29.11.06

É irremediável a solidão

Jean Dieuzaide

Vieram de longe. A pé.
Na hora do sol sem sombra.
E ensandeceram à procura da fonte.
Agora vivem em casas de paredes grosseiras
e vestem-se de luto, à espera da morte.
É irremediável a solidão,
costumam murmurar baixinho.


Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005

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