Andre Kertesz
Na hora em que o poente escurece as minhas pálpebras,
só um secreto rumor me diz, que o meu corpo principia
na inclinação do silêncio: íntimo, profundo, confissão
de si próprio, espaço onde, desamparadas, as pernas
se desinibem e aguardam, inquietas, a rotação da lua
nos meus olhos.
Graça Pires
só um secreto rumor me diz, que o meu corpo principia
na inclinação do silêncio: íntimo, profundo, confissão
de si próprio, espaço onde, desamparadas, as pernas
se desinibem e aguardam, inquietas, a rotação da lua
nos meus olhos.
Graça Pires
De Uma certa forma de errância, 2003
que chegue a lua cheia :)
ResponderEliminarboa noite
que posso dizer?
ResponderEliminaré uma poema de tão grande beleza, Graça!
(e a imagem é fantástica)
gostei tanto!
Magnífica esta "inclinação do silêncio".
ResponderEliminarFermosas palabras e distinguida imaxe...
ResponderEliminarUnha aperta.
;)
obrigada obrigada obrigada..
ResponderEliminar:))))
pelas leituras .
tantas.
e por um espaço. este. onde a beleza é uma LUA enormísima.
de claridades.
________________beijos.
Nunca li poeta que cantasse lua pelo olhar; sempre lhe viam estrelas, alguns, mais venturosos, perdiam-se no sol...
ResponderEliminarMas a cálida tranquilidade de um claro olhar, bem creio também sedutor...
Perfeita reflexão!
Abraço
Obrigada Teresa, Maria, Helena, Marinha de Allegue, Isabel e Tinta Permanente pela vossa visita e pelas vossas palavras. Um beijo
ResponderEliminarLindo!!!
ResponderEliminarTem nada a ver, excepto a presença fascinante da lua, mas é um poema de que gosto muito, para fazer companhia ao seu, Graça:
ResponderEliminarLA LUNA
Hay tanta soledad en ese oro./
La luna de las noches no es la luna/
que vio el primer Adán. Los largos siglos/
de la vigilia humana la han colmado/
de antiguo llanto. Mírala. Es tu espejo.
Jorge Luis Borges