Recuam até ao lodo do silêncio.
Sangue engolido devagar.
Escorregadio como algas.
Difuso e seco como o medo.
São palavras sempre sujas
as que lhes agridem o corpo
e lhes laceram a alma.
A fuga é o único recurso
mesmo que o desenredo
seja a solidão ou a morte
tantas vezes inevitável.
Até quando?
Graça Pires
De O improviso de viver, 2023, p. 51
Linda poesia, triste situação onde apenas a fuga parece sentido ter! Ótima semana! beijos, chica
ResponderEliminarSim, até quando??? Sofrer brutalmente....
ResponderEliminarBelo...
Beijos e abraços
Marta
Bom dia, amiga Graça,
ResponderEliminarPoema muito oportuno, onde realça a violência doméstica e as suas nefastas consequências.
Sem dúvida um cancro da sociedade que urge resolver.
Gostei de ler, estimada amiga.
Deixo os meus votos de feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Teu poema
ResponderEliminarrima
com a (des)ordem
do dia
Beijo triste
Graça,
ResponderEliminarComo definir o que sua publicação
ne trás? Prefiro reler e pensar mais
para voltar durante a semana,
Posso dizer que o que leio
é tocante.
Bjins reflexivos.
CatiahoAlc.
Olá, querida amiga Graça!
ResponderEliminar"São palavras sempre sujas
as que lhes agridem o corpo
e lhes laceram a alma."
A Violência tem aumentado muito e agridem à alma sem piedade.
Seus poemas abirdaj temas atuais de fiena muito profunda.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Bom dia e ótima semana. Uma segunda-feira com muita paz e saúde. Muita inspiração, minha querida Graça. Muitos fugindo e procurando refúgio em outros países. Outro procuram em drogas, vícios e até em bebidas alcoólicas.
ResponderEliminar.
ResponderEliminarSem dúvida a pergunta que se impõe: ATÉ QUANDO?
.
Saudações cordiais. Um dia feliz.
.
“” FELICIDADE SENTIDA ““
.
Um poema confrangedor. E tantas vezes assim é. Vezes demais.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana!
Sim, por vezes há um desejo da fuga... mas depois... a solidão.
ResponderEliminarBoa semana.
Um abraço.
Até as mulheres não permitam em nome seja do que for serem consideradas objectos.
ResponderEliminarAté a dita Justiça não considerar crimes menores as agressões contra mulheres.
Até a Religião não enaltecer a masculinidade em detrimento da Mulher.
Amiga, beijinho de saúde e feliz semana :)
Your poem is incredibly powerful and evocative. The imagery of silence and retreat into the mud conveys such a deep sense of struggle and pain. It resonates with the feeling of grappling with fear and the weight of unspoken words. "Until when?" is a haunting question that lingers, emphasizing the urgency and despair in the search for escape. Thank you for sharing this moving piece.
ResponderEliminarCheck out my new blog post!
¿Hasta cuando? Nunca sabremos realmente amiga, poema fuerte.
ResponderEliminarAbrazo
Boa noite Graça,
ResponderEliminarUm poema magnífico em que o drama da violência doméstica é poetizado de forma sublime.
Até quando assistiremos a tantas tragédias que parecem não ter fim... Muito triste tudo o que envolve estes aberrantes crimes.
Beijinhos minha amiga e Enorme Poeta.
Boa semana com saúde e paz.
Emília
Triste poema de una dura realidad. Te mando un beso.
ResponderEliminarQue texto profundo e impactante! As imagens evocadas aqui transmitem uma dor intensa, fazendo-nos sentir a gravidade do silêncio e do medo. A maneira como você retrata a luta interna, com palavras que se tornam armas, é simplesmente poderosa. A busca por fuga diante de tais feridas ressoa fortemente, revelando a vulnerabilidade humana. É um chamado à reflexão sobre até onde podemos ir em busca de alívio e conexão.
ResponderEliminarUm abraço afetuoso!
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾
Dói saber, que a violência vive solta, ceifa sonhos, vida e afoga em silencio o oprimido, que tem sua voz arrancada na garganta. Até quando os homens acordarem para o amor, para a tolerância, para o respeito. Mas parece que estamos cada vez mais distante de ver este sonho teimoso se realizar amiga.
ResponderEliminarUm poema com dor e perfeito.
Bjs e feliz semana amiga.
Minha querida amiga Graça,
ResponderEliminarHá lobos que se defendem, outros que atacam e outros ainda que se isolam da matilha.
Um beijo carinhoso e boa semana!!!
Mais um bonito poema que vim cá conhecer.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Bom dia, Graça
ResponderEliminarA violência tem crescido assustadoramente, que Deus nos livre de todo mal, poema reflexivo, um forte abraço.
Obrigada pelas felicitações lá no blog, bjs querida.
ResponderEliminarBom dia Graça
ResponderEliminarUm poema que nos doi, e nos magoa e como a Poeta se questiona, todos nos também.
Até quando, Meu Deus!
Até quando?
Uma imagem muito bem escolhida e que enriquece o poema.
Semana abençoada com saúde e harmonia.
Um beijo
:)
Poema triste, perturbador mas necessário ser escrito e divulgado, revelador de uma realidade abusiva, cobarde, escondida, calada, na maioria das vezes apenas tornada publica quando a vítima é já mais um número a acrescentar à longa lista do horror que a todos envergonha.
ResponderEliminarQualquer acto de violência, psicológica, física ou sexual, é repugnante e inaceitável.
Querida amiga Graça, este poema é mais uma marca da tua sensibilidade sem tamanho.
Um beijo. Boa semana.
mightily and awesomely told story of quest which has not ended yet and participants have worn silence which is full of misery that makes souls sick and exhausted .until when is painful query they have to go through for eternity .
ResponderEliminardeep expression very touching dear Grace
best wishes!
O poema, e a magnífica ilustração que o acompanha, interrogam, questionam, desafiam, perturbam.
ResponderEliminarComo escreve a poeta como é possível consentir, até quando?
Bem hajas Graça pela partilha.
ManuelFL
En la vida no siempre se vive alerta, y puede venir el descuido que puede perecipitarnos al vacío. UN abrazo. Carlos
ResponderEliminarVocé Poeta incluso al hartazgo lo vuelve poético... Chapeau una vez más!!
ResponderEliminarAbrazo admirado, amiga Graça.
Este poema intenso y triste, atraviesa el alma, muy bello, hace sentir.
ResponderEliminarUn beso enorme.
Poema que nos leva a refletir sobre a dura realidade da violência doméstica. É cada vez maior e mais cruel! Até quando será consentida? Até quando?. A foto tem tudo a ver. Gostei muito. Beijo
ResponderEliminarQuando a relação de forças é muito desigual, desconheço outro remédio. E depois acontece muito o que não devia. Mesmo com fuga. A supremacia masculina tem tanto século por detrás que, melhorando, não chegamos perto da igualdade sempre suposta. Não acredito que para sempre; por questão de optimismo.
ResponderEliminarEsta é uma boa pergunta: até quando? Até que elas percebam que "amá-los o suficiente" não os fará melhores; até que elas entendam que precisam de ajuda, e aprendam a valorizar a si mesmas. Até que elas tenham forças para abrir a porta e sair. Chamar a polícia. Pedir ajuda.
ResponderEliminarAté quando se agredir ou permitir ser agredido?
ResponderEliminarAs vezes se permite viver situações e situações.
Bom refletir.
Querida Graça
ResponderEliminarO poema com a imagem a ilustrar traz-nos de forma veemente
a violência que campeia no quotidiano, sendo a Mulher, em
especial, a vítima mais confrangedora.
Até que a sociedade se dê conta de que não só a legislação
mas também a forma de estar é fundamental, nunca estaremos
livres de tal flagelo.
Uma semana linda lhe desejo.
Beijinhos
Olinda
Infelizmente, a nossa finitude só nos dá como certeza a morte.
ResponderEliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
É um grito que vive sufocado cá dentro sempre que me deparo com uma imagem que se divide entre a fragilidade e a força da besta. Até quando? Difícil esta previsão porque as nuvens continuam carregadas de lágrimas num horizonte cada vez mais negro. O teu grande poema carrega toda a força da miséria humana donde não há hipótese de se nos despedirmos com um sorriso. A não o de um grande abraço, querida amiga Graça!
ResponderEliminara passar por cá hoje para desejar um ótimo dia!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Boa tarde, amiga Graça,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei, e deixar os meus votos de um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltastuaspalavras.blogspot.com
São problemas mentais muito difíceis de prever, evitar e erradicar...
ResponderEliminarAplaudo o excelente poema. Beijos
~~~
Un muro di silenzio, ma forse è solo un muro di fango che non protegge, ma sporca.
ResponderEliminarPoesia molto intensa, amica Poetisa, buon fine settimana.
Ti auguro molta gioia e felicità
Nem sei bem o que escrever. Estou obviamente com as mulheres nesta luta contra a violência doméstica. Ter o opressor dentro da sua própria casa é uma condição terrível. Beijinhos, Graça, e boa semana.
ResponderEliminar
ResponderEliminarUma, em cada cinco mulheres, já sofreu violência. Não podemos continuar romantizando os relacionamentos tóxicos. O amor não fere. O amor não silencia. O amor não mata.
O silêncio é uma arma poderosa para o agressor! Denunciar, é não pactuar com estes comportamentos doentios e indignos!...Muitas vezes, a violência é praticada por meio de palavras agressivas que destroem a saúde emocional da vítima. Talves as cicatrizes mais profundas são aquelas que crescem do lado de dentro... em silêncio!
NÃO CALE!...DENUNCIE!...
Uma boa semana amiga Graça. Tudo de bom.
Um beijo.
This poem evokes a powerful sense of struggle and the haunting weight of silence. The imagery of retreating into mud and the comparison of blood to slippery seaweed creates a vivid, unsettling atmosphere. The exploration of fear and the inevitability of solitude or death resonates deeply. It leaves one pondering the endurance of such pain and the pressing question: until when? Beautifully haunting!
ResponderEliminarRead my new blog post: https://www.melodyjacob.com/2024/10/the-social-media-trap-of-judging-relationships-by-one-sided-narratives.html
Violência, seja física ou psicológica, é lamentável e traz danos.
ResponderEliminarMe interessei pelo livro.
Um bom fim de semana, amiga.
Palavras como lâminas de sensibilidade...
ResponderEliminarBelo, na sua dolorosa voz.
Um beijo
Olá, amiga Graça,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar uma feliz semana, com tudo de bom
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Uma triste e dolorosa realidade retratada num poema sublime que toca a nossa alma.
ResponderEliminarUm beijo e uma excelente semana
Esplendorosa Escritora/ Poetisa, GRAÇA PIRES !
ResponderEliminar" AÉ QUANDO ? "
Enquanto perdurar a paciência, sem limites,
alimentar-se-ão os sádicos, e insaciáveis dragões
do mal... REAGIR É INDISPENSÁVEL.
Amiga, muito agradecido pelo carinhoso
comentário, em meu Blog "Coração Tagarela".
Uma ótima semana e um fraternal abraço, daqui
do Brasil !
Sinval S. Silveira.
Até quando a violência dos tiranos poltrões que fingem não reconhecer as suas próprias frustrações. E até quando é que a sociedade vai assobiar para o lado por cobardia no velho "porque sim".
ResponderEliminarIntenso, inquietante este belo poema.
Um beijo e saúde, cara Poeta.