Robert Doisneau
Empurro, com gestos clandestinos,
o intervalo existente entre mim
e a sombra das tuas mãos.
Diz-me palavras insensatas,
para que eu percorra os segredos
escondidos no silêncio da tua voz.
Toca-me com lábios enlouquecidos.
Vem comigo.
Verás o halo inconfundível da poesia
celebrando paixões, arrasando nomes,
vigiando o começo da febre
nas terras onde maio é manso.
Deixa-me ser um peixe verde
Diz-me palavras insensatas,
para que eu percorra os segredos
escondidos no silêncio da tua voz.
Toca-me com lábios enlouquecidos.
Vem comigo.
Verás o halo inconfundível da poesia
celebrando paixões, arrasando nomes,
vigiando o começo da febre
nas terras onde maio é manso.
Deixa-me ser um peixe verde
no aquário, sem dimensões, do teu olhar.
Graça Pires
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
:)
ResponderEliminaré tão bom estar apaixonada!
bom dia, gostei!
"Empurro, com gestos clandestinos, o intervalo
ResponderEliminarexistente entre mim e a sombra das tuas mãos
(...)"
Lindo.
Gostei da imagem do peixe verde...um poema muito belo! Beijos.
ResponderEliminarTeresa, é bom mesmo... Um beijo.
ResponderEliminarMaria, é sempre boa a sua visita. Um beijo.
Obrigada Paula e um beijo.
Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma.
ResponderEliminarAdorei a utopia do seu poema.
Felicidades
Um abraço