10.3.08

No olhar, um barco

Richard Price

Surpreendida pelo ideário
de um marinheiro sem rota,
o meu olhar abrigou um barco
e reaprendeu, sem dificuldade,
os mesmos gritos dos nómadas.


Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997

22 comentários:

  1. também a mim me apetece gritar, querida graça. mas não é infelizmente de forma tão poética como aquela que as suas belas palavras exprimem. agradeço a sua solidariedade. um grande beijinho.

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  2. Assim como a vontade, as palavras nos levam a lugares sem rumo.
    Lindo poema.
    Lindo dia pra você.
    Como faço para adqurir teus livros? Já procurei e não achei aqui no Brasil. Em qual site consigo comprá-los aí?
    Abraços poéticos deste lado de cá do oceano.

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  3. um poema tão bonito e tão profundo...

    beij

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  4. Graça....obrigada!!!!!



    entre voltas e voltas foi sempre bom encontrar-te.


    como um olhar. seguro.



    beijo. se até breve.

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  5. Pode até ser pequeno;
    no valor não tem medida
    e nunca será pequeno
    se nele cabe a vida!...

    Beijos

    Maria Mamede

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  6. É bom saber aprender, saber olhar saber ver, melhor é reencontrarmo-nos...
    :)
    BJo doa Semana

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  7. O barco sugere-me água. A água é vital. Gostei de te ler. Beijos.

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  8. Da beleza de todas as palavras e da cadência o que mais me tocou foi a palavra final - tão forte, tão bela, tão sonora, tão própria para uma síntese.

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  9. São tão fáceis de adaptar os ideários dos marinheiros e dos nómadas...

    a Liberdade anda sempre na fila da frente...

    Beijo Graça

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  10. Um dos teus mais conseguidos poemas!!
    Abraços.

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  11. O nosso olhar vai até onde a nossa alma pode caminhar e abriga os amigos do coração.
    Que lindo poema!
    Ser nómada é ser sonhador.

    Beijinhosssss

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  12. Por vezes apetece gritar
    Bem dentro de nós
    Para nos encontrarmos

    Beijinhos
    luna

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  13. e no teu poema voa o grito livre das gaivotas...

    gostei muito.

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  14. Graça,
    um poema de direções e descobertas,
    sempre novo e diferente a cada viagem.
    Lindo poema.

    obrigado pela visita no meu blog e pelas gentis palavras.

    bjs.

    Ju gioli

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  15. Uma mão cheia de destinos

    bjs

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  16. lindo poema. os gritos dos nómadas fazem-nos lembrar a nossa mesquinhez

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  17. Os barcos fazem-se ao mar e o olhar fica refém do horizonte...
    Beijo.

    Teresa P.

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  18. É curioso, as imagens do poema são aquáticas, mas o que chama em mim é um apelo ao desprendimento e à transumância em terra firme. Voltar a um tempo inaugural, a uma linguagem primeva e bárbara. E livre! Ulisses espreita, mas a voz que eu escuto vem da terra, das florestas e das montanhas. É engraçado como os poemas nos interpelam às vezes tão de viés.
    Um beijo, Graça

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  19. no teu olhar, esse destino errante...

    poema muito bom, Graça. um beijo.

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  20. apeteceu-me reler, querida graça. a verdade é que há barcos felizes. que rumam de encontro às suas mãos e nela fazem uma bonita âncora de palavras. muito obrigada. um grande beijinho*

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  21. Graça: que esse barco te leve sempre...pelos caminhos incontidos da poesia...amei!
    Abraços mil!!!

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  22. O leme partiu-se!
    Marinheiros tristes
    contam pensativos,
    os mortos antigos
    e os inúteis vivos.
    Só conservo a minha
    solidão marinha,
    despojada e alheia.

    (Cecília Meireles)

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