Salvador Dali
Que ruído me devolveu o insulto
de espelhos quebrados junto à pele?
Na insónia confidente,
um relógio parado marca o caminho do inverno,
onde os poetas começam a morrer.
Aquém do frio paira uma brisa repousada
e uma bandeira branca irrompe da garganta,
esculpindo a rendição da alma.
Graça Pires
de espelhos quebrados junto à pele?
Na insónia confidente,
um relógio parado marca o caminho do inverno,
onde os poetas começam a morrer.
Aquém do frio paira uma brisa repousada
e uma bandeira branca irrompe da garganta,
esculpindo a rendição da alma.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
o relogio parado marca aquilo que queremos...
ResponderEliminargostei deste poema algo dúbio, algo poema agri-doce...
beij
Genial e brilhante amiga:
ResponderEliminarRelógios parados sem "bússola" condutora do tempo que não volta mais.
Os poetas?
Esses, uma bandeira branca imposta por si transmitem doçura e encanto na rendição inexistente da sua linda e terna Alma gigante.
Os seus maravilhosos poemas surgem e perduram, surgirão e perdurarão, sempre, acredite?
Nem que seja somente eu a lê-los.
OBRIGADO, linda poetisa!
Beijinhos amigos de deslumbre
pena
Haverá sempre quem esqueça o relógio que comanda a vida.
Quando somos felizes até os relógios esquecemos pois o momemto presente é eterno.
ResponderEliminarDesejo uma boa semana repleta de poesia sentida.
Seja Feliz!
Cando témola percepción de que ata os reloxíos paran estamos viviendo un intre máxico...
ResponderEliminarUnha aperta linda.
:)
Graça, tenho dificuldade em comentar o poema. Ele verbera no meu cansaço, as palavras de penumbra e rendição. Se os poetas começam a morrer a caminho do inverno...
ResponderEliminarDeixo-lhe então este poema que uma amiga brasileira escreveu, "em nome das nossas esperanças no futuro", disse-me ela.
esfera
em calendários suspensos
o armário guarda um passado
que já não veste o presente
mas a estação tece a espera
a retomar fios soltos
num bordado paciente
na esfera sem saída que é o mundo
a história recomeça a cada instante
:era outra vez uma vez
Adelaide Amorim
http://www.inscries.blogspot.com/
Um beijo e votos de uma boa semana.
a ilusão de que o tempo poderá também parar quando os ponteiros cessam, sabendo nós o quanto isso é difícil. um beijinho, graça *
ResponderEliminaralice
Esta "bandeira branca" ainda ecoa como que martelando o tempo e os seus imponderáveis. Muito belo.
ResponderEliminarUm relógio parado marca percursos desaconselháveis. O Inverno, o fim de um ciclo, o frio...
ResponderEliminarGostei muito do poema.
Beijinhossss
Sempre me pareceu haver um caminho onde os poetas começam a morrer!...
ResponderEliminarCheio! O poema.
abraços!
"uma bandeira branca
ResponderEliminarirrompe na garganta
esculpindo a rendição da alma"
Imagem fabulosa...verdadeira escultura de palavras!
Beijo.
Belos:
ResponderEliminaro poema e a imagem!
Beijinhos
Um relógio parado faz-nos viver o que vive. Tempo do sol.
ResponderEliminarPrecioso querida.
E os poetas morrem sem se renderem.
ResponderEliminarFico com um aperto na garganta.
Um abraço.
Embora perceba as tuas palavras, digo-te que o relógio parado pode ir ao relojoeiro, mesmo no inverno, embora as coisas não estejam fáceis, principalmente se o poeta morar numa "ilha" do interior...
ResponderEliminarabraço Graça
'Onde os poetas começam a morrer.'Adorei este poema. Beijos.
ResponderEliminar"uma bandeira branca
ResponderEliminarirrompe na garganta
esculpindo a rendição da alma"
...fluxo de paz, apenas para a deixar dormir serena...
Haverá outras horas, sempre.
Querida Graça,
ResponderEliminarHoje não estou aqui para te deixar um comentário ao post, (há quanto tempo não o faço!) mas para divulgar um evento no qual poderás ter interesse em participar ou, pelo menos, dele ter conhecimento.
Trata-se do Concurso de Poesia 2008 organizado pelo Henrique Sousa e cujos detalhes podes encontrar no endereço:
http://horabsurda.org/moodle/course/view.php?id=30
Este é o site do concurso de poesia para 2008 do «Ora, vejamos...», administrado, conforme já referi, pelo Henrique Sousa e que conta com a colaboração preciosa de muitos dos seus amigos. Os contactos com vista à constituição do júri do concurso já terminaram e o júri está formado, com três elementos do fórum, sendo que dois pertenceram ao júri do concurso de contos do ano passado.
O concurso tem sido amplamente divulgado nos espaços pessoais de alguns membros do «Ora, vejamos...», colaboração sempre muito bem-vinda para divulgar qualquer evento do género.
O envio dos poemas para o concurso começou às 12 horas do dia 1 de Março e termina às 12 horas do dia 31 de Março, horas de Portugal Continental.
Beijos com saudade e carinho.
há momentos em que o silêncio toma conta do poeta, talvez o inverno possa ser essa metáfora...
ResponderEliminarbeijinhos.
querida graça, venho pedir-lhe que faça o favor de ler o meu e-mail ou siga o link do meu comentário até à nova orquestra de serviço e escolha um instrumento :) beijinho
ResponderEliminarHá no relógio parado
ResponderEliminarum não sei quê de desgosto;
o tempo a passar, calado
a vida engelhando o rosto!...
Beijo Graça!
Maria Mamede
O tempo passa inexorável
ResponderEliminarem todas as estações
e renova-se
"...Que ruído me devolveu o insulto
ResponderEliminarde espelhos quebrados junto à pele?.."
Adorei este teu poema.
Jinhos mil
Lindo poema. Linda imagem.
ResponderEliminarFalar do tempo sem falar do tempo,
um mérito de poetas.
bjs.
Ju gioli
Adoro este quadro de Dali.
ResponderEliminarE apreciei também o poema, como não poderia deixar de ser.
Feliz Dia da Mulher!
A todas e a todos que me visitaram
ResponderEliminarpela primeira vez e às minhas amigas e amigos assíduos neste espaço, um muito obrigada e um beijo.
tempos difícieis. sem dúvida!
ResponderEliminarmas os poetas são "pedras vivas". apesar do frio.
gostei mto.