Erin Fetterhoff
Fotografia em negativo.
O inverso das cores.
A imagem da imagem
na impossível inclinação
do brilho sobre o tempo.
Pouco a pouco emudeceram
os nomes ausentes da vida.
Nomes demorados na voz
que perduram na suspeita
do olhar do riso do pranto.
Feridas visíveis na luz.
Flores do luto.
Lugares vazios.
Graça Pires
De O improviso de viver, 2023, p. 54
Linda foto e poesia. E à medida que a vida para nós aumenta, mais e mais ausências e lutos...
ResponderEliminarÓtima semana! beijos, chica
Tudo vai emudecendo, até a memória.
ResponderEliminarExcelente poema.
Boa semana minha amiga.
Um beijo.
Bom dia de Paz, querida amiga Graça!
ResponderEliminar"Nomes demorados na voz"
Os nomes que embargam nossa voz são os mais difíceis de esquecermos...
Poema sentido e o "pouco a pouco" não acontece, muitas vezes...
O mote da fotografia ficou ótimo.
Eu revivo muita coisa pelas fotos.
"Feridas visíveis na luz."
Muito bonita a metáfora das feridas visíveis que, muitas vezes, sangram...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Muito belas imagens e metáforas dos vazios que nos preenchem.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana!
Olá, amiga Graça
ResponderEliminarAssim é a vida. Pouco a pouco nos vamos desnudando e mostrando o verdadeiro nós.
Gostei muito deste poema, estimada amiga.
Deixo os meus votos de uma excelente semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
O retrato da Vida...a luz mortiça, as cores mais escuras....
ResponderEliminarBelo..
Beijos e abraços
Marta
Boa tarde Graça,
ResponderEliminarUm poema muito belo e profundo que, em sublimes metáforas, nos fala das ausências que vão ferindo o nosso viver.
A última estrofe é bem reveladora do que a Poeta nos transmite.
Beijinhos, minha amiga, e enorme Poeta.
Tenha uma boa semana.
Emília
E como doem esses lugares vazios...
ResponderEliminarQuerida Graça, te abraço com estima, boa semana e muita saúde!
Foto e poema deslumbrantes que me fascinou ver e ler.
ResponderEliminar.
Uma semana feliz … em paz e amor.
.
O tempo como passagem do brilho da luz para o vazio dos ausentes.
ResponderEliminarAdorei a imagem
ManuelFL
Powerful.
ResponderEliminarwww.rsrue.blogspot.com
É o que fica, imagens paradas... no tempo.
ResponderEliminarBoa semana.
Um abraço.
Fluyen tus versos, van siendo como todo va siendo... Sólo tu magia y sensibilidad van en aumento, Poeta.
ResponderEliminarAbrazo hasta vos ida y vuelta!!
Tudo emudece, para alguns até mesmo a memória... Potente imagem e bela e triste poesia. Bjss
ResponderEliminarMeu link para facilitar o acesso. Uma prática que resolvi ter pelas dificuldades de alguns.
https://pensandoemfamilia.com.br/cronica/prosa-e-poema/
Encantada por ler!
ResponderEliminarBeijos e Abraços,
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Verdade, é tudo tão efémero, os lugares vazios crescem em demasia, estamos já próximos do nada.
ResponderEliminarProfundo poema Te mando un beso.
ResponderEliminarMuitos, na nossa vida, são como fotografias desbotadas e tristes, apenas recordações do que um dia foi.
ResponderEliminarMesmo assim o destino sempre nos traz novos momentos e companhias coloridas e é por isso que devemos olhar pra frente.
Boa semana.
ResponderEliminarQue poema profundo e tocante! A maneira como você aborda o tema da ausência e da memória é verdadeiramente sensível. A imagem da "fotografia em negativo" é uma metáfora poderosa que nos convida a refletir sobre as nuances da vida e como as cores podem mudar quando olhamos para o passado.
A transição do “brilho sobre o tempo” para os “nomes ausentes” evoca uma sensação de saudade e melancolia que é quase palpável. Os versos sobre as "feridas visíveis na luz" e as "flores do luto" são especialmente comoventes, revelando a beleza que pode coexistir com a dor.
Você consegue capturar a essência do que significa sentir a falta de alguém de uma maneira tão delicada e poética. É um convite à reflexão sobre o que deixamos para trás e como esses ecos do passado continuam a nos moldar.
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾
Coincidência ou não: acabei de ler o seu comentário no meu blogue e dirige-me aqui de seguida, para ler um poema sobre o mesmo tema: a lembrança, a memória, a nostalgia. A metáfora dos negativos é perfeita, não fosse ela "a imagem da imagem", "Fotografia em negativo". Estas duas expressões metonímicas colocam o leitor numa dimensão poética forte: a primeira, uma duplicação, ou a tentativa de captar uma segunda camada da realidade; a segunda, a versão alterada da realidade, a percepção transformada de um momento que se alterou com o tempo. Esse tempo que vai desvanecendo, esboroando o sentido do passado, "Pouco a pouco emudeceram/ os nomes ausentes da vida." até fazê-lo desaparecer por completo: "Feridas visíveis na luz./ Flores do luto./ Lugares vazios." É um excelente poema. Talvez, eu seja suspeito, porque gosto do tema do tempo, do tempo/espaço. Boa semana, Graça. Beijinho
ResponderEliminarNunca
ResponderEliminarum poema teu
me tocou tanto
Beijo, comovido
PS: Se regressares ao meu espaço, podes ouvir-me
Bom dia, Graça
ResponderEliminarPoema reflexivo. Aqueles que se foram deixaram marcas significativas em nossos corações que perduram sempre, um forte abraço.
Boa tarde Graça
ResponderEliminarAssim é a vida!
E tudo são memórias em negativo, ou em fotos amarelecidas.
E doi muito, muito.
A foto foi muito bem escolhida.
Boa semana com saúde e harmonia.
Um beijo
:)
Muchos vacíos tenemos ya. Me gustó leer el poema.
ResponderEliminarMuchas Gracias Graça por tus deseos.
Un abrazo.
Bom dia. Uma excelente quarta-feira, com muita paz e saúde. Obrigado por sua poesia maravilhosa, minha querida amiga Graça
ResponderEliminarPoema profundo sobre os entes queridos que partiram e deixaram a saudade. 'Feridas visíveis na luz / Flores de luto / Lugares vazios. A foto é muito significativa, a memória que se esvai...
ResponderEliminarTocou-me muito . Beijo .teresa p.
Querida Graça
ResponderEliminarPoema emotivo que nos fala dos nossos ausentes
e da imagem que apenas brilha nos nossos corações.
Tenha uma boa semana, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
É impiedosa a passagem do tempo. Leva-nos demasiado. Deixa-nos muito pouco: “Feridas visíveis na luz./Flores de luto. /Lugares vazios.”.
ResponderEliminarQuerida amiga Graça, gostei muito, muito, deste poema.
Beijo. Fica bem.
A pouco à pouco, são muitos os lugares que vão ficando vazios, perdurando apenas na nossa memória.
ResponderEliminarUm poema sublime.
Beijos
Hola, amiga, nos dejas un poema muy bello y profundo a la vez, hoy día todos tenemos sinsabores, abramos los ojos y no vemos más que penalidades por todos los sitios del mundo, aunque no nos afecte de cerca, si nos marchita el alma, a las personas sensibles.
ResponderEliminarMe ha gustado leerte, amiga, estuve ausente un tiempo.
Un abrazo llena de gratitud y estima.
Uma bonita e significativa imagem e um poema que traduz a efemeridade da vida.
ResponderEliminarAcreditemos que dias positivos chegarão.
Beijos, minha amiga Graça.
Pouco a pouco, se vão... nos vamos...
ResponderEliminarPouco a pouco, a nossa chama se desvanece...
Expressivo e verdadeiro. Beijinho.
~~~~~~~~~~~
Olá, amiga Graça
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um feliz fim de semana com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://solaastuaspalavras.blogspot.com
Such a haunting and thought-provoking piece. The imagery of absence, memory, and loss is captured so beautifully through the contrasts in light and shadow. "Little by little" speaks to the slow, inevitable passage of time, and the way we carry the weight of what has been lost.
ResponderEliminarI just shared a blog, please let me know what you think: https://www.melodyjacob.com/2024/11/why-duex-float-portable-monitor-is-game-changer.html
Olá, amiga Graça, meus parabéns pelo seu belíssimo poema,
ResponderEliminarfruto de talento e criatividade. Bravo, poeta!
Um ótimo final de semana, com saúde e paz.
um beijo.
Sim. O mundo pode ser uma inversão constante.
ResponderEliminarFico sempre grato pela sua visita.
Saudações da ilha do Extremo Oriente,
ruma
Muito Belo! A própria imagem é (o) poema.
ResponderEliminarA inevitávei passagem do tempo, a ausência, o efémero, melancolia, flores de luto, saudade, lugares vazios. Tudo se condensa, pouco a pouco no negativo de uma fotografia.
Maravilhosas metáforas .
Uma boa semana minha Amiga Graça.
Um beijo.
Mais um bonito poema que vim cá conhecer.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Graça, seu poema é uma meditação elegante e sombria sobre o tempo, a perda e as memórias que persistem. Sua capacidade de transformar essas emoções em palavras é verdadeiramente impressionante. Gostei imenso. beijo.
ResponderEliminarGostei de reler este excelente poema.
ResponderEliminarBoa semana amiga Graça.
Um beijo.
ah your last line took my breath away !!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarincredible and marvelous piece dear Grace
Os lugares vazios que nos impõem presenças, que nos construíram e amaram...tantos, nestes últimos anos.
ResponderEliminarBelíssimo poema!
Um beijo
Passando para desejar-te uma excelente semana, querida amiga.
ResponderEliminarSeguindo-te agora.
AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾
Assim corre a vida.
ResponderEliminarE como esmagam esses lugares vazios.
Lindíssima esta sua metáfora e a foto é excelente.
Abraço e brisas doces ****