforas.
ResponderEliminarBeijinhos poéicos em seu coração.
Um poeta que não conhecia.
ResponderEliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
Gostei de conhecer.
ResponderEliminarAmiga, beijinho com votos de boa semana e saúde .
Boa tarde de Paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminarUma escolha você fez muito inusitada.
"O corpo, alambique de harpas taciturnas."
Gostei, especialmente, do verso acima.
Obrigada pelo seu carinho deixado em meus blogs.
Tenha uma semana nova abençoada!
Beijinhos
Lindo poema, onde as imagens metafóricas do mundo em que vivemos, dizem muito a todos nós.
ResponderEliminarExcelente partilha, amiga Graça. Gostei bastante.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
Obrigada por dar a conhecer 👏
ResponderEliminarBoa semana 😘
Gosto do poema poetado
ResponderEliminarDesgosta-me a mensagem
pesada
de bruma feita
sem qualquer aberta
esperança
de um raio de claridade que liberta
Beijo de admirador da tua seara
Boa tarde. Aproveito para desejar uma excelente segunda-feira, com muita paz e saúde. Obrigado pelo texto maravilhoso, minha querida amiga Graça.
ResponderEliminarGosto invariavelmente do que escolhe colher das alheias searas, Graça.
ResponderEliminarUm beijo
Your work is amazing as always. Words make me love poetry even more. Everything is so true.
ResponderEliminarPois não.
ResponderEliminar"Ninguém sai ileso de uma claridade prematura".
Porque a claridade cega tal é a intensidade do clarão e a confusa habituação do olhar.
E íngreme, o corpo é arquivo dessa luz e da sombra que ela própria produz.
Um enorme beijo, querida Graça e obrigada também pela generosidade de nos trazeres poetas a casa.
Soa-me a tristeza este poema, É uma escorrência desalentada. Ou assim me pareceu.
ResponderEliminarProfundo poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarCom tão bela profundidade sobre o cotidianos e o correr das horas.
ResponderEliminarCom justa premiação o poeta brilha e encanta neste poetizar diferenciado.
Grato pela colheita e partilha Graça.
Bjs e feliz semana amiga.
Bom dia, Graça
ResponderEliminarPoema reflexivo, um forte abraço.
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo em que as metáforas nos interpelam sobre o pensamento do poeta. Gostei de conhecer.
Obrigada, minha Amiga e enorme Poeta, pela excelente partilha.
Beijinhos e uma boa semana.
Emília
Boa tarde Graça
ResponderEliminarUma boa escolha de um Poeta distinguido com vários prémios.
Os poemas de Alberto Pereira são sempre muito profundos, por vezes quase densos.
Gostei!
Boa semana com saúde.
Um beijo
:)
No conocía la poesía de Alberto Pereira, por lo que estoy agradecido me lo hayas revelado.
ResponderEliminarAbrazo siempre admirado por tu tarea de divulgación, amiga.
Sempre muitas boas tuas escolhas, Graça
ResponderEliminarE conhecer novos poetas é também um prazer pelo qual te agradeço.
Reflexivo o poema do poeta Alberto Pereira.Sempre pesquiso suas searas.
Grande abraço,amiga
( estou de volta aos amigos)
Mais uma "seara alheia", mais um poeta português que gostei de conhecer.
ResponderEliminarAlberto Pereira, o poeta-enfermeiro, merece o meu aplauso.
Obrigada, querida Graça.
Beijo. Protege-te bem amiga. O vírus está de volta.
Metáforas muito elaboradas...
ResponderEliminarTudo pelo melhor.
Beijinhos
~~~~~
A poética inconfundívelmente espessa de Alberto Pereira que embora caprichosamente diferente
ResponderEliminaré uma referência e que por isso é uma ótima escolha, querida Graça
Um abraço enorme!
Que belo poema você nos apresenta!
ResponderEliminarNão conhecia o poeta, e gostei muito,
amiga Graça!
Um feliz fim de semana, paz e saúde!
Beijinhos!
Splendid poetry dear Grace!
ResponderEliminarTime is ruthless horse running blindly towards unknown direction. The only sign remain behind are wrinkles and exhaustion of breath and trembling of unclear thoughts.
Thanks for sharing my friend
Hugs and best wishes
Lindíssimo poema.
ResponderEliminarDesconhecia o poeta, obrigado pela partilha.
Beijinhos
Olá, amiga Graça
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei
e desejar os meus votos de um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminaragradeço a partilha desse belo poema,
de Alberto Pereira, poeta que eu não conhecia.
Desejo um ótimo final de semana, com muita paz e alegria.
Um beijo, amiga.
Um poema fabuloso!! Obrigada pela partilha.
ResponderEliminarEspero que se encontre bem.. 🌹
.
Coisas de uma Vida...
Beijos. Bom fim de semana
Muito bonito!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Uma excelente partilha,
ResponderEliminarGostei muito.
Abraço e brisas doces ***
Diz bem o Poeta "Ninguém sai ileso" da temerária procura dos primeiros raios d'alva da esperança. Quando a verdade se desvela um pouco adivinha-se duro o destino iniludível.
ResponderEliminarSaúde, querida Poeta.
Creo que la hechura de la vida y su inflexión está en este poema. Un abrazo. Carlos
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